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EDITAL DE CONVOCAÇÃO – SIPROSEP realiza Assembleia Geral Extraordinária

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Pelo presente edital, em conformidade com as funções estatutárias do Sindicato dos Profissionais dos Servidores Públicos Municipais SIPROSEP, a Presidente ELAINE FONTES LEÃO, convoca os servidores públicos associados ou não, para a assembleia geral extraordinária a ser realizada no dia 22/05/2023, na sede deste sindicato, situado na Avenida José Alves de Azevedo, 213, às 17h em primeira convocação e às 18h em segunda convocação em qualquer número, presencialmente, com a  pauta: 1 – Apresentar resposta do município quanto ao pedido de reajuste salarial aprovado em assembleia; 2 – Deliberar, conforme aprovado em assembleia, as medidas que adotaremos diante a resposta apresentada; 3 – Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício 2024. Publicação deste edital no site Click Campos nos dias 18, 19 e 22 de maio de 2023.

Campos dos Goytacazes, 17 de maio de 2023.

Biden buscará Lula e Modi no G7 para tratar da Ucrânia, diz assessor

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NELSON DE SÁ
HIROSHIMA, JAPÃO (FOLHAPRESS) – O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, que acompanha Joe Biden na cúpula do G7 em Hiroshima, afirmou que o presidente americano “buscará a oportunidade de falar” com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com o primeiro-ministro indiano Modi, no evento.

De acordo com Sullivan, Biden quer conversar “com ambos sobre o papel construtivo que cada país pode desempenhar no apoio ao elemento mais fundamental de qualquer resultado (da guerra na Ucrânia), que é soberania e integridade territorial, que é sagrada na Carta da ONU”.

Segundo Sullivan, Biden “vai agradecer ao presidente Lula por ter apoiado várias das principais resoluções da ONU neste conflito, e o motivo pelo qual o Brasil as apoiou é porque essas resoluções têm esse princípio”, da integridade territorial.

Mas a Ucrânia “será um de vários temas-chaves” das conversas, acrescentando outros, sobre “como mobilizamos investimentos nesses países, como desenvolvemos os bancos multilaterais de desenvolvimento, como lidamos com o peso da dívida”. Citou especificamente a Parceria para Infraestrutura e Investimento Global, programa do G7 que busca se contrapor à Iniciativa Cinturão e Rota, da China.

Sullivan também questionou o tom da pergunta feita na coletiva, sobre Biden “pressionar” Lula e Modi. “Pressão é a palavra errada”, disse. “Não é assim que o presidente Biden opera com esses líderes-chefe, com quem ele tem relações profundas, o presidente Lula e o presidente [na verdade, primeiro-ministro] Modi”.

Procurada, a comitiva brasileira não negou nem confirmou uma reunião bilateral dos presidentes brasileiro e americano.
A exemplo de Biden, também o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, negocia bilaterais com Lula e Modi. A reportagem confirmou o contato dele com o governo brasileiro e questionou Lula, na manhã deste sábado (20), horário local, se vai se encontrar com Zelenski. “Não sei”, respondeu o presidente.

Já o líder indiano estaria acertando uma reunião com o ucraniano para a noite de sábado, segundo jornais indianos. E o governo japonês confirmou oficialmente, afinal, ter aceito a solicitação ucraniana depois que “Zelenski expressou seu forte desejo de participar presencialmente”. Ele estará em duas reuniões gerais no domingo, uma com os membros do G7, outra com os membros e os convidados.

A segunda é quando Lula e Modi estarão ao lado de Biden e outros na sessão de trabalho “Rumo a um mundo pacífico, estável e próspero”. O brasileiro deverá falar em favor das iniciativas de paz para a Ucrânia externas ao G7, lançadas por Brasil, China e agora países africanos, encabeçados pela África do Sul. Modi afirmou ao jornal japonês Nikkei que pretende “amplificar as vozes e preocupações do Sul Global”.

Prevista inicialmente para as 10h, no horário local, a sessão foi transferida para as 11h45. Modi e Lula marcaram encontro bilateral para as 10h40, imediatamente antes. Espera-se agora que os dois conversem sobre a guerra antes de entrar para a sessão com os demais.

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Homem é preso com 3 kg de cocaína diluída em roupas no aeroporto de Viracopos

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FRANCISCO LIMA NETO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Federal prendeu em flagrante um homem de 36 anos com 3 kg de cocaína diluída em peças de roupas no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo, na noite desta quinta (18).

De acordo com a PF, ele tentava embarcar com destino a Lisboa, em Portugal, com as roupas com droga na bagagem. A cocaína foi identificada por meio de um teste de reagente.
Ainda segundo a PF, a droga foi localizada durante uma fiscalização de rotina de passageiros e bagagens, feita pela corporação e pela Receita Federal.

O momento do teste foi gravado em vídeo. Um líquido reagente é aplicado sobre o tecido, e quando aparece a coloração azul significa de que trata-se do entorpecente, diz a PF.
O homem detido responderá pelo crime de tráfico internacional de drogas, cuja pena máxima pode ultrapassar 15 anos de prisão.

POLÍCIA APREENDE UMA TONELADA DE MACONHA
A Polícia Militar Rodoviária prendeu na tarde de quarta (17) um jovem de 21 anos que transportava uma tonelada de maconha em um caminhão pela rodovia Rachid Rayes (SP-333), zona rural de Marília, interior paulista.

