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Assaltante é preso menos de 12 horas após roubo a restaurante em Guarus

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Foto: Divulgação Polícia Militar

Menos de 12 horas após cometer um assalto à mão armada em um restaurante localizado na Avenida Nazário Pereira Gomes, em Guarus, nesta quarta-feira (19), um homem identificado pelas iniciais M.P.P.da.S., de 20 anos conhecido como “Rato”, foi detido e admitiu sua participação no crime.

Durante a prisão, um revólver utilizado no assalto, bem como um cordão e uma pulseira de ouro pertencentes à vítima, foram apreendidos.

Conforme informações da Polícia Militar, a identificação do suspeito se deu por meio das imagens de segurança do estabelecimento comercial, possibilitando às autoridades localizarem o endereço do criminoso. Quando abordado, ele confessou o delito e se comprometeu a restituir os objetos roubados. Além disso, ele solicitou a uma terceira pessoa que entregasse a arma em um local para que as forças policiais a apreendessem.

Segundo a PM, há suspeitas de que o indivíduo estivesse envolvido em outros assaltos na região durante a madrugada.

Todo o material apreendido, incluindo a motocicleta utilizada no crime, foi encaminhado à 146ª Delegacia de Polícia de Guarus.

Saúde de Campos lança Protocolo do Pré-natal para melhorar o acesso às gestantes

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Secretaria de Saúde/Foto: Divulgação Ascom

Para melhorar a assistência na qualidade do pré-natal e o acesso das gestantes ao serviço, será lançado nesta quinta-feira (19), no auditório da Prefeitura de Campos, às 13h, o Protocolo do Pré-natal. A medida tem como objetivo garantir suporte à paciente como consultas, dúvidas sobre o aleitamento materno e efeitos colaterais de alguns medicamentos. As gestantes fazem parte da Rede Campos de Saúde Pública.

De acordo com a coordenadora do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, Criança e Adolescente (PAISMCA), vinculado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Rayssa Gonçalves Machado, através deste Protocolo, o profissional de enfermagem poderá intercalar as consultas com o médico, até a gestante completar 34 semanas (3ª semana do 8º mês), sendo que, no primeiro trimestre, a paciente passará, também, pelo dentista. A partir da 34ª semana, o médico dará continuidade e assistência à mulher até o final do pré-natal.

“Temos observado uma melhoria na oferta de consultas para essas pacientes. As gestantes estão tendo acesso a no mínimo sete consultas, como o Ministério da Saúde preconiza, mas o nosso intuito é melhorar ainda mais essa assistência na qualidade do pré-natal”, destacou Rayssa, lembrando que, no puerpério, tanto o enfermeiro quanto o médico poderão realizar a consulta.

Fonte: Ascom

Mulher fica gravemente ferida após acidente de moto em Campo Novo

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HFM/Foto: ClickCampos
HFM/Foto: ClickCampos

Uma mulher de 33 anos, cujas iniciais são M. dos. S.T., sofreu ferimentos graves em um acidente de motocicleta no final da tarde desta quarta-feira (18). O incidente ocorreu em uma estrada vicinal em Campo Novo, uma localidade situada entre os municípios de São João da Barra e Campos dos Goytacazes.

A vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada ao Hospital Ferreira Machado (HFM). De acordo com apuração da Redação ClickCampos, a vítima apresentava escoriações em várias partes do corpo, incluindo cabeça, face e membros, além de uma fratura exposta no fêmur e na perna direita. Na unidade hospitalar, ela passou por exames de tomografia e raio-x, além de sutura. Ela se encontra sedada e entubada, em estado grave.

Até o momento, não foram divulgadas informações acerca das causas do acidente.

Vazamento de gás na refinaria de Mataripe hospitaliza 14 empregados da Acelen

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Trabalhadores da Refinaria de Mataripe, em São Francisco do Conde, na Bahia, administrada pela Acelen, braço do fundo de investimento árabe Mubadala no Brasil, tiveram que ser hospitalizados após inalarem gás químico, altamente tóxico, proveniente de um vazamento que ocorreu com o descarregamento de hipoclorito de uma carreta para um tanque, na Unidade 52 da empresa, informou a Federação Única dos Petroleiros (FUP).

O acidente aconteceu no último dia 10, mas, segundo a FUP, não foi comunicado pela empresa ao Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA), um dos seus filiados, nem à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) da refinaria, privatizada em dezembro de 2021.

O Sindipetro-BA pediu explicações à Acelen sobre o porquê da omissão.

O hipoclorito de alta pureza misturado a outro produto químico, por meio de contaminação cruzada, gerou um gás de alta toxicidade.

Segundo informações que chegaram ao Sindipetro-BA, o gás foi inalado por cerca de 30 pessoas e 14 trabalhadores foram hospitalizados.

Além dos operadores da refinaria, pessoas que participavam de um curso de treinamento também foram atingidas e ficaram presas na sala, tentando se proteger, porque o gás tóxico se espalhou por todo prédio, incluindo o centro de treinamento, refeitório central e área de embarque e desembarque de ônibus, segundo a FUP.

Outro lado

A Acelen confirmou que no último dia 10 foi identificado um vazamento de hipoclorito de sódio durante descarga de um caminhão durante a madrugada.

Segundo a empresa, a situação foi rapidamente contida pelo time técnico da operação, segurança e meio ambiente da refinaria.

“As pessoas que sentiram desconforto respiratório após o incidente foram imediatamente assistidas e passam bem. A empresa segue reforçando medidas preventivas e de proteção para garantir os padrões de segurança no manuseio de produtos químicos”, informou a Acelen em nota.

A empresa esclareceu que o ocorrido foi imediatamente comunicado à Cipa, que também foi convidada a participar das investigações relativas às possíveis causas do incidente buscando estabelecer as medidas corretivas e evitar novas ocorrências.

Ainda de acordo com a Acelen, o Sindipetro-BA foi informado no mesmo dia da ocorrência, respeitando o compromisso com a transparência e o diálogo com a entidade.

“Portanto, não procede a informação que as entidades não foram devidamente comunicadas”, disse a companhia. “A Acelen esclarece que segue fielmente a legislação brasileira respeitando as normas, carga horária e conteúdo programático dos treinamentos realizados na Refinaria de Mataripe, sendo submetida às fiscalizações dos órgãos públicos”, ressaltou, afirmando que desde que assumiu a operação da Refinaria investiu em capacitação, modernização e melhorias nos processos para garantir as melhores práticas de segurança para seus colaboradores.

O acidente aconteceu no último dia 10, mas, segundo a FUP, não foi comunicado pela empresa ao Sindic… 

Polícia resgata brasileiras mantidas como escravas sexuais na Espanha

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Polícia Nacional da Espanha, em colaboração com a Polícia Federal brasileira, libertou cinco brasileiras vítimas de um esquema de escravidão sexual internacional na cidade de Almoradí, na província de Alicante. Cinco suspeitos foram presos.

Segundo a polícia espanhola, as brasileiras chegaram ao país para trabalhar como faxineiras, mas foram forçadas à prostituição para “pagar a suposta dívida contraída durante a viagem”.

As vítimas eram monitoradas 24 horas por dia com câmeras, e não podiam descansar ou negar clientes. Além disso, tinham de pagar aluguel, comida e água aos chefes do esquema.

