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Confirmados três novos focos de gripe aviária em aves silvestres; total sobe para 22

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O Ministério da Agricultura informou, em nota, que três novos focos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP, vírus H5N1) em aves silvestres foram detectados no País no sábado passado (3). No total, há 22 casos da doença em aves silvestres no País.

De acordo com o ministério, dois novos focos foram identificados em Vila Velha, no Espírito Santo, sendo um da espécie Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando) e um da espécie Chroicocephalus cirrocephalus (Gaivota-de-cabeça-cinza). O terceiro caso confirmado no sábado foi registrado em Niterói (RJ) em uma ave silvestre da espécie Fregata magnificens (Fragata).

As notificações em aves silvestres não comprometem o status do Brasil como país livre de IAAP e não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

Parte de ponte suspensa desmorona na Índia durante construção

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Em Bihar, na Índia, uma ponte suspensa de quatro faixas sobre o Rio Ganges desmoronou nesse domingo (4) pela segunda vez. Ela está em construção desde 2015. Há informação de uma pessoa desaparecida.

A construção da ponte começou em 9 de março de 2015 e contou com a presença do ministro-chefe regional, Nitish Kumar, para inaugurar o projeto.

Muitos trabalhadores estavam ainda na ponte – estrutura de quatro faixas, que deve ligar Sultanganj a Khagaria, no distrito de Bhagalpur – quando uma parte da obra desabou sobre o rio.

A administração distrital de Bhagalpur e o governo de Bihar informaram que há um desaparecido, um guarda que trabalhava perto da ponte e que agora é objeto de busca das equipes de resgate: “Após o colapso da ponte, uma pessoa que trabalhava como guarda da SP Singla Company está desaparecida”.

Diversos vídeos do desabamento da ponte viralizaram nas redes sociais. Funcionários da administração distrital correram para o local após receber a notícia. Kumar anunciou que o desabamento será investigado.

Esta não é a primeira vez que a ponte desmorona. Ela já tinha caído em 2022.

O governo de Bihar disse que a estrutura tinha “sérios defeitos” e algumas partes estavam a ser deliberadamente destruídas de forma planejada.

“Uma parte da ponte desabou em 30 de abril do ano passado. Depois disso, peocuramos o Instituto IIT-Roorkee, considerado pela sua experiência em construção, para fazer um estudo. Ainda não foi divulgado o relatório final, mas especialistas que analisaram a estrutura informaram que havia defeitos graves”, disse o vice-ministro-chefe de Bihar, Tejashwi Yadav, citado na NDTV.

Funcionários explicaram que a construção tinha desmoronado devido a fortes ventos. O governo de Bihar anunciou que tomaria medidas contra a construtora SK Singla, mas após a investigação foi atribuída “ficha limpa” à empresa e a construção prosseguiu.

Um trabalhador morreu quando a ponte caiu no ano passado, de acordo com as autoridades. O projeto começou em 2014 e a primeira pedra foi colocada um ano depois.

O incidente originou rapidamente uma onda de críticas e gerou um debate sobre corrupção e má administração na Índia.

Amit Malviya, um alto funcionário do partido do governo, o Bharatiya Janata (PBJ), já pediu a renúncia de funcionários em Bihar, incluindo o ministro-chefe Nitish Kumar, que pertence a um partido da oposição, a União Janata Dal.

Bebê cai em balde com água e morre afogada em Pernambuco

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Uma bebê de um ano morreu após cair em um balde de água no agreste de Pernambuco. O caso foi registrado neste domingo (4).

Pérola Isadora Cardoso estava em casa com a mãe e a irmã quando o incidente foi registrado;

A mãe encontrou a menina dentro do balde de água durante afazeres domésticos, afirmou trecho do boletim de ocorrência.;

Ela chegou a ser levada para uma unidade de saúde da região, mas morreu no local;

O caso foi registrado como morte a esclarecer pela Polícia Civil de Pernambuco;

A creche na qual Pérola estudava cancelou as aulas na manhã desta segunda-feira (5) e publicou nota de luto nas redes sociais.

“A Prefeitura de Jupi lamenta e manifesta o seu mais profundo pesar pelo falecimento da pequena Pérola Isadora, aluna do Berçário 1 da Creche Tia Dora”, publicou a Prefeitura de Jupi, nas redes sociais.

Grávida ofende médico gay em hospital, e colega usa peruca para atendê-la

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um médico do Hospital da Mulher de Feira de Santana denunciou ter sido vítima de homofobia no domingo (4) por uma paciente grávida. A Polícia Civil vai investigar o caso.

Em vídeo nas redes sociais, o ginecologista Phelipe Balbi relatou que sofreu ofensas durante o plantão no Hospital da Mulher da cidade. Ele diz que realizou o atendimento normalmente, solicitando exames e atualizando o quadro clínico da gestante.

Ao sair da sala, porém, ela teria dito que “não gosta de ser atendida por homossexual”. Balbi diz que confrontou a paciente, alertando sobre o crime de homofobia contra um funcionário público, mas que ela se recusou a pedir desculpas.

“Imediatamente me reportei à direção do hospital e recebi todo suporte para prestar queixa contra a paciente na ouvidoria e na delegacia”, disse Phelipe Balbi, médico vítima de homofobia.

Outro médico, colega de trabalho de Balbi, relatou o ocorrido nas suas redes sociais. O ginecologista Carlos Lino disse ter presenciado a cena. O especialista em saúde da mulher disse que decidiu pôr uma peruca e se maquiar para atender novamente a gestante, como forma de apoiar o amigo.

Ele gravou um vídeo momento antes de conversar com a paciente. Lino alertou que a consulta “obviamente” não seria gravada, mas ele detalhou posteriormente como foi o atendimento.

“Já houve a consulta, definimos conduta. Escutamos e ela escutou a gente. Ela está apta para pedir desculpas ao colega. Pode parecer coisa simples, mas quando uma pessoa tem um comportamento desse, imprime a outras pessoas que ela pode exercer assim. O pior de tudo é o limite do outro. Mas tem outros que matam […] temos que combater esses atos, com amor e com respeito”, disse Carlos Lino, médico amigo da vítima de homofobia.