O veículo trafegava com uma fita adesiva que ocultava as letras da placa, o que chamou a atenção dos policiais, segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública).
Eles então pediram que o motorista parasse, mas a ordem não foi atendida. Após uma perseguição, o suspeito abandonou o veículo e tentou fugir a pé, mas uma equipe de apoio conseguiu capturá-lo.

Os policiais encontraram 1.387 tabletes de maconha, que totalizaram 1.062,570 kg da droga.

O suspeito, que não possuía CNH (Carteira Nacional de Habilitação), disse que pegou o caminhão em Iporã, no Paraná, para levá-lo até Marília, onde outro suspeito o aguardava para seguir viagem.

A placa do veículo estava adulterada, segundo a PM. Os policiais também localizaram outras placas dentro do veículo, que seriam trocadas assim que o caminhão fosse entregue ao segundo envolvido.

O homem foi preso em flagrante e levado à CPJ (Central de Polícia Judiciária) de Marília, onde o caso foi registrado como tráfico de drogas.

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Homem mostra pênis em audiência virtual e juíza arquiva processo

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Uma juíza decidiu encerrar uma audiência virtual e arquivar o processo depois de um homem mostrar o pênis no vídeo.

A juíza abriu a audiência, que era a primeira do caso, e o advogado do reclamante já estava virtualmente presente. A audiência foi realizada nesta quinta-feira (18) na 18ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte.
Pouco tempo depois, o reclamante entrou na sala virtual e abriu a câmera. Ele estava deitado na cama, de pijama, quando apareceu o pênis dele, informou por nota o Tribunal Regional do Trabalho 3ª Região.

Ao perceber a cena, o secretário de audiência desligou a câmera rapidamente e a juíza encerrou a audiência, determinando o arquivamento do processo.

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K9, droga que tem ganhado adeptos em SP, é encontrada em presídios do Rio

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ALÉXIA SOUSA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a origem da droga K9 no sistema carcerário fluminense. Conhecida também como maconha sintética (embora não tenha cannabis em sua composição), a droga foi encontrado pela Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) em três unidades prisionais do estado.

As amostras foram apreendidas no presídio Evaristo de Moraes, em São Cristóvão, na zona norte da capital, e nas cadeias públicas Hélio Gomes, em Magé, e Juíza Patrícia Acioli, em São Gonçalo, ambas na região metropolitana do Rio.

A pasta não informou a quantidade de droga encontrada. “A secretaria apreendeu, no último ano, volume relevante de itens contendo, aparentemente, a referida droga e encaminhou o material para a delegacia para as devidas providências, o que inclui a análise das substâncias apreendidas”, disse a Seap, em nota.

O material foi analisado pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli, que constatou a presença da K9 em diversos formatos.
A droga sintética costuma ser produzida em formato líquido e inodoro. Para os usuários ela é apresentada de outras formas, por exemplo em misturas de flores, folhas e ervas (orégano, por exemplo) trituradas, onde é borrifado o líquido produzido em laboratório. Outra forma de apresentação é em papel e papelão, que recebem a droga borrifada.

De acordo com a Seap, a entrada de papel sulfite foi proibida nas penitenciárias porque foi verificado que o material era chegava borrifado com o canabinoide aos detentos. A proibição também ocorre no sistema carcerário de São Paulo e nos cinco presídios de segurança máxima do país.

O aparecimento da droga nas unidades fluminenses é investigado pela DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes). A polícia trabalha com a hipótese de que a K9 tenha chegado ao Rio de Janeiro por meio da facção paulista PCC (Primeiro Comando da Capital). Isso porque as unidades do Rio onde ocorreram as apreensões concentram detentos que seriam jurados de morte por criminosos de facções que atuam em São Paulo.

Uma investigação da Polícia Civil paulista apontou que o PCC está ligado às vendas na região central de São Paulo. No entanto, por causa dos efeitos destrutivos da droga, que pode fazer o usuário perder a consciência, o comércio de K9 foi proibido pela facção na região da cracolândia desde fevereiro deste ano.

Também conhecida pelos nomes de K2, K4 e spice, a droga tem se disseminado em São Paulo. Casos de intoxicação também têm aumentado. Na capital paulista, desde o início do ano foram registrados 216 casos, ante 98 durante todo o ano de 2022, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

Zelenski chega ao G7 e ofusca comunicado de cúpula sobre ameaça da China

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NELSON DE SÁ
HIROSHIMA, JAPÃO (FOLHAPRESS) – O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, desembarcou em Hiroshima no início da noite deste sábado (20), horário local, com transmissão ao vivo pela televisão. Quase ao mesmo tempo, saiu o comunicado final do G7, com críticas à China.

Ao chegar, Zelenski publicou uma mensagem no Twitter mencionando “reuniões importantes com parceiros e amigos da Ucrânia”. Em seguida, saudou “a decisão histórica dos Estados Unidos e do presidente [Joe Biden] de apoiar uma coalizão internacional de caças” –referência à liberação pelos EUA do uso do jato militar F16 pela Ucrânia.

Ao entrar em uma reunião, já no âmbito da cúpula, ele acrescentou, sobre os caças: “Estou muito feliz. Muito obrigado. Agradeço ao nossos parceiros. Vai realmente ajudar nossa sociedade, nosso povo, para salvar casas, famílias”.
Posteriormente, descreveu o encontro bilateral que teve com o primeiro-ministro Narendra Modi, dizendo ter apresentado “em detalhe a fórmula ucraniana de paz e pedido à Índia para se juntar à sua implementação”. Agradeceu Modi por apoiar a integridade territorial do país.