Os traficantes sexuais “aproveitaram as crenças religiosas das vítimas para conseguirem lealdade absoluta” das brasileiras, o que teria ocorrido por meio de rituais, altares e oferendas, segundo a Polícia Nacional da Espanha.

O UOL entrou em contato com a Polícia Federal do Brasil, mas ainda não recebeu retorno. O espaço segue aberto para manifestação.

Voo sofre atraso de 5 horas após piloto ser picado por mosquito na Holanda

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um voo de sairia do aeroporto de Amsterdã, na Holanda, em direção a Manchester, na Inglaterra, sofreu atraso de quase cinco horas após o piloto da aeronave ser picado por um mosquito.

O voo da easyJet deveria partir do aeroporto de Schiphol às 17h05 do dia 25 de setembro. Mas, após a ocorrência, os passageiros só voltaram a Manchester às 22h30. Apesar de ocorrido no final do mês passado, o caso só veio à tona esta semana e se espalhou pelas redes sociais.

Entre os passageiros, estava a enfermeira veterinária Rachel Green, que disse ter ficado irritada com o atraso, segundo apurou o jornal britânico The Sun.

“O piloto apareceu e nos disse ter sido picado por um mosquito na cabine. Então, ele queria que todo o avião fosse limpo, caso houvesse mais insetos”, disse Rachel Green, passageira.

A companhia aérea confirmou mais tarde que estava lidando com uma infestação, e que ofereceu aos passageiros um vale-alimentação de 3,90 libras (cerca de R$ 23) como compensação. “Eles poderiam ter trazido outro avião para nós”, disse Rachel à publicação.

Um porta-voz da easyJet declarou que, em nenhum momento, a capacidade da tripulação de operar o voo foi comprometida, e que o piloto tomou a decisão de operar assim que o problema foi resolvido.

“A segurança e o bem-estar dos nossos clientes e tripulação são a maior prioridade da easyJet e gostaríamos de pedir desculpa aos clientes pelo inconveniente causado”, afirmou a empresa em nota encaminhada ao The Sun.

Oriente Médio: 150 brasileiros aguardam ser repatriados

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O Brasil retirou da região do conflito no Oriente Médio um total de 1.137 brasileiros por meio da Operação Voltando em Paz, iniciativa do governo brasileiro para trazer nacionais que desejam sair da zona de guerra. Outros 150 brasileiros continuam na região no aguardo da repatriação: 120 em Israel e cerca de 30 na Faixa de Gaza.  

Foram seis voos desde o dia 10 de outubro, sendo que o último, com 221 brasileiros, deixou a área de conflito e deve chegar ao país na madrugada desta quinta-feira (18).  

“Com isso, nós encerramos a primeira fase da maior operação de repatriação de brasileiros em zona de conflito, excluída, portanto, a pandemia, desde 2006”, relatou o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira nessa quarta-feira (18), em Brasília, em entrevista à imprensa.  

Vieira destacou que a operação disponibilizou veículos para transportar os brasileiros das áreas centrais de Jerusalém e Tel Aviv até o aeroporto e que toda operação foi acompanhada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Agora, o Itamaraty aguarda a possibilidade de retirar os brasileiros da Faixa de Gaza, alvo dos bombardeios diários de Israel. “O presidente Lula falou com o presidente do Egito, El-Sissi, eu falei ontem com o ministro do Exterior do Egito pedindo o apoio para que o os brasileiros possam ser evacuados assim que essa passagem for aberta”, informou o ministro. 

Duas aeronaves, um KC-390 e um KC-30, estão de prontidão, uma em Roma, na Itália, e outra no Rio de Janeiro, para trazer mais brasileiros, “em virtude das listas estão sendo compostas pela nossa Embaixada”, relatou o comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno.  Há ainda 15 estrangeiros de países latino-americanos, da Bolívia, Argentina, Uruguai e Paraguai, que solicitaram ajuda ao Brasil para deixar a região da guerra.  

“Evidentemente, foi dada preferência nos primeiros voos aos cidadãos brasileiros. Mas estamos programando que, no último voo dessa primeira faze, se possa transportar 15 estrangeiros ainda interessados em voltar ao Brasil e daqui para seus países”, afirmou o ministro Mauro Vieira.   

Empresária morre após portão eletrônico de casa cair sobre ela em Goiás

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Uma empresária morreu após ser atingida pelo portão eletrônico de sua casa, no município de Rio Verde, a 232 quilômetros de Goiânia, em Goiás.

Rivana Ferreira, 44, havia saído com a mãe na manhã desta terça-feira (17) para ir ao supermercado e, ao chegar em casa, quando tentou abrir o portão eletrônico, o cabo de aço que sustentava a estrutura se rompeu, fazendo com que o portão caísse sobre ela.

Ela teria tentado acionar o portão pelo controle remoto, mas o equipamento não respondia. Rivana então desceu do carro e tentou abrir o equipamento manualmente e, nesse instante, o portão desabou sobre ela. Familiares disseram que o equipamento estaria com defeito, segundo a TV Anhanguera, afiliada da TV Globo.

Vizinhos correram para socorrer a empresária e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi chamado. Ela foi encaminhada para o HMU (Hospital Municipal Universitário), mas não resistiu aos ferimentos.

Rivana tinha uma loja de roupas e era conhecida na região. Ela comemoraria seu aniversário no dia 23 de outubro.

Nas redes sociais, amigos e parentes comentaram a morte. A irmã de Rivana, Rachel, falou sobre a morte em um post curto. “Minha irmã faleceu. Meu Deus”, escreveu.

Fabiana Villar, amiga de Rivana, em post no Facebook: “Estou sem acreditar. Tão cheia de vida, com tantos planos. Sempre tão vaidosa, sempre tão bonita. Você ficará guardada no meu coração, uma das minhas melhores amigas. Que Deus em sua infinita misericórdia te receba de braços abertos, e que Ele conforte sua mãe e sua família. Vai com Deus minha amiga.”.

O Instituto Médico Legal (IML) deve realizar exames no corpo de vítima para identificar a causa da morte, que não foi revelada.

Rivana Ferreira, de 43 anos, chegou a ser levada para o hospital, porém não resistiu aos ferimentos … 

Mauro Vieira lamenta decisão do Conselho de Segurança e diz que Brasil fez o possível

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, lamentou nesta quarta-feira (18) a rejeição pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas da resolução proposta pelo Brasil sobre a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

Vieira disse ainda que o governo brasileiro fez todo o possível e que sua preocupação sempre foi humanitária quanto ao conflito no Oriente Médio, que já deixou mais de quatro mil mortos.

A declaração foi dada durante coletiva de imprensa no Itamaraty com o ministro da Defesa, José Múcio, e o comandante da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno.

“Infelizmente, não foi possível aprovar a resolução. Ficou clara uma divisão de opiniões, mas acho que, do nosso ponto de vista, da nossa presidência, e como governo brasileiro, fizemos todo esforço possível para que cessassem as hostilidades e que se parassem com sacrifícios humanos e se pudesse dar algum tipo de assistência às populações locais, aos brasileiros que estão ainda na faixa de Gaza que expressaram desejo de voltar ao Brasil e a outros que não manifestaram vontade, porque não podem”, disse o chanceler.