O Hospital da Mulher de Feira de Santana repudiou o ocorrido. Em nota, a instituição declarou que prestou apoio e solidariedade a Phelipe Balbi, encorajando-a a denunciar na ouvidoria da unidade e na delegacia, e classificou o ato como “crime de ódio”. A homofobia é crime imprescritível e inafiançável desde 2019 e prevê pena de um a três anos de previsão.

Um boletim de ocorrência foi registrado na manhã de hoje pelo médico Phelipe Balbi na 2ª Delegacia Territorial de Feira de Santana. A suspeita deverá ser intimada para prestar esclarecimentos, informou a Polícia Civil.

Policial Militar reage a tentativa de assalto e atira contra suspeito em Campos

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Foto: Divulgação

Na tarde desta segunda-feira (5) um jovem foi baleado após tentar assaltar um policial militar que estava com o seu veículo parado às margens da RJ-224, entre o distrito de Travessão e a Usina Canabrava, em Campos. Um segundo suspeito foi preso.

De acordo com a Polícia Militar, o policial que estava de folga foi abordado por dois homens em uma motocicleta que tentaram assaltar o agente que estava dentro do carro. O militar reagiu ao assalto e baleou o suspeito conhecido como “Goiabinha” que possui antecedes criminais por porte de arma e tráfico.

O homem foi encaminhado para o Hospital Ferreira Machado (HFM). De acordo com apuração da Redação ClickCampos, o jovem identificado como R.de.S.V de 23 anos, foi atingido no tórax e teve corte profundo na cabeça, fez exame de tomografia de crânio, tórax e abdômen. O jovem está em cirurgia para a retirada da bala. Ainda de acordo com a PM, o mesmo atua como vapor do tráfico de Conselheiro Josino.

Já o segundo suspeito, identificado como W.da.C.R que possui antecedentes por tráfico, homicídio qualificado, porte ilegal de arma, sequestro e cárcere privado, empreendeu fuga do local, sendo localizado posteriormente por equipes policiais. Com ele, foi apreendido a arma utilizada na tentativa de assalto.

Diante dos fatos, o acusado foi encaminhado para a 146ª Delegacia de Polícia de Guarus, onde foi autuado e permaneceu preso. O policial não ficou ferido.

Foto: Divulgação

Enfermeira acusada de matar sete bebês teria ‘selecionado’ as vítimas

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Lucy Letby está sendo acusada da morte de cinco meninos e duas meninas, assim como da tentativa de homicídio de outros cinco meninos e cinco meninas, entre junho de 2015 e junho de 2016, no Hospital Condessa de Chester, no Reino Unido.

No julgamento, que foi retomado esta segunda-feira (5), o procurador revelou que o bebé F, um de um par de gêmeos, desmaiou inesperadamente em agosto de 2015, e o bebê L, também um de um par de gêmeos, sofreu um episódio semelhante com risco de vida em abril de 2016. Ambos os bebês sobreviveram, mas apenas devido à intervenção dos médicos. 

Nick Johnson KC, procurador, disse que em cada um dos dois casos, o açúcar no sangue do bebê caiu inexplicavelmente para um nível perigosamente baixo.

No entanto, na época, a equipe médica atribuiu os episódios a causas naturais porque “simplesmente não ocorreu à equipa médica que alguém do NNU lhes tivesse injetado insulina”.

Hoje, Johnson disse que tanto o bebê F quanto o bebê L foram “selecionados” por Letby. A enfermeira contaminou as bolsas de alimentação assim que eles chegaram à unidade.

A mulher voltou a negar ter administrado insulina aos bebês mas ficou provado que apenas ela ou outra enfermeira, Belinda Simcock, poderiam ser as responsáveis. 

A britânica está detida desde 2020. Apesar de garantir que está inocente, as autoridades encontraram na sua casa vários bilhetes onde assumia a culpa das mortes. Não mereço viver. Matei-os de propósito porque não sou boa o suficiente para cuidar deles” e “sou uma pessoa horrível e má”, eram apenas algumas das frases inscritas nos papéis mostrados em tribunal.

Mulher é presa por furto em loja na Pelinca

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Foto: Divulgação Operação Segurança Presente

Na tarde desta segunda-feira (5) uma mulher foi presa por agentes da Operação Segurança Presente após furtar objetos de uma loja de produtos infantis, na Rua Alvarenga Filho, na Pelinca, em Campos.

Após uma denúncia informando que uma mulher estaria efetuando um furto em uma loja kids, os policiais foram até o local e prenderam em flagrante a acusada. De acordo com os agentes, foi necessário o uso de algemas.

Diante dos fatos, a mulher foi encaminhada para a 134ª Delegacia de Polícia do Centro, onde foi autuada e permaneceu presa.

Idoso fica ferido ao ser atropelado por moto no Centro de Campos

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Foto: Reprodução Redes Sociais

Na tarde desta segunda-feira (5) um idoso de 67 anos ficou ferido após ser atropelado por uma moto em frente ao Mercado Municipal, no Centro de Campos.

O homem foi socorrido para o Hospital Ferreira Machado (HFM). De acordo com apuração da Redação ClickCampos, a vítima identificada como P.R.de.S.R teve escoriações no rosto, mãos e uma fratura na perna esquerda. A vítima fez exames de tomografia e raio-x e está sendo atendido no setor de politrauma.

Não há informações sobre o motociclista. Por conta do atropelamento, o trânsito no local ficou congestionado, sendo normalizado após a chegada da ambulância.

Australiana condenada por matar quatro filhos é perdoada após 20 anos

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma australiana condenada pela morte dos quatro filhos foi perdoada pela Justiça nesta segunda-feira (5) (noite de domingo, 4, em Brasília) após passar 20 anos na prisão. Kathleen Folbigg, 55, chegou a ser chamada de a “pior assassina em série” do país ao ser detida em 2003 por acusações de homicídio.

Uma revisão judicial iniciada em maio do ano passado, contudo, provocou uma reviravolta no caso. As novas investigações concluíram que as provas usadas contra Folbigg à época eram insuficientes e que existem dúvidas sobre sua responsabilidade nas mortes. Diante dos novos elementos, o procurador-geral de Nova Gales do Sul, Michael Daley, ordenou a libertação imediata da mulher.