Diferentemente do indiano, o presidente brasileiro ainda não havia, até o início da noite em Hiroshima, aceito o pedido de reunião bilateral feito por Zelenski. A reportagem questionou Lula, pela manhã, se iria se encontrar com o ucraniano. “Não sei”, respondeu ele.
A reunião de Zelenski com Modi foi na sala ao lado daquela em que, ao mesmo tempo, Lula se encontrou com o presidente da França, Emmanuel Macron, para conversar longamente sobre a guerra da Ucrânia, entre outras temas.

COERÇÃO ECONÔMICA
Enquanto isso, repercutia em grau menor o comunicado final do G7, em que os países-membros do grupo questionaram a “coerção econômica” da China e a militarização do Mar do Sul da China, afirmando não haver “fundamento jurídico” para as “reivindicações marítimas expansivas” do gigante asiático.
Ao mesmo tempo, os signatários se dispuseram a buscar “relações construtivas e estáveis” com o país, “reconhecendo a importância de nos engajar com franqueza e expressar nossas preocupações diretamente”. Acrescentaram não buscar “impedir o progresso e o desenvolvimento econômico da China”.

Parte da cobertura ocidental optou por adiar o noticiário sobre a declaração do grupo, mas jornais como Financial Times e The Washington Post o levaram à manchete –com o segundo destacando que Zelenski “imediatamente ofuscou os esforços dos líderes para focar a atenção do público em questões além da Ucrânia”.

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40 anos após descoberta do HIV, médicos relembram isolamento, suicídios e estigma

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STEFHANIE PIOVEZAN
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Há 40 anos, a revista Science publicava a descoberta de um vírus. Tratava-se de um agente infeccioso encontrado nos gânglios linfáticos de um paciente atendido no hospital Pitié-Salpêtrière, em Paris, com sinais e sintomas frequentemente associados à Aids.

O artigo era encabeçado pelos pesquisadores franceses Luc Montagnier e Françoise Barré-Sinoussi, premiados mais tarde com o Nobel de Medicina pela revelação, e assinado por mais dez cientistas.
No texto, o grupo afirmava que o novo vírus, batizado em 1986 de HIV (vírus da imunodeficiência humana), poderia estar envolvido no desenvolvimento da síndrome, na época um grande mistério.

“A imprensa chamava de câncer-gay”, lembra a infectologista Zarifa Khouri. Em 1983, ela era residente no Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, e atendeu alguns dos primeiros pacientes com Aids no país.

“O primeiro caso que atendi foi de um rapaz que era cabeleireiro e tinha frequentado saunas gays nos Estados Unidos. Ele deu entrada com diarreia e os professores diagnosticaram febre tifoide, mas não batia porque em adultos a febre tifoide provoca intestino preso”, recorda.

Ninguém sabia o que o homem tinha. Passados alguns dias, surgiram manchas roxas em seu calcanhar e na testa, e a equipe lembrou que as reportagens sobre a tal doença relatavam que os pacientes com frequência desenvolviam um tipo de câncer chamado sarcoma de Kaposi.

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A equipe se questionava: seria Aids? Mas ainda não havia um teste para confirmar e nem antirretrovirais para impedir a multiplicação do vírus no organismo. Assim, o caso continuou se agravando. Surgiu uma pneumonia e o homem morreu na UTI, com quadro de insuficiência respiratória.
“O que conseguíamos era tratar as infecções oportunistas e esses pacientes iam falecendo. Era uma sentença de morte. Quando eles descobriam que eram soropositivos, largavam a faculdade, largavam tudo”, afirma Khouri.

Ninguém entendia como a doença era transmitida, e os próprios médicos tinham medo de colocar as mãos nos pacientes. O contato com as visitas era feito por uma abertura na parede e a pergunta “Quanto tempo eu tenho de vida?” era frequente.
“Às vezes, saíamos para tomar um café do outro lado da rua e nos deparávamos com pacientes se jogando pela janela, cometendo suicídio”, conta a médica.

No caso das mulheres diagnosticadas com o vírus, a recomendação era a laqueadura, já que não havia controle da transmissão entre mãe e bebê.

“Um dia, eu estava no pronto-socorro e um casalzinho jovem, de 14, 15 anos, veio conversar. Eles eram usuários de drogas injetáveis, muito comuns naquela época, e pediram para não contar para ninguém que eles tinham HIV porque senão os dois seriam linchados na favela em que moravam. A discriminação era muito, muito grande”, lembra a médica entre lágrimas.

COQUETEL E DESAFIOS
O cenário começou a mudar em 1991, quando o mundo tinha 10 milhões de pessoas infectadas, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), e o Brasil somava 11.805 casos.
Foi nesse ano que o Ministério da Saúde deu início à distribuição gratuita de antirretrovirais. No ano seguinte, a combinação de AZT e Videx inaugurou o primeiro coquetel anti-Aids do país e, daí para frente, a inclusão de novos medicamentos aumentou a expectativa e a qualidade de vida dos pacientes.

“Com o coquetel, a pessoa já não tinha mais um tempo de vida definido”, compara Khouri. Ainda assim, os primeiros remédios provocavam diarreia e a perda de gordura no rosto evidenciava quem tinha a doença.

Outras mudanças foram o controle da transmissão entre mãe e bebê e, mais recentemente, o uso profilático dos antirretrovirais antes e após a exposição ao vírus. “Nosso maior desafio hoje é acertar na prevenção para diminuir o número de infecções”, avalia a médica.

José Valdez Madruga, coordenador do comitê científico de HIV/Aids da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), cita outro obstáculo: a permanência do estigma. “Vemos famílias que expulsam filhos de casa e empresas que demitem funcionários por causa do HIV.”