“Nossa preocupação sempre foi humanitária. Cada país terá tido sua inspiração própria”, completou. O Brasil presidente atualmente o Conselho de Segurança da ONU.

Houve 12 votos favoráveis, mas os EUA, que historicamente blindam Israel no conselho, vetaram a resolução.

A Rússia, que havia apresentado sua própria resolução e tentado fazer duas emendas ao texto brasileiro, se absteve, assim como o Reino Unido.

A embaixadora americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, justificou seu voto contrário à resolução pela ausência de uma afirmação do direito de Israel de se defender. “Não poderíamos apoiar essa resolução”, afirmou ela, dizendo ainda que o país está fazendo “diplomacia concreta”, citando a viagem do presidente americano, Joe Biden, a Israel nesta quarta.

Vieira disse ainda não ter previsão de quando a fronteira com o Egito será aberta. Ele terá hoje uma nova conversa com seu homólogo egípcio.

“Não temos ideia [de quando vai abrir a fronteira], estamos trabalhando intensamente com autoridades egípcias e também com outro lado para que aconteça o mais rápido possível”, afirmou.

Há cerca de 30 brasileiros esperando a abertura da passagem de Rafah para serem resgatados pelo governo brasileiro em solo egípcio. A faixa de Gaza passa por uma crise humanitária e segue sob intensos bombardeios israelenses.

Também nesta quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou o ataque aéreo a um hospital de Gaza no dia anterior como “tragédia injustificável”. Ele não mencionou a disputa de autoria pelo disparo. O episódio deixou ao menos 500 mortos, segundo o Ministério da Saúde local, se desenhando como o mais mortal no território desde o início da atual guerra no Oriente Médio.

“O ataque ao Hospital Baptista Al-Ahli é uma tragédia injustificável. Guerras não fazem nenhum sentido. Vidas perdidas para sempre. Hospitais, casas, escolas, construídas com tanto sacrifício destruídas em instantes. Refaço este apelo. Os inocentes não podem pagar pela insanidade da guerra”, disse Lula nas redes sociais.

Os palestinos acusam Israel do ataque, mas as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), por sua vez, negam e dizem que o foguete foi lançado erroneamente pela facção Jihad Islâmico.

Hezbollah ameaça EUA e retoma ataques contra Israel

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Hezbollah, grupo libanês bancado pelo Irã, fez ameaças diretas aos Estados Unidos por terem posicionado um porta-aviões junto no leste do Mediterrâneo para sinalizar apoio à guerra de Israel contra o grupo palestino Hamas, seu aliado.

Além disso, ele retomou ataques mais pesados contra o norte de Israel, elevando o risco de uma escalada regional do conflito.

“Nós somos mil vezes mais fortes do que antes”, disse nesta quarta (18) um dirigente do grupo, Hashem Saifeddine, a uma multidão que protestava em Beirute contra o bombardeio de um hospital em Gaza na véspera -apesar de as evidências apontarem que não foi um ataque aéreo de Israel o responsável, como o Estado judeu alega.

Ele disse que Joe Biden, que visitava Tel Aviv naquele momento, o premiê israelense Binyamin Netanyahu e os “europeus maliciosos” deveriam se cuidar. “A resposta ao erro que vocês podem cometer com nossa resistência será retumbante”, afirmou.

Ele se referiu especificamente ao apoio militar americano, que ainda inclui um segundo grupo de porta-aviões a caminho e mais aviões de ataque na região. “Porque o que temos é a fé, e Deus é mais forte que vocês, todos seus navios de guerra, todas suas armas”, disse.

O “dia de fúria” convocado pelo grupo foi demonstrado nas ruas do Líbano. Em outros pontos do planeta, houve disrupção: em Buenos Aires, as embaixadas dos EUA e de Israel foram evacuadas após uma ameaça de bomba não confirmada. O país lembra o trauma de 1994, quando foi alvo do maior ataque terrorista de sua história, que matou 85 numa associação judaica e sempre foi atribuído ao Hezbollah.

Há muita retórica do dirigente, claro, mas volta a elevar a preocupação que a crise leve os EUA a intervir, talvez bombardeando posições do Hezbollah, e que isso empurre o Irã para a guerra também.

Até aqui, Teerã tem jogado de forma ambígua, a julgar pelas declarações de seus líderes. Nega ter participado dos ataques terroristas do Hamas que iniciaram a crise atual, mas mantém seu apoio ao grupo. Afirma que a piora na crise é possível, mas sugere que seus aliados na região dão conta do recado contra Israel e nega querer uma guerra.

O que não se sabe é o que fica fora do microfone. Nesta quarta, uma sinalização veio de Jeddah, cidade saudita que sedia reunião da Organização Islâmica de Cooperação. Os chanceleres da Arábia Saudita e do Irã conversaram a sós sobre a crise, e para fins públicos demonstraram seu apoio aos palestinos, sem elevar o tom.

Mas, algumas horas depois, o governo de Riad emitiu um alerta para que seus cidadãos deixem o Líbano, deixando orelhas diplomáticas em pé na região. Irã e Arábia Saudita são rivais figadais na região, e o ataque do Hamas entre outras coisas mirou na aproximação entre o reino desértico e Israel.

Em 2016, os laços foram cortados, mas a China promoveu uma acomodação neste ano e as relações foram restabelecidas. Ato contínuo, diversos países aliados de Riad voltaram a termos com Teerã.

Até aqui, a elevação de temperatura no sul libanês é vista como uma forma de ambos os lados marcarem posição, com Israel contando com o apoio extra dos EUA, até porque uma guerra maior só favorece em tese o Hamas. Mas escaladas militares ocorrem às vezes por erro de cálculo.

Em campo, o Hezbollah fez questão de dar sinais para embasar o discurso inflamado de seus dirigentes. Após um dia de relativa calma militar, enquanto as ruas de Beirute eram palco de grandes protestos devido ao caso do hospital, o fim da tarde na região (fim da manhã no Brasil) viu uma nova rodada de violência.

O grupo atirou mísseis antitanque contra posições israelenses em pelo menos cinco pontos da fronteira, que Tel Aviv evacuou numa faixa de 2 km de largura para proteger civis, além de trocar fogo com os rivais. As IDF (Forças de Defesa de Israel) responderam com artilharia.

À noite, o Hezbollah lançou nove foguetes contra Israel, que disse ter interceptado quatro deles. Os restantes caíram, mas não há informação ainda se causaram algum dano. Um drone israelense também bombardeou uma posição do grupo no sul libanês.

Tel Aviv e o Hezbollah já travaram diversas guerras, a mais recente e violenta em 2006, que terminou com uma espécie de empate. De lá para cá, não dá para saber se o grupo libanês está “mil vezes mais forte” como propagandeia, mas é consenso entre analistas que amealhou, além da fama de bons guerreiros, um arsenal com talvez 150 mil mísseis e foguetes.

Se empregados, poderiam fazer um grande estrago na campanha israelense. Já a ameaça aos americanos tem um componente velado, que é a referência ao porta-aviões USS Gerald Ford e sua poderosa escolta na região.