“Esta foi uma provação terrível para todos os envolvidos e espero que nossas ações representem um ponto final nesta questão de 20 anos”, disse Daley, manifestando solidariedade também por Craig Folbigg, o pai das crianças. “O resultado confirma que nosso sistema é capaz de fazer justiça e demonstra que o Estado de Direito é um alicerce importante de nosso sistema democrático”, acrescentou.

Há duas décadas, os promotores alegaram que Folbigg asfixiou os quatro filhos, que tinham de nove semanas a três anos e morreram entre 1989 e 1999. No processo, a acusação disse ser improvável que as crianças tivessem morrido de maneira repentina e sem explicação. Em todos os casos, foi a mulher quem encontrou os corpos, embora não houvesse provas de que ela tivesse causado as mortes.

Folbigg sempre se declarou inocente e alegou que as crianças morreram de causas naturais. Já em 2021, dezenas de cientistas australianos e do exterior assinaram uma petição a favor da libertação da mulher. O texto mencionava novas evidências que relacionavam as mortes a mutações genéticas raras.

Os cientistas publicaram um estudo sobre o caso na revista especializada da Associação Europeia de Cardiologia, associando a mutação genética conhecida como CALM2-G114R com uma probabilidade alta de morte súbita.

No novo inquérito, liderado pelo juiz aposentado Tom Bathurst, os promotores disseram que a pesquisa mudou a compreensão sobre a morte das crianças. O caso está sendo descrito como um dos maiores erros judiciais da Austrália. Como resultado, o governo assinou um perdão total a Folbigg.

O perdão não anula as condenações de Folbigg, segundo o procurador-geral Daley. Essa seria uma decisão para o Tribunal de Apelações Criminais, e o processo que pode levar até um ano para ser concluído. Se as condenações forem anuladas, Folbigg pode processar o governo por milhões de dólares em compensação.

“É impossível compreender o dano causado a Kathleen Folbigg -a dor de perder seus filhos e quase duas décadas trancada em prisões de segurança máxima por crimes que a ciência provou que nunca ocorreram”, disse o advogado da mulher, Rhanee Rego.

Depois de solta, Folbigg foi recebida no portão da prisão por amigos que lutaram durante anos por sua liberdade, e Daley pediu privacidade para que ela pudesse “seguir com sua vida”.

Mulher paga quase R$ 50 mil em bitcoins para matar esposa de ‘crush’ nos EUA

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Uma mulher do Tennessee (EUA), de 47 anos, foi presa sob alegações de tentar contratar um matador de aluguel para assassinar a esposa de um homem que ela conheceu em um site de relacionamentos, segundo apurou a ABC News.

Melody Sasser transferiu aproximadamente R$ 49,6 mil (US$ 10 mil) em bitcoin para um site na dark web chamado Online Killers Market (Mercado de Assassinos Online) em troca do assassinato da esposa do “crush”.

A mulher, e o homem que ela conheceu no site de relacionamentos Match.com, David Wallace, haviam se tornado amigos de caminhada. Wallace trabalha para o Departamento de Energia dos EUA e estava noivo de outra mulher, Jennifer.

Quando ela descobriu que ele planejava se mudar para outro estado com a futura esposa, ela supostamente recorreu à dark web para encontrar um matador de aluguel. Sob o pseudônimo “cattree”, a mulher publicou seu pedido de assassinato no site.

O advogado de defesa da suspeita foi procurado pela ABC News, mas se recusou a comentar sobre o caso.

RASTREAMENTO POR APLICATIVO

No outono de 2022, ela havia aparecido de surpresa na nova casa do casal no Alabama e supostamente fez ameaças, expressando sua desaprovação aos planos de mudança deles para o estado.

A suspeita obteve do aplicativo de rastreamento de atividades físicas Strava informações detalhadas sobre a vítima, incluindo residência, local de trabalho e veículo, bem como detalhes específicos sobre sua localização.

Em março deste ano, a mulher entrou em contato com o site de assassinatos por encomenda, confirmando a precisão das informações que ela havia fornecido, fazendo referência às atividades recentes da vítima.

Em 18 de maio, Sasser foi presa por tentativa de assassinato por encomenda e está aguardando para comparecer perante um tribunal federal. Se condenada, pode pegar 10 anos de prisão.

Homem é baleado em bar de Campos

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134ª DP/Foto: ClickCampos
134ª DP/Foto: ClickCampos

Neste domingo (4) um homem que não teve a identificação divulgada, foi baleado em um bar localizado na Estrada Pedra Negra, em Ibitioca, em Campos.

Após informações sobre uma tentativa de homicídio, os policiais foram até o local e foram informados pela própria vítima que o mesmo estava bebendo em um bar, quando o autor do crime alegou que ele havia roubado uma quantia de dinheiro, tendo em seguida, atirado várias vezes contra o mesmo.

Ainda de acordo com a vítima, o autor do crime seria um funcionário que trabalha em um fazenda situada na Estrada Pedra Negra e ambos trabalhavam juntos.

O caso foi registrado na 134ª Delegacia de Polícia do Centro. Não há informações sobre onde a vítima foi atendida. Ninguém foi preso.

Mercúrio contamina 21% dos peixes vendidos na região da Amazônia

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Pelo menos 21,3% dos peixes atualmente vendidos nos principais centros urbanos da Amazônia apresentam níveis de contaminação por mercúrio acima do limite estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 0,5 mg/g. Estudo divulgado pela Fiocruz na terça-feira constatou que o mercúrio usado na atividade garimpeira está chegando com potenciais consequências à mesa da população local, cujo pescado é a principal fonte de proteína.

O levantamento foi feito nos seis Estados da Região Amazônica (Roraima, Rondônia, Acre, Pará, Amazônia e Amapá), entre março de 2021 e setembro de 2022, para avaliar o risco à saúde humana do consumo de peixes contaminados. Para isso, pesquisadores da Fiocruz, da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), do Greenpeace Brasil, do Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé) e do WWF-Brasil visitaram mercados e feiras em 17 cidades e avaliaram 1.010 exemplares de peixes, de 80 espécies diferentes. As espécies testadas na pesquisa não foram divulgadas.

Os piores índices de contaminação foram registrados em Roraima, onde 40% dos peixes tinham de mercúrio acima do aceitável, e no Acre, onde a contaminação chegava a 35,9% do pescado. O Estado com o menor índice de contaminação é o Amapá, com 11,4%.