“O mundo mudou muito nesses 40 anos, mas ainda vemos pessoas com diagnóstico tardio e doença grave pelo simples medo de fazer o teste de HIV”, relata. “Isso leva ao aumento de mortalidade e também a sequelas de doenças decorrentes da imunodepressão.”

De acordo com o Unaids (Programa das Nações Unidas em HIV/Aids), em 2021, 38,4 milhões de pessoas no mundo viviam com HIV. Naquele ano, o último com dados disponíveis, foram 650 mil mortes.

Desde o surgimento dos primeiros casos, 84,2 milhões de pessoas no mundo foram infectadas pelo HIV e 40,1 milhões morreram por doenças relacionadas à Aids.
Em todo esse período, houve apenas cinco relatos de cura, todos envolvendo o transplante de células-tronco de doadores com uma mutação no gene CCR5 que impede a entrada do HIV nas células.

“Nesta década, esperamos que os medicamentos continuem melhorando, com aumento no intervalo entre as doses e menos efeitos adversos, e principalmente sonhamos com a cura”, confessa Madruga.

“Espero presenciar esse momento, ver a cura ser anunciada”, diz Khouri.

O momento em que jovem paralisado se levanta para receber diploma nos EUA

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O momento emocionante em que um jovem, de 25 anos, recebeu, na segunda-feira, o seu diploma na Universidade Comunitária Reynolds, no estado norte-americano de Virgínia, está se tornando viral nas redes sociais.

Khalil Watson recebeu aplausos quando se levantou da sua cadeira de rodas e, com a ajuda de um exosqueleto robótico e de bengalas, conseguiu andar.

Watson disse que o momento foi muito significativo para ele, dado que não esteve presente na sua cerimônia de formação, em 2016, já que ficou paralisado depois de ser alvejado no pescoço – o que lhe provocou danos na medula espinhal.

“Tido é possível”, afirmou o jovem à NBC. “Fiz isto por Deus, por mim, pelos meus amigos e família. Se as pessoas soubessem como é que eu cheguei até aqui…”, acrescentou, explicando que quando a tragédia aconteceu se sentiu como um bebê, tendo que ter aprendido a comer, falar e até respirar devidamente outra vez.

Para além de faltar à tal cerimônia, o jovem não foi também, na época, ao baile de formandos. Quer agora prosseguir os estudos, e focar-se na área do trabalho social. “Tenho uma paixão em ajudar os outros, e depois de tudo pelo que passei, sinto que será fácil conectar-me com os outros e perceber as pessoas que passaram pelas mesmas – e piores – situações que eu”, concluiu.

Veja o momento na galeria acima.

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Organizações humanitárias consideram G7 "um fracasso para o sul global"

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“O G7 falhou ao sul global em Hiroxima. Não conseguiram perdoar as dívidas e não conseguiram ver o que é realmente necessário para acabar com a fome crescente no mundo”, disse o porta-voz da organização humanitária Oxfam International, Max Lawson.

“Podem gastar milhões em guerras, mas não podem dar nem metade do que a ONU precisa para as crises humanitárias mais graves”, acrescentou.

O comunicado do G7 prevê afetar 21 milhões de dólares ao “combate às crises humanitárias que mais se agravaram em 2023 e onde se incluí a urgente crise alimentar”, muito aquém do valor proposto pela ONU de 55 milhões de dólares.

Várias organizações denunciaram a redução dos fundos de ajuda humanitária para esta região, motivada não só pelo o auxílio à Ucrânia e aos seus refugiados, mas também pelo aumento das despesas com armamento.

Friederike Roeder, da organização Global Citizen, afirmou que o comunicado final do G7 está “fora do caminho” porque “não cumpre o objetivo que é realmente necessário: a ação”.

Roeder criticou a falta de medidas concretas e a falha no compromisso de disponibilizar 100 milhões de dólares por ano para a proteção do clima.

“O papel da Alemanha neste anúncio é particularmente dececionante. O desempenho da União Europeia na diplomacia internacional é crucial, mas será impossível se a Alemanha, o maior país, continuar a concentrar o seu poder de negociação em novos investimentos no gás, em vez de liderar o caminho para um futuro livre de combustíveis fósseis”, argumentou.

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Ucrânia, China e yanomamis devem inspirar questões nos vestibulares de inverno

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BEATRIZ GATTI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Estudantes que vão prestar vestibulares de inverno devem estar ligados nos desdobramentos da Guerra da Ucrânia, em relações envolvendo a China e na crise de saúde pública dos yanomamis.

Foi o que disseram à reportagem três professores de cursinhos pré-vestibular sobre os temas da atualidade que podem aparecer nas provas de meio de ano em São Paulo.

As faculdades particulares –maioria entre as que iniciam cursos no segundo semestre– geralmente formulam questões mais factuais, diz o coordenador de ciências humanas do Cursinho da Poli, Rui Calaresi, que atua há 26 anos na área. A ideia, de acordo com ele, é medir se o candidato tem um acesso mínimo à informação.

O primeiro grande assunto que os vestibulandos podem esperar encontrar é o conflito entre Rússia e Ucrânia. A abordagem nos exames deve ir além da origem da guerra e explorar as consequências políticas, sociais e econômicas.

As sanções que o Ocidente impôs à Rússia, por exemplo, e seus impactos sobre o fornecimento de gás natural e petróleo na Europa podem render perguntas sobre o uso de combustíveis fósseis e o processo de globalização.