O Hezbollah não tem mísseis antinavios, mas o Irã, sim. É bastante incerto se Teerã forneceria os modelos para seus aliados tentarem surpreender os americanos com um audacioso ataque naval, até porque as armas de Teerã são mais adequadas para uso a curta distância, no teatro do golfo Pérsico.

A última vez em que um porta-aviões americano foi atacado e afundado ocorreu em 1945, por forças japonesas perto de Iwo Jima, no Pacífico. Em 2000, um ano antes de o mundo ser apresentado a Osama bin Laden, a rede Al Qaeda promoveu um ataque ao destróier USS Cole, no porto de Aden (Iêmen). O navio não afundou, mas 17 pessoas morreram.

Operação apreende quase 100 celulares em presídio de Campos

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Presídio Carlos Tinoco da Fonseca/Foto: Divulgação

Na manhã de quarta-feira (18), agentes da Subsecretaria de Estado de Administração Penitenciária do Norte e Noroeste Fluminense (SEAP) realizaram uma operação no Presídio Carlos Tinoco da Fonseca, localizado em Campos. Essa ação resultou na apreensão de quase 100 aparelhos de telefone.

A operação contou com a participação de mais de 100 agentes da Polícia Penal do Rio de Janeiro. Durante a ação, foram confiscados 77 aparelhos celulares, que foram encontrados nas celas.

A SEAP tem vindo realizando procedimentos diariamente para impedir a entrada de materiais proibidos nas unidades prisionais, bem como para retirar esses itens das mãos dos detentos. Os presos envolvidos na posse dos aparelhos celulares foram autuados. O caso foi registrado na 146ª Delegacia de Polícia de Guarus.

Aliens e vírus zumbis em 2023: As previsões da mulher que antecipou o 11 de setembro

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A previsão do futuro é algo que intriga há muito tempo a humanidade. Apesar de muita gente não acreditar em videntes, há certas profecias que fazem até mesmo os maiores céticos questionarem o reino das possibilidades. Baba Vanga, por exemplo, foi uma dessas raras figuras que previu alguns dos maiores acontecimentos mundiais da história recente, incluindo a tragédia do 11 de setembro. E, embora a senhora cega búlgara tenha falecido há mais de duas décadas, alguns dos seus famosos presságios se tornaram realidade após sua morte.

Embora muitas de suas previsões para 2022 tenham se concretizado, como a praga de gafanhotos na Índia e a escassez de água em todo o mundo, houve algumas das quais pensávamos ter escapado. No entanto, 2023 viu duas profecias ganharem vida. Baba Vanga previu que finalmente seríamos visitados por alienígenas, e o ano de 2023 nos trouxe grandes desenvolvimentos nessa área. Em julho, o delator americano David Grusch compareceu perante o Congresso para testemunhar que viu naves espaciais “não humanas” e “produtos biológicos não humanos” quando trabalhava no National Reconnaissance Office.

Então, em setembro, o pesquisador de OVNIs Jaime Mussan apresentou ao Congresso Mexicano os supostos corpos de dois seres “não-humanos” numa audiência altamente divulgada. A veracidade dessas afirmações ainda está sob investigação, mas só podemos esperar que sejam falsas, já que Baba Vanga previu que milhões morrerão devido à visita de alienígenas à Terra.

Uma segunda previsão que Baba Vanga fez para 2022 foi que uma nova pandemia iria eclodir. Desta vez, seria causado por um vírus antigo que ficou congelado na Sibéria, mas foi liberado devido ao aquecimento global. Felizmente, isto não aconteceu em 2022, mas em 2023 os cientistas começaram a publicar estudos sobre vírus que estavam a ser descobertos devido ao degelo na Sibéria.

Esses chamados “vírus zumbis” podem ser perigosos tanto para humanos quanto para animais, e os pesquisadores estão cuidadosamente investigando-os para saber mais. Um relatório revelou que já ocorreram surtos de antraz em renas devido à exposição de esporos antigos provenientes de restos de animais descongelados.

Baba Vanga ainda tem muitos seguidores que esperam para ver quais dos seus prognósticos se concretizarão a cada ano. Na galeria, saiba mais sobre essa personalidade enigmática e mais previsões para 2023 – que não são nada boas.

‘Não há passagem segura’, diz ministro egípcio sobre envio de ajuda a Gaza

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BELÉM, PA (UOL/FOLHAPRESS) – O ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, disse que não há passagem segura entre o Egito e a Faixa de Gaza para a entrada de ajuda humanitária. A declaração foi feita em entrevista à CNN Internacional.

Sameh Shoukry afirmou que a região da Faixa de Gaza que faz fronteira com o Egito foi bombardeada e, por isso, não há passagem segura do Egito para Gaza. Ele foi questionado pela jornalista Christiane Amanpour, da CNN Internacional, sobre o envio de ajuda humanitária.

“A passagem de Rafah nos últimos dias foi bombardeada quatro vezes”, disse Shoukry. Segundo ele, os bombardeios causaram danos severos aos acessos. “Não temos uma rota segura para que esses comboios possam entrar”, afirmou.

O ministro relatou que um dos bombardeios na região aconteceu no momento em que os danos anteriores estavam sendo consertados.

A fronteira com o Egito é a única possível para a entrada de ajuda humanitária e a saída de pessoas da Faixa de Gaza.

Questionado sobre a possibilidade de o Egito aceitar refugiados palestinos, Shoukry não se posicionou de forma aberta. “Eu não entendo qual seria o propósito dessa transferência para um país que já recebe milhares de refugiados”.

O ministro egípcio apontou que tanto a Europa quanto os Estados Unidos são resistentes à entrada de migrantes e refugiados em seus territórios. “Então por que o Egito seria obrigado a aceitar um milhão, dois milhões de cidadãos que estão sofrendo as consequências de serem alvo desnecessário neste momento?”.

Sameh Shoukry enfatizou que o mais importante seria o envio de ajuda humanitária para que o povo palestino continue em seu território.

Número de estudantes de medicina sobe, mas formação de especialistas não acompanha

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(FOLHAPRESS) – O número de alunos de medicina no Brasil cresceu, mas o total de médicos formados em residência para obter título de especialistas não aumentou na mesma proporção. Enquanto a taxa da graduação atingiu a marca 1,05 estudante para cada mil habitantes, a de residentes médicos ficou em apenas 0,21 por mil, um índice que deve diminuir o impacto da política da expansão de vagas para a área, sobretudo no atendimento ao sistema público de saúde.

O alerta é do Radar da Demografia Médica no Brasil, elaborado por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) em parceria com a AMB (Associação Médica Brasileira) e atualizado neste mês com os novos dados do Censo Nacional da Educação. Segundo os autores, em 2022, o Brasil dispunha de 321.581 médicos especialistas, o que corresponde a apenas 62,5% dos profissionais em atividade no país, sendo todos os demais, 192.634 médicos (37,5%), generalistas.

No ano passado, quase 1 milhão de pessoas (952.865) tentaram ingressar nas graduações nacionais e o país registrou recorde de 245.501 estudantes do curso, alta de 25,2% em relação aos 167.788 alunos de 2018.

O relatório aponta que, de 2015 a 2023, a oferta de residência médica no Brasil mais que dobrou. Olhando para os últimos cinco anos, porém, quase nada foi feito para acompanhar o aumento do número de médicos graduados.