POR CIDADES

No município mais crítico, Rio Branco (AC), a ingestão de mercúrio ultrapassou a dose de referência indicada pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA, 0,1 mg/kg/dia, em até 31,5 vezes. Mulheres em idade fértil consumiriam até nove vezes mais mercúrio do que o aceitável.

Procurado, o Ministério do Meio Ambiente informou em nota que “o número de autos de infração na Amazônia nos primeiros quatro meses da atual gestão aumentou 198% em relação à média para o mesmo período nos quatro anos anteriores, e as apreensões tiveram alta de 124%.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Inscrições para o Enem começam nesta segunda (5)

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As inscrições para o Enem 2023 começam nesta segunda-feira (5). Os candidatos têm até 16 de junho para se inscrever para o exame, que é a principal porta de entrada para o ensino superior do país. Os candidatos devem fazer a inscrição na página do participante.

A taxa de inscrição é R$ 85 e deve ser paga até 21 de junho. Estudantes com direito a isenção de taxa tiveram prazo até 28 de abril para solicitar o benefício.
As provas do Enem serão aplicadas nos dias 5 e 12 de novembro. O edital com o cronograma e as regras para o Enem 2023 foi publicado no início do mês. Além de apresentar as datas e os horários do exame, o texto detalha os documentos necessários e as obrigações do participante, incluindo situações em que o candidato pode ser eliminado.

Os gabaritos das provas objetivas serão publicados no dia 24 de novembro no portal do Inep. Já os resultados individuais serão divulgados no dia 16 de janeiro de 2024 no mesmo site.

ENEM

O Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de duas décadas de existência, tornou-se uma das principais portas de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) e de iniciativas como o Prouni (Programa Universidade para Todos).

Corpus Christi: bancos fecham no feriado e reabrem na sexta-feira

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Banco/Foto: Reprodução Agência Brasil

Os bancos irão ficar fechados na próxima quinta-feira (8), em virtude do Dia de Corpus Christi, que não é feriado nacional. O atendimento ao público será retomado na sexta-feira (9), em horário normal.

O funcionamento dos bancos foi divulgado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a volta do atendimento na sexta ocorre pelo fato de que Corpus Christi não ser um feriado nacional. A decretação do feriado depende de cada estado ou cidade.

Com as agências bancárias fechadas, os clientes devem realizar suas operações pelo internet banking ou pelos aplicativos. Também é possível utilizar os caixas eletrônicos, mas é preciso verificar o horário de abertura das salas de autoatendimento dos bancos.

Segundo a federação, as contas de consumo como água, telefone, luz e outros, e os boletos com vencimento em 8 de junho poderão ser pagos, sem multa, no dia seguinte.

A celebração de Corpus Christi, que neste ano será em 8 de junho, não é um feriado nacional, mas parte das cidades costuma decretar feriado. A sexta-feira posterior à data é considerada um dia normal de trabalho.

Fonte: Dia a Dia Notícia

Homem acusado de estupro de vulnerável é preso em Campos

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Foto: Divulgação DEAM

Na tarde deste domingo (5) um homem de 52 anos foi preso por estupro de vulnerável contra uma criança, que teria sido sua enteada. O crime aconteceu em 2021, quando a menina tinha 10 anos.

A prisão foi efetuada por policiais da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) em cumprimento de mandado de prisão preventiva, expedido pela 3ª Vara Criminal de Campos no dia 25 de maio deste ano.

De acordo com a DEAM, a mãe da vítima compareceu a delegacia no dia 15 de abril de 2021 informando que sua filha teria sido abusada sexualmente pelo suspeito, com quem manteve um relacionamento de dois anos. A mãe da criança relatou que os abusos teriam ocorrido em sua própria casa, no Parque Esplanada, e que teriam tido início em janeiro de 2021.

Segundo relatos da mãe da vítima, o último abuso teria acontecido uma semana antes do registro na delegacia. A Deam informou que o inquérito policial foi finalizado no dia 25 de maio de 2021 e encaminhado à Justiça.

Após levantamento de possível local onde o autor trabalharia, com a expedição do mandado pela justiça, os agentes procederam em diligência até um posto de combustíveis localizado no Jardim Carioca, na área de Guarus.

O homem foi localizado, sendo dada voz de prisão ao mesmo. Em revista pessoal, nada de ilícito foi encontrado. O autor foi encaminhado para a DEAM-Campos para cumprimento do mandado de prisão.

Assassinato de Bruno e Dom completa um ano; veja linha do tempo

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O jornalista inglês Dom Phillips chegou a Atalaia do Norte (AM) no começo de junho de 2022, com o propósito de entrevistar lideranças indígenas e ribeirinhos para um novo livro-reportagem que planejava escrever. Colaborador do prestigiado jornal britânico The Guardian, Phillips já tinha um nome provisório para sua futura obra: Como Salvar a Amazônia.

Além de já ter estado na região algumas vezes e de falar bem o português, o inglês de 57 anos viajaria na companhia do experiente indigenista Bruno Araújo Pereira. Ex-servidor da então Fundação Nacional do Índio (Funai, que hoje se chama Fundação Nacional dos Povos Indígenas), o pernambucano de 41 anos chegou à cidade poucos dias antes de Phillips e do início daquela que seria a última viagem da dupla.

Bruno estava licenciado da Funai desde o início de fevereiro de 2020. Servidor de carreira da fundação, ele tinha sido dispensado da Coordenação-Geral de Indígenas Isolados e de Recente Contato apenas quatro meses antes. Insatisfeito com os rumos que a equipe de governo do então presidente Jair Bolsonaro impunha à política indigenista, Pereira optou por se licenciar para “tratar de assuntos pessoais” e passou a trabalhar como consultor técnico da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).

“O Bruno é considerado um grande nome do indigenismo brasileiro. Sua atuação não estava calcada apenas no trabalho em si. Havia toda uma preocupação não só com os povos indígenas, mas também com as comunidades do entorno das terras indígenas”, disse à Agência Brasil o procurador jurídico da Univaja, Eliesio Marubo.