É justamente essa uma das apostas da vestibulanda Ana Beatriz Marques, 18, aluna do Cursinho CPV. “Que implicações causou a fala de Lula sobre a responsabilização dos dois países [pela guerra]? Quais as consequências disso para o Brasil? Talvez caiam questões do tipo”, diz ela, que quer cursar cinema na ESPM.

Embora já tenha conseguido uma vaga no processo seletivo de 2022, Ana fará a prova pela segunda vez, no dia 25 de junho, para tentar melhorar sua colocação e concorrer a uma bolsa.
“Minha maior dificuldade [na prova do ano passado] foi a parte de atualidades, porque eu não tive muitos espaços para conversar sobre o que estava acontecendo no mundo durante o ensino médio”, conta. Agora, no cursinho, ela tem uma aula quinzenal dedicada exclusivamente a temas em alta.

Também tem havido discussões sobre a China. “É o tema com a maior diversidade de aspectos atuais a serem cobrados”, afirma Vera Lúcia Antunes, professora de geografia no cursinho Objetivo há mais de 50 anos.

“Temos visto bastante nas aulas a questão da Nova Rota da Seda –projeto de investimento chinês em infraestrutura– e como a China intermediou a reaproximação de países marcados por conflitos entre si”, afirma Gabriel Mota, 17, aluno de terceiro ano da Escola Móbile, em São Paulo.
O estudante refere-se a Irã e Arábia Saudita, que retomaram suas relações diplomáticas após sete anos.

Gabriel quer cursar economia no Insper e vai fazer como treineiro a prova, marcada para 12 de junho.
Em termos de Brasil, o palpite dos professores e estudantes converge para a crise de saúde pública dos yanomamis, revelada em janeiro deste ano.

“A questão indígena volta e meia influencia vestibulares”, afirma Thomas Wisiak, coordenador de história do cursinho Etapa. “E o problema do garimpo não é novo. Ele se aprofunda e piora, mas são questões antigas.”

Na opinião do professor, os exames talvez não exijam informações específicas da crise sanitária na maior reserva indígena do Brasil, mas sim os diversos interesses em jogo.
A estudante Ana concorda. “É o primeiro vestibular depois que tudo isso veio à tona, então não seria algo repetitivo. Se eu montasse um vestibular, eu colocaria”, diz ela, “porque, como brasileiro, é muito importante ter consciência do que está acontecendo.”

Para as redações, um bom exemplo de tema que estimula a capacidade analítica e argumentativa dos candidatos é a discussão em torno do poder das big techs e da evolução da inteligência artificial.

O ChatGPT, chatbot desenvolvido pela OpenAI, tornou-se popular a partir de sua habilidade em compreender a linguagem humana e gerar respostas equivalentes.
“É um tema que pode ser abordado por ser muito polêmico. Ainda estamos engatinhando em entender como a inteligência artificial vai impactar na produção de conhecimento”, diz Calaresi, professor do Cursinho da Poli.

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500 famílias são despejadas de condomínio do Minha Casa, Minha Vida no RJ

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ALÉXIA SOUSA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Cerca de 500 famílias foram despejadas, nesta sexta-feira (19), de um condomínio construído por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, no Complexo do Anaia, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Elas foram retiradas em uma ação das polícias Federal, Civil e Militar para o cumprimento de uma ordem judicial de reintegração de posse do local.

A ação foi ajuizada pela Caixa Econômica Federal, responsável pelo empreendimento. Em nota, o banco disse que o Residencial Cidade Verde, que reúne 800 apartamentos financiados com recursos do programa, estava ocupado irregularmente e que foram “adotadas as medidas judiciais cabíveis para a reintegração de posse das unidades”.

Ainda de acordo com a Caixa, a ação permitirá a retomada das obras para conclusão e entrega aos legítimos beneficiários, de acordo com as regras do Minha Casa, Minha Vida.
Durante a ação de despejo nesta sexta, muitos móveis e eletrodomésticos ficaram espalhados na rua que fica em frente aos prédios. Muitas pessoas sentaram nas calçadas, sem saber para onde ir. Segundo a associação de moradores do bairro, algumas famílias foram abrigadas em uma igreja da região.
A maioria dos ocupantes estava no condomínio, abandonado desde 2019, depois de ficar desabrigada por causa do temporal que atingiu o município em fevereiro deste ano. A ordem de desocupação, segundo os moradores, chegou no início de maio, mas muitas pessoas decidiram permanecer no local, pois não tinham para onde ir.

A Prefeitura de São Gonçalo afirmou que 278 famílias atingidas pelas chuvas do início do ano já estão recebendo o auxílio habitacional temporário. Aquelas que foram cadastradas pela assistência social do município, mas ainda não receberam o benefício, estão com pendências nas documentações. Além disso, segundo a gestão municipal, existe uma lista de famílias a serem contempladas com regras definidas pelo governo federal.
“A Secretaria de Assistência Social está de prontidão para auxiliar todos os gonçalenses que necessitarem de apoio, orientações e posterior cadastro nos programas assistenciais e de habitação do governo”, afirmou o município.

A Defensoria Pública do Estado disse que mandou equipe ao local para dar assistência às famílias e que a DPU (Defensoria Pública da União) acompanha o caso na Justiça.

A DPU confirmou que apresentou recurso pedindo a suspensão dos efeitos da decisão que determinou a desocupação dos imóveis, pelo menos até a finalização e efetivação de um plano de reassentamento das famílias pelo poder público. Porém o pedido não foi aceito pela Justiça.