Entre 2018 e 2022, o total de residentes aumentou apenas 8,7%, passando de 41.274 para 44.857 no mesmo período. Outro problema é que a oferta continua concentrada: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul têm juntos mais de 60% das vagas de residência médica.

Mário Scheffer, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP e coordenador do levantamento, diz que as filas no SUS (Sistema Único de Saúde) têm relação direta com a falta de especialistas. “As especialidades são imprescindíveis para que o SUS possa ampliar uma atenção primária resolutiva e superar o problema do acesso a cirurgias, exames e consultas na atenção especializada, tanto ambulatorial quanto hospitalar”, reforça.

A residência é, segundo Scheffer, a principal forma de obter a titulação de especialista ao lado de cursos oferecidos pelas sociedades médicas. As vagas para residentes e de planos de carreira no sistema público, porém, seguem desigualmente distribuídos pelas regiões, concentrados sobretudo em capitais e zonas metropolitanas, sendo os especialistas, ao final, absorvidos principalmente pelo sistema privado.

O mapeamento tomou por base registros da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e, neste mês, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Nos próximos anos, o estudo indica um país com uma oferta de médicos mais jovens e feminina e recordes na densidade de profissionais formados até 2035, quando o país deve saltar dos atuais 2,7 médicos para cada mil habitantes para índices acima de 4,4 médicos para cada mil.

Apesar de uma boa média nacional, próxima à de países como Coreia do Sul (2,5/mil) e EUA (2,6/mil), a densidade médica no Brasil ainda varia muito no território, sendo possível encontrar 6 médicos para cada mil habitantes no Distrito Federal e apenas 1 para cada mil no Maranhão.

A médica Fernanda Nicolela Susanna, residente do primeiro ano de oftalmologia do Hospital das Clínicas de São Paulo (HC/USP), viu mais da metade de seus colegas seguirem na carreira sem uma especialização. “Acho que algumas pessoas não se sentiam prontas, mas também tenho muitos amigos que queriam passar, que estavam estudando muito e não conseguiram a vaga. Cada ano está mais concorrido”, pondera.

Para garantir a residência que buscava, a médica começou a estudar ainda no sexto ano da graduação, com grupo e plano de estudos, além de aulas extras em um cursinho. “Fiquei muito feliz com os resultados, mas foi um ano difícil, que exigiu muita dedicação”, conta.

De acordo com o mapeamento, as mulheres já são maioria entre os recém-formados em medicina e, em 2024, pela primeira vez, devem ser maioria também na profissão. “As mulheres serão mais de 50% dos médicos, com perspectiva de chegar a 56% ou 57% na próxima década”, aponta Scheffer.

O professor reforça que a feminização da carreira é um marco importante na demografia médica e que isso, como em outras áreas, vem acompanhado de desafios para conter as desigualdades de gênero.

“Elas são minoria em 36 das 55 especialidades. São maioria em apenas 19. Então, se estamos falando de um futuro com uma maior presença de mulheres na profissão, e se estamos defendendo a necessidade de ampliação da oferta de formação de especialistas, há que se discutir essas especialidades nas quais as mulheres estão subrepresentadas”, avalia.

O professor, que também participou de estudos de renda baseados em inquérito com médicos e dados da Receita Federal, afirma ainda que há uma desigualdade significativa de remuneração entre médicos e médicas. O levantamento mostrou que a renda média declarada pelos homens médicos em 2020 foi de R$ 36.421 contra R$ 23.205 das mulheres médicas (ou seja, 63,7% do rendimento masculino na mesma profissão).

“Homens declaram rendimento superior em todas as faixas etárias, enquanto mulheres têm variações menos flexíveis. Até os 30 anos, mulheres declaram, em média, 82,7% do rendimento dos homens, diferença que se amplia para faixas etárias intermediárias, voltando a diminuir nas idades mais avançadas”, afirma Scheffer.

O professor ressalva que a diferença acentuada a favor dos homens pode se dar devido a outros rendimentos de origem patrimonial declarados no IR, mas que a desigualdade segundo gênero é verificada em outros estudos e fontes. “Na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, e no Inquérito Nacional com Médicos, do estudo Demografia Médica, o rendimento das médicas também é proporcionalmente menor”, lembra Scheffer.

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O alerta é do Radar da Demografia Médica no Brasil, elaborado por pesquisadores da USP (Universidade… 

‘Primo’ do Aedes aegypti também é responsável por alta dos casos de dengue no Brasil

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(FOLHAPRESS) – O Brasil já sofre as consequências da presença do mosquito Aedes albopictus (tigre asiático), uma espécie de ‘primo’ do Aedes aegypti.

Antes restrito às florestas, o albopictus vem invadindo as áreas urbanas em todas as regiões do país e também é culpado pela alta dos casos de dengue.

A afirmação é de Kleber Luz, coordenador do Comitê de Arboviroses da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).

“A população brasileira tem dois mosquitos, quatro sorotipos [da dengue] e três doenças para se preocupar”, afirmou ele durante o 23º Congresso Brasileiro de Infectologia, realizado em Salvador.

Segundo o especialista, se comparado ao Aedes aegypti, a adaptação do albopictus ao aumento da temperatura é maior, e o mosquito é também mais resistente ao frio -em 2050 ele deverá chegar à Europa, fato que já preocupa o continente. Outra diferença entre os dois é que o aegypti é solitário, e o albopictus voa em nuvem.

De acordo com o consultor da Opas, o calor aumenta a proliferação dos mosquitos e a incidência das arboviroses.
“Com o aquecimento global, onde não tinha mosquito, [agora] tem; e onde já tinha, aumentou. Não há boas notícias. Se não controlar a temperatura, o cenário será pior”, ressalta.

A presença dos dois mosquitos reforça a preocupação com a dengue no país, com a ameaça, em 2024, de uma epidemia pelo sorotipo 3.

“Antes, os estudiosos sabiam quando teríamos [casos de ] dengue. Isso mudou em 2022. Com exceção do Norte, tínhamos o primeiro semestre como o grande período do ano com casos. Por exemplo, em setembro, havia um número pequeno de ocorrências, diferente de agora. Aumentaram a área, o número de casos, a gravidade e as mortes”, diz.

“Estamos vivendo no mar de arboviroses, como se estivesse revolto. Se um pesquisador que estudou dengue nos anos 1990 acordasse hoje, estaria completamente perdido.”

A recomendação do infectologista é combater a proliferação do mosquito dentro de casa. Verificar a caixa d’água, os vasos e as garrafas pet, colocar o lixo no local certo e educar as crianças. Também é importante seguir as orientações dos médicos, se adoecer.

“Não é porque o mundo está mais quente que vamos morrer de dengue. Sabemos como controlar o mosquito”, afirmou.

SINTOMAS DA DENGUE

Os sinais de alarme para a dengue são de simples identificação. O principal é a dor abdominal, de acordo com o médico, neste caso a pessoa deve ir a uma unidade de saúde com urgência. O segundo é o vômito, e o terceiro, o sangramento na boca. “Esses sinais indicam que o agravamento do quadro pode estar próximo”, reforça.

Os demais são dores de cabeça, nas articulações e atrás dos olhos; febre alta; falta de apetite; e manchas vermelhas no corpo.