À frente de projetos que buscavam garantir às comunidades proteger seus territórios e os recursos naturais neles existentes, o indigenista seguia contrariando os interesses de grupos que ameaçam o bem-estar e a integridade de parte da população local. Em função de sua atuação, recebeu mais de uma ameaça de morte, devidamente relatadas ao Ministério Público.

Localizada na tríplice fronteira amazônica (Brasil, Colômbia e Peru), Atalaia do Norte tem cerca de 21 mil habitantes que, há décadas, convivem com as consequências da presença insuficiente do Poder Público e do avanço de garimpeiros, madeireiros e pescadores ilegais sobre a região. Pressão que se faz sentir principalmente sobre a Terra Indígena Vale do Javari – segunda maior área do país destinada ao usufruto exclusivo indígena e a que abriga a maior concentração de povos isolados em todo o mundo.

Em 2010, Atalaia do Norte registrou o terceiro pior resultado nacional no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Desde então, aos problemas decorrentes da cobiça despertada pelos recursos naturais somaram-se às consequências da atuação de organizações criminosas dedicadas ao tráfico internacional de drogas e da falta de alternativas econômicas para a população. Na cidade, em 2020, apenas 7% da população de 15 mil habitantes tinha uma ocupação econômica regular, segundo o IBGE.

Foi neste contexto que Bruno e Phillips deixaram Atalaia do Norte no dia 3 de junho. Segundo a Univaja, o indigenista tinha agendado reuniões e encontros com lideranças de ao menos cinco comunidades localizadas fora do território indígena e levaria o jornalista inglês com ele. Viajando em uma lancha a motor pertencente à Univaja, os dois chegaram às proximidades de uma base de vigilância da Funai, no Rio Ituí, na região conhecida como Lago Jaburu, ainda no mesmo dia 3 de junho. Esta primeira parada proporcionaria a Phillips entrevistar integrantes de uma das equipes de vigilância indígena mantidas pela Univaja.

No domingo (5), os dois deixaram o local logo cedo, com destino à comunidade São Rafael, onde Bruno se encontraria com um líder comunitário conhecido pelo apelido de Churrasco, que não encontraram em sua casa. Após conversar com a esposa da liderança, a dupla seguiu viagem. Por segurança, Bruno sempre comunicava, antecipadamente, à Univaja toda sua movimentação. Ele previa percorrer os 72 quilômetros até Atalaia do Norte em cerca de duas horas, chegando com Dom à cidade por volta das 9h daquele domingo. Porém, eles nunca chegaram ao destino.

Bruno e Dom desapareceram logo após serem vistos navegando próximo à comunidade São Gabriel, povoado vizinho a São Rafael, último lugar em que pararam. Com o avançar das horas e sem notícias da dupla, a Univaja acionou suas equipes mais próximas para que realizassem buscas. No início da tarde, uma primeira embarcação partiu de Atalaia do Norte. Poucas horas depois, um segundo grupo saiu de Tabatinga, em uma embarcação maior.

No dia seguinte (6), quando surgiram as primeiras informações de que um jornalista estrangeiro tinha desaparecido em plena Floresta Amazônica, os órgãos públicos passaram a tratar o assunto publicamente. A Marinha informou à imprensa que tinha sido notificada do desaparecimento naquela manhã e que já tinha enviado uma equipe de busca e salvamento da Capitania Fluvial de Tabatinga para o local. A PF também informou que “diligências” já estavam sendo “empreendidas” e logo seriam detalhadas. Na prática, contudo, as equipes da Univaja seguiam tocando sozinhas as buscas iniciais a Bruno e Phillips, então considerados desaparecidos.

Limitando-se a informar que estava acompanhando o caso, a diretoria da Funai se apressou a destacar que, embora Bruno continuasse pertencendo ao quadro de servidores da fundação, não tinha viajado ao Vale do Javari em missão institucional, pois estava de licença para “tratar de interesses particulares”. Quatro dias depois de Bruno e Dom desaparecerem na selva, ou seja, na quinta-feira (9), o então presidente da fundação, Marcelo Xavier, participou do programa A Voz do Brasil e disse que a dupla tinha ingressado em território indígena sem avisar ou pedir a autorização dos órgãos responsáveis.

“A Funai não emitiu nenhuma permissão para ingresso. É importante que as pessoas entendam que, quando se vai entrar numa área dessas, existe todo um procedimento”, disse Xavier antes de complementar: “É muito complicado quando duas pessoas apenas decidem entrar na terra indígena sem nenhuma comunicação aos órgãos de segurança e à Funai.”

“O Bruno e o Dom não estavam dentro da terra indígena. Mesmo que estivessem, o Bruno estava exercendo uma função própria da organização indígena, prestando auxílio a uma das equipes da Univaja, na condição de consultor técnico. E nós, indígenas, bem como nossas organizações, não precisamos de autorização da Funai para entrar em nossos próprios territórios”, rebateu, na última quinta-feira (1º), o procurador jurídico da Univaja, Eliesio Marubo, para quem a diretoria da Funai foi omissa à época.

Há duas semanas, a PF indiciou Marcelo Xavier e o ex-vice-presidente da Funai Alcir Amaral Teixeira por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Para os delegados responsáveis pelo caso, os dois principais responsáveis pelas decisões tomadas pela fundação indigenista tinham conhecimento do risco de morte a que os servidores do órgão estavam expostos no Vale do Javari e nada fizeram para protegê-los. A reportagem não conseguiu contato com Xavier e Teixeira.

À medida que o tempo passava, o desaparecimento do correspondente do The Guardian e do indigenista ameaçado de morte em plena Floresta Amazônica ganhava destaque no noticiário internacional. Crescia, também, a sensação de que algo de muito ruim podia ter acontecido, já que Teixeira conhecia muito bem a região e dificilmente teria se perdido.

“O que me pergunto é: será que o caso teria toda esta repercussão se não houvesse um jornalista estrangeiro entre as vítimas?”, ponderou a atual presidenta da Funai, Joenia Wapichana, ao conversar com a reportagem da Agência Brasil, na última quinta-feira. “Temos vários casos envolvendo [agressões de todos os tipos contra] os povos indígenas e que, geralmente, recebem pouca divulgação”, acrescentou Joenia após elogiar o trabalho de Dom Phillips.