Em nota, o TRF2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) afirmou que a desembargadora federal Vera Lúcia Lima, da 6ª Turma Especializada, ordenou o encaminhamento urgente, ao MPF (Ministério Público Federal), de dois recursos para tentar suspender a reintegração de posse do conjunto habitacional. Procurado, o MPF não se manifestou.

Os agravos, segundo o Tribunal, foram apresentados nesta quinta (18) pela Defensoria Pública da União e por ocupantes de 500 apartamentos do empreendimento.
No despacho, assinado nesta sexta (19), a magistrada Vera Lúcia Lima pede a manifestação do MPF, considerando “as peculiaridades do caso concreto” e a sua “relevante repercussão social”.

A reintegração de posse foi determinada pelo juízo da 5ª Vara Federal de São Gonçalo. A primeira instância havia oficiado à Polícia Militar e à Polícia Federal para formalizarem um plano coordenado de retirada dos invasores com segurança até o dia 18.

Segundo informações do processo, a construção cabia à J.C. Cordeiro Engenharia. No entanto, segundo o TRF2, devido a descumprimento contratual e abandono do canteiro de obras, o banco rescindiu o contrato com a empreiteira em 2019 e, desde então, as obras estariam paradas.

De acordo com as informações da corte, na decisão liminar que ordena a reintegração de posse, o magistrado de primeiro grau observou que o município de São Gonçalo já havia realizado o devido cadastro e sorteio de famílias que irão receber os imóveis do programa do governo federal.

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Japão promete a Lula aprovar isenção de visto de turista para brasileiros

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Os dois líderes reuniram-se nesta sexta-feira (19), durante cerca de uma hora na cidade de Hiroshima, no oeste do Japão, para onde Lula viajou para participar de várias sessões no âmbito da cimeira de líderes do G7, que desta vez incluiu vários países emergentes.

No encontro, Kishida disse também que irá aprovar um empréstimo no valor de cerca de 30 bilhões de ienes (cerca de 1 bilhão de reais) para apoiar o sistema de saúde brasileiro e outros setores.

Os dois líderes concordaram em trabalhar juntos para a cimeira do bloco G20, em 2024, do qual o Brasil assumirá a presidência rotativa, e apoiar a candidatura brasileira a anfitrião da Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP30), em 2025.

Lula e Kishida também discutiram a situação na Ucrânia e no leste da Ásia e concordaram em coordenar as suas ações no Conselho de Segurança das Nações Unidas, do qual ambos são atualmente membros não permanentes.

Os dois chefes de Governo reafirmaram a importância de valores fundamentais como a liberdade e a democracia, e concordaram em trabalhar juntos para manter e fortalecer “uma ordem internacional baseada no Estado de Direito”.

O Brasil é um dos países convidados a participar em várias sessões da cimeira, que conta com um número recorde de participantes, incluindo a Índia, a Coreia do Sul e Comores, que atualmente preside à União Africana.

Lula irá participará em três encontros temáticos hoje e domingo, em que serão discutidos segurança alimentar, mudanças climáticas e fortalecimento do sistema global de saúde.

O Presidente brasileiro irá ainda ter encontros bilaterais com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e com o Presidente da Indonésia, Joko Widodo.

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Condutor foge da polícia nos EUA com um agente sobre o capô do carro

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Um condutor que fugiu da polícia da cidade de Carroll, em Iowa, Estados Unidos, com um agente em cima do capô do seu carro, foi condenado na semana passada a uma pena de prisão que pode ir até aos cinco anos, reporta a Associated Press.

O crime foi cometido por Dennis James Guider Jr., de 29 anos, que se declarou culpado da prática do crime de lesão corporal grave causada por veículo.

Outra acusação de crime, relacionada com a fuga à polícia, foi retirada, no âmbito de um acordo judicial alcançado em março.

Durante a sessão em tribunal, foi divulgado um vídeo do momento, que pode ver através da galeria acima.

O agente da polícia Patrick McCarty mandou parar o carro em que o suspeito seguia a 5 de março de 2021. Isto porque sobre ele pendia um mandado de detenção, pela prática de um crime de falsificação.

O vídeo mostra como Guider ignorou as ordens para sair do carro, o que levou o agente a colocar-se em frente ao veículo, apontando a pistola ao suspeito e ordenando repetidamente que parasse. 

Enquanto o carro avançava, o polícia subiu para o capô. Guider continuou conduzindo enquanto McCarty se agarrava ao veículo, gritando para que parasse.

Por fim, o agente foi projetado do automóvel, acabando por ficar com fraturas nas costas devido ao excesso de velocidade em que seguiam.

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Governo manda recolher lotes de feijão impróprios para consumo

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O Ministério da Agricultura e Pecuária determinou o recolhimento de quatro lotes de feijão impróprios para consumo humano. Os produtos são das marcas Da Mamãe e Sanes.

De acordo com a pasta, os produtos apresentaram percentual superior a 15%, limite permitido, de grãos de feijão mofados e ardidos (fermentados), o que representa má qualidade e risco à saúde dos consumidores.

“Esses grãos podem conter micotoxinas prejudiciais ao organismo, causando intoxicações alimentares e reações alérgicas”, explica o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, Hugo Caruso, conforme nota divulgada pelo ministério.

Os lotes foram identificados em uma operação anterior do Mapa, que apreendeu mais de 150 toneladas no estado do Rio de Janeiro. Após análise laboratorial, foi confirmado que não atendiam aos padrões de qualidade e segurança para consumo. Os feijões impróprios foram encontrados no estado do Rio de Janeiro e no Distrito Federal.