CHIKUNGUNYA PREOCUPA

Uma possível mudança no perfil da chikungunya com choque e morte traz preocupação para 2023 e 2024, segundo Kleber Luz. Tal situação observou-se no Paraguai, onde desde dezembro ocorreram cerca de 200 mil casos e 300 mortos.

Ainda não se sabe o que aconteceu e os estudos não apontam para uma mutação. Sem atendimento médico adequado, o paciente pode morrer nos primeiros cinco dias da doença, de acordo com Luz. “No Brasil há mortes por chikungunya, mas não na dimensão do que ocorreu no Paraguai.”

O zika continua em circulação no país, mas em taxa baixa. “Zika não mata, não é importante até dar microcefalia. O que preocupa é que as grávidas não usam repelente”, finaliza o especialista.

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A presença dos dois mosquitos reforça a preocupação com a dengue no país, com a ameaça, em 2024, de … 

‘Tragédia injustificável’, diz Lula sobre ataque a hospital em Gaza

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O presidente Lula (PT) lamentou nesta quarta-feira (18) o ataque a um hospital na Faixa de Gaza, que teria deixado 471 mortos.

Lula afirmou que o ataque ao hospital Al-Ahly Arab é uma “tragédia injustificável”. A maioria das vítimas são mulheres e crianças, afirmou o Ministério da Saúde da Palestina.

“Guerras não fazem nenhum sentido. Vidas perdidas para sempre. Hospitais, casas, escolas, construídas com tanto sacrifício destruídas em instantes. Os inocentes não podem pagar pela insanidade da guerra”, disse o Presidente Lula no X (antigo Twitter).

O Hamas apontou Israel como responsável pelo ataque e chamou o ato de “genocídio”. O país, por sua vez, acusou a Jihad Islâmica, que também negou envolvimento.

Lula também refez um apelo por uma intervenção humanitária internacional em Gaza. “Lancemos mão de todos os recursos para pôr fim à mais grave violação aos direitos humanos no conflito no Oriente Médio”.

Ele também afirmou ser “urgente” um cessar-fogo para a retirada de civis de áreas de conflito. O governo negocia há dias a saída de um grupo de brasileiros de Gaza pela fronteira do Egito.

O Brasil, que preside o Conselho de Segurança da ONU, apresentou uma proposta sobre o conflito Israel-Hamas. O texto será votado nesta quarta-feira (18).

No texto, o Brasil deve propor uma “pausa” na guerra para atendimento humanitário, e não um cessar-fogo, para evitar o veto de países como os EUA. O número de palestinos mortos na guerra é 3.478. Em Israel, segundo o governo, são mais de 1.400 mortos e pelo menos 200 reféns.

HAMAS ACUSA ISRAEL PELO ATAQUE

O Hamas e a Autoridade Palestina acusaram Israel pelo ataque. O país nega. O Hospital Al-Ahly Arab está no centro da cidade de Gaza e tinha, além de pacientes e profissionais de saúde, diversas pessoas deslocadas dentro de Gaza, que procuraram o local como um ponto seguro.

O hospital Al-Ahly Arab estava na lista de evacuações ordenadas por Israel -um ato criticado pela ONU.

“O hospital era um dos 20 no norte da Faixa de Gaza que estavam recebendo ordens de evacuação dos militares israelenses. A ordem de evacuação foi impossível de ser cumprida devido à insegurança atual, à condição crítica de muitos pacientes e à falta de ambulâncias, equipe, capacidade de leitos do sistema de saúde e abrigo alternativo para os deslocados”, diz trecho da nota da OMS.

Atacar deliberadamente hospitais é considerado um crime de guerra, segundo o Estatuto de Roma. “Conduzir intencionalmente ataques contra edifícios dedicados à religião, educação, arte, ciência ou fins de caridade, monumentos históricos, hospitais e locais onde os doentes e feridos são recolhidos, desde que não sejam objetivos militares”, diz o Artigo 8 do Estatuto.

Dono de restaurante é assaltado em Guarus

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Foto: Reprodução

Nesta quarta-feira (19), durante o início da tarde, o proprietário de um estabelecimento, cuja identificação não foi divulgada, foi alvo de um assalto na Avenida Nazário Pereira Gomes, em Guarus.

Dois suspeitos, armados e a bordo de uma motocicleta, chegaram ao local e anunciaram o assalto. Durante a ação, um dos suspeitos roubou um cordão e uma pulseira de ouro da vítima.

As câmeras de segurança capturaram o momento em que um dos suspeitos desceu da moto e rendeu o proprietário, enquanto o outro aguardava na motocicleta.

A Polícia Militar foi acionada para o local. Até o momento, não há informações disponíveis sobre a autoria e motivação do crime. A investigação ficará sob responsabilidade da 146ª Delegacia de Polícia de Guarus.

Tiroteio em bar é captado durante transmissão de podcast nos EUA

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Uma mulher registrou o momento em que um bar de karaoke, nos EUA, foi palco de um tiroteio, enquanto fazia um podcast ao vivo.

O incidente aconteceu na madrugada desta quarta-feira (18), quando a mulher gravava, dentro de uma sala de som, um programa de rádio online.

Nas imagens captadas, podem ouvir-se vários tiros, que levaram a protagonista do podcast ficar sem reação.

Mais tarde, a polícia viria a confirmar que dois casais se desentenderam na região de Manhattan, em Nova York, e começaram a  disparar um contra o outro, tendo um homem ficado ferido.

Keanu Thompson, jovem conhecida pelo seu trabalho no ‘stand up comedy’, preparava-se para levar ao ar uma chamada telefônica com um seguidor, quando começou a ouvir os disparos. “Não sei o que está acontecendo, mas não me parece algo bom”, pode ouvir-se a dizer.

Os suspeitos do tiroteio fugiram e não há até ao momento detidos.

Assista ao momento no vídeo acima.

Saiba como as notas do Enem podem ser usadas no Brasil e no exterior

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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é atualmente a principal forma de entrada para a educação superior no Brasil. A nota obtida na prova pode ser usada para conseguir vaga em universidades públicas ou ainda para concorrer a bolsas de ensino e financiamento em instituições privadas.

Um dos principais programas federais que utilizam a nota do Enem é o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que direciona estudantes para vagas em universidades federais e demais instituições públicas de ensino superior. Para concorrer, os candidatos não podem ter tirado zero na prova de redação. O Sisu geralmente tem duas edições no ano. A primeira delas ocorre nos primeiros meses do ano seguinte à aplicação do Enem.

Além dos processos seletivos conduzidos pelo governo federal, as instituições de ensino públicas e privadas têm liberdade para usar as notas em processos próprios. Os candidatos podem checar nas instituições onde têm interesse em estudar quais são os critérios adotados. Os estudantes que fizeram o Enem podem ainda concorrer a vagas em instituições de ensino fora do Brasil. Atualmente, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) tem convênio com 51 instituições de ensino em Portugal. Cada instituição define as regras e os pesos para uso das notas. A lista das instituições está disponível no portal do Inep.

O Enem Portugal, como é chamado o programa de acordos interinstitucionais entre o Inep e as instituições de educação superior portuguesas não envolve transferência de recursos e não prevê financiamento estudantil pelo governo brasileiro.