No dia 6 de junho de 2022, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento para apurar o caso e acionou forças de segurança federais e estaduais, além da Marinha, para que auxiliassem as equipes de busca da Univaja. A Polícia Civil do Amazonas também instaurou um inquérito. A partir dos depoimentos de testemunhas e de um primeiro suspeito, os investigadores chegaram a Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, detido no dia 7.

Inicialmente, Pelado negou envolvimento com o desaparecimento de Bruno e Dom, mas, além do testemunho de pessoas que afirmaram ter presenciado ameaças dele ao jornalista e ao indigenista, peritos da PF identificaram vestígios de sangue no barco ele usava no dia em que a dupla desapareceu. Em 12 de junho, bombeiros encontraram objetos pertencentes a Bruno e Dom, reforçando a suspeita de que, àquela altura, os dois já estavam mortos.

Diante dos indícios, Pelado acabou admitindo ter participado dos assassinatos e da ocultação dos cadáveres do indigenista e do jornalista, indicando o local onde os corpos da dupla estariam enterrados. As informações levaram às prisões do irmão de Pelado, Oseney da Costa de Oliveira, o Dos Santos, detido no dia 14 de junho, e à expedição de um mandado de prisão contra Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha, que se entregou à Polícia Civil em Atalaia do Norte quatro dias depois.

No dia 15 de junho, policiais federais localizaram “remanescentes humanos” em um ponto de difícil acesso indicado por Pelado. Apenas dois dias depois, peritos da PF confirmaram que ao menos parte dos vestígios humanos encontrados era de Bruno e Dom. No mesmo dia, a Câmara dos Deputados aprovou a criação de uma comissão parlamentar externa para acompanhar, fiscalizar e propor providências sobre o desaparecimento do indigenista e do jornalista, conforme proposta da então deputada federal e atual presidenta da Funai, Joenia Wapichana. Na ocasião, ao votar a favor da iniciativa, a deputada Fernanda Melchionna reverberou as críticas ao governo federal. “Os primeiros a começarem as buscas foram justamente os indígenas. O governo [federal] começou só três dias depois.”

Em 23 de junho, Gabriel Pereira Dantas se apresentou em uma delegacia de São Paulo afirmando ter participado dos assassinatos, mas já no dia seguinte, a PF informou não haver sinais de que o relato fosse verdadeiro, já que Gabriel teria apresentado uma “versão pouco crível e desconexa com os fatos até o momento apurados”. Dantas foi libertado no dia seguinte.

Um novo suspeito foi detido em 8 de julho. Apontado como suposto mandante dos assassinatos e suspeito de envolvimento com o narcotráfico, o colombiano Ruben Dario da Silva Villar foi preso inicialmente por apresentar uma identidade falsa ao prestar depoimento sobre o caso. Vilar negou qualquer envolvimento na morte de Bruno e Dom. Mesmo assim, a PF pediu que ele permanecesse detido durante as investigações. Somente em 22 de outubro, ele foi autorizado a deixar a prisão, mediante pagamento de uma fiança de R$ 15 mil; o uso de tornozeleira eletrônica; a entrega de seus passaportes e o compromisso de não deixar Manaus. Ele voltaria a ser preso em dezembro, por descumprir as condicionantes impostas pela Justiça.

Em 23 de julho, o MPF denunciou Amarildo, Jefferson e Oseney à Justiça Federal em Tabatinga (AM), por duplo homicídio e ocultação de cadáveres. Na denúncia, os procuradores apontam que os dois primeiros confessaram ter matado e escondido os corpos de Bruno e Dom. Para os procuradores, “os elementos colhidos no curso das apurações apontam que, de fato, o homicídio de Bruno teria correlação com suas atividades em defesa da coletividade indígena. Dom, por sua vez, foi executado para garantir a ocultação e impunidade do crime cometido contra Bruno.”

Em janeiro deste ano, a PF apontou Ruben Dario da Silva Villar, o Colômbia, como mandante e mentor intelectual do crime.

“Estas mortes não podem ficar impunes. O Poder Judiciário brasileiro não pode condenar apenas três pessoas”, afirmou o procurador jurídico da Univaja, Eliesio Marubo. “Conversamos com o ministro [da Justiça e Segurança Pública] Flávio Dino e pedimos a ele uma investigação mais apurada, inclusive do grupo que dá sustentação política ao conjunto de atividades ilegais que acontecem na região. É preciso apurar os caminhos do crime na região amazônica.”

Na última sexta-feira (2), o Ministério dos Povos Indígenas anunciou a criação de um grupo de trabalho para promover a segurança e combater a criminalidade no Vale do Javari. O grupo será formado por dez ministérios, que trabalharão em parceria com a Funai e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para propor medidas concretas de combate à violência e com o objetivo de garantir a segurança territorial dos povos indígenas que vivem na área. Entidades de povos indígenas também participarão das discussões. 

 

Destruição contínua congela vida na Ucrânia e adia planos de reconstruir o país

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KRAMATORSK, UCRÂNIA (FOLHAPRESS) – Kramatorsk, um dos principais centros industriais da região de Donetsk, no leste da Ucrânia, hoje é uma cidade em espera. A pouco mais de 35 quilômetros da frente de batalha com a Rússia, metade de seus 150 mil habitantes se foram desde o início da guerra que já dura 15 meses.

Após algumas fábricas de máquinas serem alvejadas por mísseis russos, todas as indústrias fecharam as portas. Sobraram alguns poucos cafés e supermercados abertos, frequentados por moradores esparsos e centenas de soldados que se preparam para lutar em Bakhmut, epicentro da batalha mais sangrenta do conflito do Leste Europeu, e arredores.

Não se veem carros ou pessoas nas ruas de Kramatorsk, e apenas o som de passarinhos e explosões distantes interrompem o silêncio.

Mas na loja de artigos militares que foi aberta na frente do supermercado em outubro do ano passado, o movimento é intenso. O estabelecimento, lotado de soldados, vende roupas militares, coturnos, mochilas, acessórios para armamentos, óculos de visão noturna, granadas de treino e lembrancinhas como os isqueiros em formato de bala (por 200 hrivnias ucranianas, pouco mais de R$ 25).

Aqui e ali, veem-se edifícios destruídos ou danificados. Muitas vezes, os russos atacam com sistemas soviéticos S-300, que foram criados para defesa antiaérea mas são usados como mísseis para atingir alvos no terreno e têm baixa precisão.