Os lotes são: lote 51 do feijão cores e lote 06 do feijão preto, ambos da marca Da Mamãe; e os lotes 030423 e 080323 do feijão preto da marca Sanes.

Se algum consumidor encontrar algum dos quatro lotes de feijão sendo vendido, deve denunciar imediatamente às autoridades. A denúncia pode ser feita pelo telefone do Mapa (61) 3218-2089 ou pelos órgãos de defesa do consumidor.

O Ministério da Agricultura recomenda que os consumidores verifiquem se tem algum pacote dos lotes e marcas citadas em casa ou em restaurante. Caso tenha adquirido algum produto impróprio, o consumo deve ser interrompido e é preciso entrar em contato com o estabelecimento onde foi comprado para que seja feita a devolução ou descarte.

A Agência Brasil tenta contato com as empresas.

Tiroteios nos EUA deixam uma adolescente morta e cinco feridos

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Tiroteios em Washington DC e subúrbios de Maryland deixaram uma adolescente de 18 anos morta, além de outros cinco feridos.

Cinco tiroteios ocorreram em poucas horas entre o fim da tarde e a noite de quinta (18), em vários pontos de Washington e região.

Às 17h40 no horário local, policiais souberam que uma adolescente havia sido baleada no estacionamento de um prédio. Ela está em estado crítico.

Trinta minutos depois, a polícia soube que outra adolescente foi baleada em uma estação de metrô. Ela foi levada ao hospital, mas morreu.

Uma hora após esse incidente, a polícia foi chamada por mais um tiroteio, em outro ponto da cidade, que deixou dois homens desacordados e sem respirar.
Pouco depois, outra troca de tiros deixou duas pessoas hospitalizadas.

A violência armada tem aumentado na região e inclui incidentes envolvendo jovens. A polícia está investigando os casos e procurando por suspeitos.

Conflito no Sudão deixa mais de 1 milhão de deslocados em 1 mês

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Iniciado há pouco mais de um mês, o conflito no Sudão superou a marca de 1 milhão de pessoas deslocadas. O número foi divulgado nesta sexta-feira (19) pelo Acnur, a agência da ONU para refugiados.
Aproximadamente 840 mil pessoas foram forçadas a se deslocar internamente, enquanto outras 250 mil tiveram de deixar o país africano, de acordo com Matthew Saltmarsh, porta-voz da organização. Até agora, o Egito foi a nação que mais recebeu refugiados sudaneses: 110 mil pessoas chegaram lá desde o início dos combates entre o Exército e o grupo paramilitar RSF (Forças de Apoio Rápido), em 15 de abril.

Outros países vizinhos do Sudão, entre os quais o Chade, Etiópia e Sudão do Sul também receberam refugiados. No início do mês, a ONU alertou que o número de deslocados estava criando uma crise humanitária que poderia se estender para outros países já sobrecarregados de problemas internos.

“Muitos dos que nos abordaram estão em estado de angústia por terem sido expostos à violência ou condições traumáticas no Sudão e por terem sofrido jornadas árduas”, disse Saltmarsh. No Egito, o fluxo de deslocados aumentou nas últimas semanas, com cerca de 5.000 pessoas cruzando a fronteira todos os dias, acrescentou o porta-voz.

O Exército regular do Sudão e o grupo paramilitar RSF travam há semanas um conflito que transformou as ruas da capital sudanesa, Cartum, em zonas de guerra e que, por ora, não tem perspectiva para acabar. Ao menos 705 pessoas foram mortas e outras 5.287 ficaram feridas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.

Nesta sexta, novos ataques aéreos atingiram Cartum e cidades vizinhas. Os combates também continuam intensos no sudoeste, onde as tropas tentam conquistar a cidade de Niala, capital de Darfur do Sul. A crise provoca escassez de alimentos, água potável, remédios e combustível em todo o país.

“Atualmente, 25 milhões de pessoas, mais da metade da população do Sudão, precisam de algum tipo de ajuda humanitária e proteção”, disse Saltmarsh, do Acnur. Antes de os conflitos explodirem, um terço dos 45 milhões de habitantes passavam fome e ao menos três milhões de crianças com menos de cinco anos apresentavam quadro de desnutrição severa, segundo a ONU.

Os confrontos colocam em lados opostos o general Fatah al-Burhan, do Exército, o também general Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido como Hemedti, que comanda o grupo RSF. Juntos, eles derrubaram em 2019 a ditadura de 30 anos de Omar al Bashir. Dois anos depois, participaram de um golpe de Estado que encerrou a transição para um regime democrático. No comando do país, os generais passaram a divergir sobre a participação dos paramilitares no Exército e sobre a formação de um novo governo, alimentando rumores sobre confrontos armados que se concretizaram em abril.

Várias tentativas de cessar-fogo fracassaram, incluindo as que foram mediadas pelos Estados Unidos e Arábia Saudita. Em reunião na Liga Árabe, formada por países do Oriente Médio e da África, representantes do Exército sudanês acusaram o RSF de violarem sucessivamente as tréguas e de cometerem saques contra a população civil que incluem roubos e estupros.

“Ninguém nos protege. Sem polícia. Sem estado. Os criminosos estão atacando nossas casas e levando tudo o que possuímos”, disse Sarah Abdelazim, 35, funcionária do governo em Cartum. Na guerra de versões que caracteriza o conflito, o RSF nega as acusações.

Idosa em situação análoga à escravidão há mais de 40 anos é resgatada no CE

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Uma idosa de 78 anos que vivia em situação análoga à escravidão foi resgatada de uma casa em Fortaleza (CE).