Prouni

As notas também podem ser usadas para concorrer a bolsas de ensino em instituições privadas. O Programa Universidade para Todos oferece bolsas de estudo integrais (100%) e parciais (50%)  para cursos de graduação em instituições privadas. Os processos seletivos do Prouni ocorrem duas vezes ao ano e têm como público-alvo o estudante sem diploma de nível superior.

Para concorrer às bolsas integrais do ProUni, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até 1,5 salário mínimo. Para as bolsas parciais, a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa. É preciso também não ter zerado a redação do Enem e ter obtido, no mínimo, 450 pontos na média das notas das provas.

Fies

Outra forma de usar a nota no Enem é para obter financiamento estudantil em instituições privadas, por meio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies)

Para se inscrever no Fies, o candidato deve ter obtido média aritmética das notas nas provas do Enem igual ou superior a 450 pontos e nota superior a zero na redação. Também é necessário ter renda familiar mensal bruta, por pessoa, de até três salários mínimos.

Fonte: Agência Brasil

EUA é criticado por rejeitar proposta de resolução da ONU

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WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – O Conselho de Segurança das Nações Unidas rejeitou nesta quarta (18) uma resolução proposta pelo Brasil, na qualidade de presidente do órgão, sobre o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Houve 12 votos favoráveis, mas os EUA, que historicamente blindam Israel no conselho, vetaram a resolução. A Rússia, que havia apresentado sua própria resolução e tentado fazer duas emendas ao texto brasileiro, se absteve. Após a decisão, o governo Biden passou a ser duramente criticado.

Desde 2016 o conselho não emite uma resolução sobre o Oriente Médio. O fracasso coloca mais pressão ainda sobre o órgão, já criticado pela inércia em relação à Guerra da Ucrânia. Criado para ser uma espécie de guardião da segurança da comunidade internacional, a divergência entre os membros permanentes, com poder de veto -sobretudo entre EUA, China e Rússia- vem provocando uma imobilização do conselho.

A análise do texto estava prevista inicialmente para segunda (16), mas foi adiada a pedido dos demais membros do conselho para permitir mais negociações. Um ataque a um hospital na Cidade de Gaza, que deixou centenas de mortos, colocou mais pressão sobre o órgão para agir.

A dificuldade se explica pela divergência entre os membros em relação ao tema. Americanos e russos, especialmente, têm posições conflitantes, dados seus interesses e aliados díspares na região.

Para ser aprovada, uma resolução exige a aprovação de 9 dos 15 membros do órgão, e nenhum veto dos cinco com assento permanente -EUA, China, Rússia, França e Reino Unido.

O Brasil foi incumbido dessa missão pelo conselho, por ocupar a presidência rotativa do órgão no mês de outubro. Assim, o documento brasileiro é uma construção feita a partir de consultas com os demais membros -diferentemente do texto da Rússia, rejeitado na segunda, que foi produzido unilateralmente pela diplomacia do país.

Depois da rejeição de seu texto, os russos se engajaram mais nas consultas do texto brasileiro. A China, que votou favoravelmente à proposta de Moscou, também se envolveu mais.

A Rússia criticou a proposta brasileira, e propôs duas emendas. Uma para incluir uma condenação a ataques a civis na Faixa de Gaza, citando o ataque ao hospital, e a segunda, para falar em cessar-fogo humanitário, em vez de uma pausa humanitária. A primeira parte teve 6 votos a favor, 1 contra e 8 abstenções, sendo derrotada. A segunda parte também fracassou, após novo veto dos EUA -o placar total foi de 7 a favor, 1 contra e 7 abstenções.

A escalada de violência, que chegou ao 12º dia, já soma mais de 4.000 mortos, sendo 3.000 palestinos e 1.400 israelenses. A maioria é civil.

O texto brasileiro, organizado em 11 pontos, rejeita os ataques promovidos pelo Hamas desde 7 de outubro, classificados como terroristas, exige a imediata soltura dos reféns civis, e condena “toda violência e hostilidades contra civis e todos os atos de terrorismo”.

No preâmbulo, o texto expressa “profunda preocupação com a situação humanitária em Gaza e seus graves efeitos sobre a população civil, em grande parte composta por crianças”.

Em referência ao ultimato dado pelo governo de Benjamin Netanyahu no final de semana, o documento “insta à imediata revogação da ordem para que civis e pessoal da ONU evacuem todas as áreas ao norte de Wadi Gaza e se realoquem no sul de Gaza”. Não há menção a um direito de defesa de Israel, como pedido por Tel Aviv.

A resolução pede ainda que todas as partes cumpram o direito internacional, destacando as obrigações de respeito e proteção a civis e de trabalhadores humanitários, como funcionários da ONU e da Cruz Vermelha, no contexto de conflitos armados.

Nessa linha, o documento pede o estabelecimento de pausas humanitárias no conflito, diferente do que defendiam os russos, que pediam um cessar-fogo, para permitir o acesso de agências das Nações Unidas e seus parceiros, e incentiva a criação de corredores humanitários para a entrega de ajuda a civis.

“A pausa humanitária é aquele tipo de solução engenhosa dos diplomatas para driblar um ponto de divergência. A ideia de cessar-fogo implica que Israel pararia sua ação militar, e não é essa a ideia, é só uma pausa, onde está subsumida a ideia de retomada da operação”, afirma Dawisson Belém Lopes, professor de política internacional e comparada da UFMG.

O especialista vê o trecho como um reconhecimento implícito do direito que Israel tem se defender -demanda que Tel Aviv vem fazendo ao conselho.

Diante do alerta de uma catástrofe humanitária em Gaza após o cerco imposto por Israel, que impede a entrada de itens de necessidade básica como água, combustível, alimentos e remédios, o texto “insta fortemente a contínua, suficiente e sem impedimentos provisão de bens e serviços essenciais para civis”.

Há ainda um apelo para que todas as partes “exerçam o máximo de contenção”, assim como àqueles com influência sobre elas, para evitar uma escalada do conflito na região. Embora o texto não nomeie, a referência é aos EUA, principal aliado internacional de Israel que já vêm disponibilizando recursos militares a Tel Aviv, e ao Irã, um apoiador histórico do Hamas.

Uma resolução do Conselho de Segurança tem caráter mandatório, ou seja, obriga os países a cumpri-la. Caso contrário, um membro pode sofrer punições por tribunais internacionais. No entanto, levar um descumprimento a essas últimas consequências exige vontade política, destaca Lopes.

“O caso mais extraordinário nesse sentido é o de Israel, é a grande exceção, por conta dessa aliança especial com os EUA”, afirma ele. “Israel consegue sistematicamente, embora tenha despeitado várias resoluções importantes das Nações Unidas, [se proteger], porque os EUA votam invariavelmente para vetar resoluções que ameaçam Israel.”

O Brasil, que ocupa a presidência rotativa do Conselho de Segurança neste mês, foi incumbido de apresentar um texto na reunião da última sexta (13), após a Rússia circular uma proposta rechaçada pelos demais membros.

Na segunda, o país de Vladimir Putin insistiu em apresentar uma resolução, a qual foi rejeitada por um placar de 5 votos a favor, 4 contrários e 6 abstenções.
A resolução russa não condenava explicitamente o Hamas por terrorismo, mas atos terroristas em geral, e pedia um cessar-fogo para proteger a população civil, bem como a abertura de corredores humanitários.