Depois que a região de Donetsk foi reivindicada por separatistas pró-Moscou em 2014, Kramatorsk virou o centro administrativo da metade não ocupada. A cidade também foi alvo de um dos ataques mais trágicos da guerra -em 8 abril de 2022, um ataque de mísseis russos atingiu a estação de trem lotada com 4.000 pessoas que tentavam fugir da cidade. Morreram 59 pessoas, entre elas 7 crianças, e 100 ficaram feridos.

Segundo relatório da ONG Human Rights Watch, a Rússia teria usado contra civis um míssil balístico equipado com munição de fragmentação. Trata-se de um tipo de armamento que, ao explodir, libera várias outras bombas menores, o que aumenta a letalidade -por isso, banido por convenções internacionais.

Os russos declararam no mês passado ter conquistado Bakhmut, após 9 meses no combate apelidado de “moedor de carne”, mas o governo ucraniano diz que suas forças ainda controlam partes da cidade.

“Foi a batalha mais difícil de todas. Era como o cerco de Stalingrado descrito nos livros”, diz o soldado Illia Vlasiuk, 33, que combateu em Bakhmut até meados de maio. Ele morava em Kiev quando começou a guerra, em 24 de fevereiro de 2022. A data marca o início da invasão em grande escala, uma vez que parte dos ucranianos considera que a guerra começou em 2014, quando a Rússia começou a anexar territórios na Ucrânia como a Crimeia.

“Eu tinha duas opções: fugir da Ucrânia ou me alistar, e não tive nem um minuto de dúvida”, conta Vlasiuk, que trabalhava como engenheiro médico e sindicalista. O agora soldado largou seu emprego em março de 2022 e está combatendo desde então. Não tem previsão de quando vai poder voltar para casa. “Minha vida está congelada. Não consigo fazer nenhum plano para o futuro”, diz.

O governo ucraniano afirma que suas forças têm cerca de um milhão de combatentes, sendo que dois terços seriam civis que se alistaram desde o ano passado. Não existe um prazo para os combatentes servirem, e o governo ucraniano resiste em liberá-los porque isso demandaria treinamento de novos recrutas. “É difícil perder a liberdade”, diz Vlasiuk, que, da última vez ficou 17 dias seguidos em Bakhmut sem descansar nem tomar banho. Os combatentes têm direito a 10 dias de folga por ano.

A vida de Natalia Borisovska, 53, também está congelada. Quando a Folha chegou ao portão de sua casa, no vilarejo de Stari Saltiv, algo explodiu no céu. O barulho era muito alto, e a explosão deixou um rastro de fumaça. Um míssil russo acabara de ser interceptado pelas defesas antiaéreas. “Fiquei em pânico até perceber que era a defesa aérea, e não um míssil”, contou Borisovska, tremendo.

Na verdade, a casa onde ela morava havia 30 anos deixou de existir em maio do ano passado, quando foi atingida por uma bomba russa. Uma explosão destruiu a fachada, que pegou fogo e fez o teto desmoronar. Desde então, Borisovska divide seu tempo entre estadias no apartamento de parentes em Kharkiv e em um motorhome emprestado por amigos, enquanto reconstrói, aos poucos, o que sobrou de sua casa.

Acabou de ganhar uma casa provisória da Cruz Vermelha e recebe uma pensão do governo para pessoas que ficaram sem teto na guerra -são 2000 hrivnias por mês (cerca de R$ 270). Ela perdeu o emprego em uma fábrica de roupas após a invasão e agora lava pratos em um restaurante. Juntando sua renda com a do marido, que é motorista, vai demorar muito para reerguerem sua casa. “Ainda estão atacando a gente, e não dá para saber o que vai acontecer”, diz. Eles moram a 20 quilômetros da fronteira com a Rússia.

O arquiteto e historiador Maksim Rosenfeld acha que não dá para esperar a guerra acabar. O ucraniano colabora com a Fundação Norman Foster para promover a reconstrução da cidade. Uma das ideias para consertar edifícios como a sede do governo regional de Kharkiv, que foi muito danificado por um ataque de mísseis, é seguir o que Foster fez no Reichstag alemão, preservando a fachada e modernizando o interior.

Em Saltivka do Norte, bairro planejado da era soviética onde viviam 500 mil pessoas antes da guerra, a destruição está por todos os lados. Alguns moradores já começaram a fazer reparos, tapando janelas com tábuas de madeira ou reformando, mas a maioria ainda não voltou de outras regiões ou do refúgio.

“Mesmo assim estamos limpando todo o terreno, tirando destroços”, diz Rosenfeld. “Até a sensação e o barulho de pisar em vidros quebrados nos causa dor. Por isso, estamos limpando”.

Vários prédios têm, nas fachadas, a palavra “liudi” pichada -significa “gente” em russo e é, na prática, um pedido para forças russas não bombardearem nem atirarem nos imóveis marcados. Parte dos edifícios é chamada pelos moradores de “casa da Barbie” -sem o elemento lúdico, por óbvio; são imóveis com a fachada desmoronada em que se vê o interior dos apartamentos.

No edifício Metrobudivnikiv 8, uma poltrona vermelha resiste às intempéries e se equilibra na beirada de uma sala de estar que desmoronou. “Faz um ano que essa poltrona está aí, é um símbolo da resistência”, diz Rosenfeld. Mas, também, um sinal de tudo o que falta reconstruir.

O jardim de infância de Saltivka, onde estudavam 300 crianças de 2 a 7 anos, está parcialmente destruído e completamente vazio. Resistiu aos mísseis, porém, o letreiro acima da porta: “O futuro feliz da Ucrânia – nós ensinamos e educamos juntos.”

Natalia é diretora do jardim de infância há 33 anos, desde que ele foi aberto. Ela vai até o local quase todos os dias para, aos poucos, retirar destroços e começar, lentamente, a refazer as paredes. Mas não sabe como e quando vão conseguir reconstruir. Indagada sobre o que viu quando chegou à escola depois que os russos desocuparam a cidade em maio do ano passado, seus olhos se enchem de lágrimas. “Não me pergunte isso, por favor. É muito dolorido. Não quero chorar na sua frente.”