Há mais de 40 anos a mulher fazia atividades domésticas em troca de comida e moradia;
Além de não receber pagamento, ela não tinha qualquer tipo de descanso ou registro de trabalho;
Donos da casa na qual a mulher trabalhava alegaram que ela era “da família” durante o resgate, registrado na segunda-feira (15);

A idosa foi levada para um abrigo e é assistida por equipes multidisciplinares. A família que a explorava responderá a uma ação civil pública.

Uma denúncia anônima levou os órgãos responsáveis até a casa na qual a vítima estava. A ação movida pelo Ministério Público do Trabalho pedirá indenização por danos morais, pagamento de salários e de verbas rescisórias à vítima. O valor ainda não foi precisado pelos órgãos competentes.

Ela trabalhava de domingo a domingo, sem folgas ou férias. Não tinha carteira de trabalho assinada, não recebia salário e não tinha períodos de descanso do trabalho, afirmou o Ministério Público do Trabalho, em nota.

Nova carteira de identidade será emitida sem informação sobre sexo

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O governo federal mudará  a apresentação da Carteira Nacional de Identidade (CIN) para tornar o registro mais inclusivo e representativo. O novo documento não terá mais distinção entre nome social e nome do registro civil. Dessa forma, passará a adotar o nome ao qual a pessoa se declara no ato da emissão. 

A carteira de identidade será impressa sem o campo referente ao sexo. O decreto que regulamentará a emissão da CIN com as alterações tem previsão de ser publicado no final de junho. A partir da divulgação da norma, todos os novos documentos já serão emitidos no novo modelo. 

As mudanças no Carteira de Identidade Nacional foram solicitadas pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, com o objetivo de promover mais cidadania e respeito às pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Queers, Intersexos, Assexuais e Outras (LGBTQIA+) e fazem parte do compromisso do governo federal com políticas públicas voltadas a este público. 

A Carteira de Identidade Nacional determina o CPF como número único e válido em todo território nacional. O documento está apto a ser executado em 12 estados: Acre, Alagoas, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Para a emissão, a população deve procurar a Secretaria de Segurança Pública do estado onde deseja ser atendido.

Com a nova identidade, a probabilidade de fraudes é menor, visto que antes era possível que a mesma pessoa tivesse um número de RG por estado, além do CPF. 

A nova carteira terá um QR Code, que permite verificar sua autenticidade do documento, bem como saber se foi furtado ou extraviado, por meio de qualquer smartphone. Conta ainda com um código de padrão internacional chamado MRZ, o mesmo utilizado em passaportes, o que o torna ainda um documento de viagem.  

Cia. aérea é criticada por pesar mulher antes de voo: "Isto é humilhante"

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Uma mulher publicou uma fotografia de uma passageira do voo em que viajava sendo pesada numa balança destinada à bagagem, antes de embarcar, dividindo a Internet.

Na foto, convertida em vídeo para a rede social TikTok, Lillian adiantou que a passageira foi pesada por ter dito que pesava cerca de 59 quilos.

Na descrição, a mulher complementou que a companhia aérea supostamente precisava de saber o peso de todos os passageiros porque a aeronave era “pequena”.

“É um avião pequeno, por isso precisavam de saber os nossos pesos por razões de segurança”, escreveu.

As imagens, que somam mais de 1.6 milhões de visualizações, dividiram a Internet. Se uns se mostraram preocupados pela mulher, considerando que “os aeroportos estão fora de controle”, outros defenderam a companhia aérea, apontando que “não é nada pessoal”.

“Isto é humilhante”, escreveu ainda outro internauta, ao mesmo tempo que outro equacionou que a prática poderá ser ilegal.

Outros utilizadores criticaram Lillian por ter compartilhado o episódio, uma vez que fotografou um estranho sem o seu consentimento.

“Vocês têm de parar de tirar fotografias a estranhos e de as publicar online, é estranho e desrespeitoso”, lê-se.

Poderá aceder às imagens na galeria acima.

Ministra Margareth Menezes é furtada em Veneza, e prefeito pede desculpas

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A ministra da Cultura, Margareth Menezes, foi furtada na quinta-feira (18), na Itália. O crime aconteceu enquanto ela estava em um vaporetto (espécie de ônibus aquático), a caminho da Bienal de Veneza.

Margareth teve a carteira furtada de dentro da sua bolsa. O bandido levou dinheiro, documentos e cartões. Segundo interlocutores da ministra, a suspeita é que o furto ocorreu enquanto ela gravava um vídeo para as redes sociais falando da importância da participação brasileira na Bienal.

Nesta sexta (19), o prefeito de Veneza, Michele Di Bari, se encontrou com a chefe da pasta e pediu desculpas pelo ocorrido. De acordo com um interlocutor, o prefeito estava muito consternado e constrangido e colocou a prefeitura e a polícia local à disposição da cantora.

“Foi um incidente lamentável, mas é importante ressaltar que a comitiva do MinC está sendo muito bem recebida aqui em Veneza. O prefeito e toda equipe estão sendo muito atenciosos. Ele nos recebeu e pediu desculpas. Além disso, a Bienal está linda, e o Brasil muito bem representado no nosso Pavilhão”, diz a ministra à coluna Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

A ministra chegou na Itália na quarta (17) para participar da abertura do Pavilhão do Brasil na Bienal de Veneza. O Ministério da Cultura diz ter destinado R$ 1,5 milhão para a realização da mostra brasileira.