A representação palestina nas Nações Unidas apoiava a resolução, assim como diversos países árabes, entre eles Egito e Jordânia, além da Venezuela. Os EUA, a França, o Reino Unido e o Japão votaram contra o texto russo. O Brasil se absteve, assim como Suíça e Malta. A China votou a favor.

ENTENDA O PODER DO CONSELHO DE SEGURANÇA E DAS RESOLUÇÕES

De acordo com Dawisson Belém Lopes, professor de política internacional e comparada da UFMG, os poderes do Conselho de Segurança, em termos técnicos, “são quase infinitos”. “O conselho pode determinar qualquer tipo de solução política para situações que inspirem algum tipo de pronta reação da comunidade internacional”, diz.

Tire suas dúvidas sobre os poderes do conselho e da resolução sobre o Oriente Médio, segundo Lopes.

QUE PODERES TEM O CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU?

Em termos técnicos, os poderes são quase infinitos. Ele tem um mandato que não é limitado tematicamente, ou seja, qualquer tópico pode ser securitizado. Por isso ele tem aumentado ao longo do tempo seu escopo temático. Ele pode dar saídas que envolvam ou não o uso da força. Cotnanto que se sigam certos procedimentos, ele pode atuar em qualquer lugar do planeta, pode ser mobilizado para discussões concernentes a países membros e não membros da ONU. É um órgão político que pode fazer qualquer coisa para cuidar da segurança internacional.

O QUE É UMA RESOLUÇÃO?

Resolução é um documento discutido e votado pelos membros do Conselho, formado por 15 países, dos quais há 5 permanentes e 10 rotativos, com mandatos bienais. Essa normativa é sempre casuística, ou seja, é sempre caso a caso. É diferente da carta da ONU, que é uma espécie de Constituição da ONU, a resolução é um documento que resulta da convergência dos interesses, da posições dos atores, lembrando sempre que para que uma resolução seja aprovada, requer-se que ela atinja 9 votos dos 15 possíveis. Além disso, ele não pode receber votos negativos dos membros permanentes.

A natureza jurídica da resolução é mandatória, diferente do Assembleia-Geral da ONU, que também produz resoluções, mas recomendatórias. O Conselho de Segurança tem natureza obrigatória, o que vem dele tem força de coerção. Vem embutido ali um poder coercitivo do direito internacional. Os atores em tese devem cumprir.

O QUE ACONTECE SE UMA RESOLUÇÃO FOR DESCUMPRIDA?

O estado que descumpre uma resolução comete um ilícito internacional. Todo estado tem direitos e obrigações. Se ele infringe uma lei, ele deve ser punido, existem tribunais internacionais para apenar os Estados. A Corte Internacional de Justiça é, por exemplo, uma espécie de Poder Judiciário do sistema ONU, mas nem sempre há vontade política para implementar essas penas, levar às últimas consequências.

O caso mais extraordinário nesse sentido é o de Israel, é a grande exceção, por conta dessa aliança especial com os EUA. Você pode apontar o dedo para as grandes potências, mas elas se protegem com o instrumento do veto. Cometem ilegalidades, mas se blindam. Israel consegue sistematicamente, embora tenha despeitado várias resoluções importantes das Nações Unidas, porque os EUA votam invariavelmente para vetar resoluções que ameaçam Israel.

CONSIDERANDO QUE O CONFLITO É ENTRE UM ESTADO (ISRAEL) E UM ENTE NÃO-ESTATAL (O HAMAS), ATÉ QUE PONTO ESTE ÚLTIMO É SUJEITO ÀS DECISÕES DO CONSELHO DE SEGURANÇA?

No caso da invasão do Afeganistão pelos EUA, em represália ao 11 de setembro, a operação jurídica consistiu em associar a Al Qaeda, a rede terrorista que reivindicou o ato, ao governo Taliban. Essa foi a costura do argumento jurídico.

Com o Hamas é mais complicado porque, embora ele até possa ser associado ao governo palestino, a Palestina não tem estatuto de Estado. É mais difícil esse enquadramento. O estado moderno tem povo, tem governo, mas tem que ter território também, e falta à Palestina a territorialidade. Embora haja de fato a ocupação de certos territórios, como a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, a Palestina não é o ente soberano. O país palestina tem status de membro observador, não de membro pleno da ONU. Então é mais difícil para o Direito Internacional fazer essa triangulação para imputar as penas. Penalizar o Hamas em si é possível. O direito internacional já avançou hoje na direção de enquadrar os atores transnacionais criminosos como o Hamas, mas daí a tentar estender à palestina, seria um passo que não houve até hoje, seria inédito.

A resolução classifica os ataques pelo Hamas como terroristas. Isso vai provocar uma mudança mais ampla no entendimento do Conselho de Segurança sobre o Hamas?

Que consequências isso pode ter?

O Hamas passará a ser mais corriqueiramente associado ao terrorismo. Como ele é também um partido político, há uma certa cautela para fazer o enquadramento até o cometimento desses atos flagrantemente terroristas da semana passada. O que eu entendo que vai acontecer é exatamente uma inclusão do Hamas nesse rol de estados terroristas para efeitos práticos, certamente, porque há um consenso internacional amplo a esse respeito, e que ultrapassa as grandes clivagens norte-sul e leste-oeste.

O TEXTO TAMBÉM FALA EM “PAUSAS HUMANITÁRIAS” EM VEZ DE UM CESSAR-HUMANITÁRIO, COMO QUERIA A RÚSSIA. QUAL A DIFERENÇA?

A pausa humanitária é aquele tipo de solução engenhosa dos diplomatas para driblar um ponto de divergência. A ideia de cessar-fogo implica que Israel pararia sua ação militar, e não é essa a ideia, é só uma pausa, onde está subsumida a ideia de retomada da operação. Cessar-fogo é para parar, podendo ser retomado ou não, então essa mudança de fraseado é basicamente um reconhecimento implícito do direito que Israel tem se defender e que, portanto, a campanha militar vai continuar.

A RESOLUÇÃO PODE TER ALGUM EFEITO PRÁTICO PARA EVITAR UMA ESCALADA AINDA MAIOR DO CONFLITO E NA PROTEÇÃO DE CIVIS? A CITAÇÃO AO HAMAS COMO PERPETRADOR DE TERRORISMO É COERENTE COM O POSICIONAMENTO DA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA?

O efeito prático é de ordem moral, em primeiro lugar, estabelecendo as balizas do que é certo e o que é errado no entendimento da comunidade internacional. Há também o efeito de botar pressão sobre as partes, Israel especialmente, que é um membro da ONU, enquanto o Hamas não é.

Há uma pressão importante sobre Israel, principalmente no sentido de que acolha essas demandas da comunidade internacional para que haja mais cautela humanitária, para que alvos civis sejam poupados, organizações humanitárias sejam poupadas.

O Brasil é um ator cauteloso na diplomacia, ele geralmente espera o consenso se consolidar, então agora parece que há um consenso. Classificar os ataques como terroristas não é nenhuma grande ruptura. O Brasil se move de forma cuidadosa na cena internacional e incorpora o consenso