Em uma fazenda em Chestakove, na região de Kharkiv, a guerra ainda é muito presente. O gerente Serhi Iatsenko conta que quase 2.000 das 3.000 vacas da fazenda morreram. Algumas foram atingidas por bombas, mísseis, ondas de choque ou destroços; outras pisaram em minas terrestres, e muitas morreram de fome durante a ocupação russa e nos meses que se seguiram.

Iatsenko diz ainda que, quando finalmente conseguiu entrar na fazenda, o cenário era de horror -centenas de vacas mortas, com vermes, espalhadas em meio a destroços, cadáveres de animais no teto, cheiro de putrefação, destruição dos modernos equipamentos e instalações da fazenda. Parte da carnificina ainda está lá -cadáveres de vacas em avançado grau de decomposição foram mantidos.

A fazenda já voltou a funcionar, mas longe da capacidade original. Grande parte dos pastos está cheia de minas e não pode ser usada. Muitas das instalações também estão cheias de explosivos e não puderam ser reconstruídas. Mesmo assim, Iatsenko está reconstruindo o que é possível.
O ucraniano conta que, poucas horas antes de se encontrar com a Folha, viu dois mísseis voando nas proximidades. “Eu não sei quando a guerra vai terminar. Mas não posso esperar.”

A jornalista viajou a convite do Public Interest Journalism Lab

Fóssil de dinossauro traficado para Alemanha desembarca no Brasil

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LISBOA, PORTUGAL (FOLHAPRESS) – Um dos principais símbolos da luta de cientistas brasileiros contra o tráfico internacional de fósseis, o dinossauro Ubirajara jubatus, levado irregularmente para Alemanha em 1995, foi oficialmente devolvido ao Brasil neste domingo (4).

Os vestígios do animal pré-histórico chegaram ao aeroporto de Brasília por volta das 22h30, acompanhando uma delegação de autoridades alemãs que inclui a ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock.

O envolvimento da chefe da diplomacia na repatriação é considerado um sinal de prestígio para o movimento, cujas negociações envolveram o Instituto Guimarães Rosa, ligado ao Itamaraty, o MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) e a Embaixada da Alemanha em Brasília.

A instituição escolhida para receber o valioso exemplar foi o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, que pertence à Urca (Universidade Regional do Cariri), no Ceará, mesma região onde o animal viveu há cerca de 110 milhões de anos.

Diretor do museu, o paleontólogo Allysson Pinheiro viajou a Brasília para acompanhar a repatriação e auxiliar nos trâmites relacionados ao exemplar.

“Esse momento é muito simbólico, porque era muito improvável que esse fóssil voltasse ao Brasil por diversas razões. Acho que inauguramos uma nova forma de ver os fósseis brasileiros e mesmo de ver a ciência aqui do país”, afirmou.

Embora já esteja em território nacional, o fóssil só deverá ser encaminhado ao Ceará no dia 12 de junho. A transferência do dinossauro será acompanhada de uma cerimônia pública para marcar a ocasião. O museu, que já passava por uma reforma, ganhará um espaço especial para abrigar o material.

“Vamos preparar um lugar separado para, com todos os cuidados necessários para um holótipo [exemplar de referência para a espécie]”, diz Pinheiro. Para o paleontólogo, a chegada do dinossauro contribuirá para o desenvolvimento do turismo e da ciência na região.

A devolução dos vestígios do animal também é encarada pela comunidade paleontológica nacional como uma grande vitória contra o comércio irregular de fósseis, que ajuda a alimentar a produtividade científica de pesquisadores de países mais ricos, dispostos a pagar elevadas quantias para ter acesso aos exemplares.

Ainda que a legislação brasileira proíba a venda de fósseis e imponha uma série de restrições para que eles saiam do país, é comum encontrar exemplares da pré-história nacional depositados em coleções da Europa e dos Estados Unidos.

O tráfico de fósseis é tão comum que, para estudar alguns tipos de pterossauros do Nordeste, cientistas brasileiros precisam se deslocar para museus da Alemanha para conseguirem ter acesso aos exemplares de referência das espécies.

Apesar da insatisfação dos pesquisadores e da flagrante violação da legislação brasileira, manifestações públicas contra as poderosas instituições estrangeiras eram bastante contidas, devido ao temor de retaliações acadêmicas e até de empecilhos ao acesso aos fósseis que estão no exterior.

O caso do Ubirajara jubatus, porém, traz uma mudança de posição marcante.

De aparência exótica, com juba nas costas e um par de “varetas” perto dos ombros, o animal ganhou atenção internacional ao ser descrito por pesquisadores europeus em dezembro de 2020. Logo após a publicação do artigo, no entanto, cientistas brasileiros se mobilizaram para denunciar a origem e a exportação irregular do material.

De forma inédita, os pesquisadores se reuniram na campanha virtual #UbirajaraBelongstoBR (Ubirajara pertence ao Brasil), que bombardeou as redes sociais para denunciar as irregularidades em torno da saída do material do país.

A mobilização fez efeito. A revista especializada Cretaceous Research retratou o artigo (retirando sua publicação) com a descrição da espécie e, meses depois, com a continuidade da pressão da campanha, divulgou que não iria mais aceitar estudos com fósseis “com suspeita de terem sido coletados e exportados ilegalmente de seus países de origem, com proveniência incerta ou depositados em coleções particulares”.

Apesar da pressão, o Museu de História Natural de Karlsruhe, que detinha o fóssil, vinha se recusando a devolver o dinossauro até ser obrigado a fazê-lo por decisão do Conselho de Ministros da região de Baden-Württemberg.

O paleontólogo Eberhard “Dino” Frey, que dirigiu a instituição até janeiro de 2022, foi um dos autores do artigo do Ubirajara jubatus. Seu sucessor no cargo, Norbert Lenz, também assinou o trabalho com o dinossauro brasileiro.

A mobilização contra o tráfico de fósseis ganhou fôlego e se mantém nas redes sociais. Com o temor do dano reputacional, os protestos contribuíram para a devolução de outros exemplares brasileiros que estavam irregularmente no exterior.

“Esse caso é um símbolo não só para o Brasil, mas para o mundo todo. Há outros países que passam por situações similares ou até piores com seu patrimônio e que acompanharam tudo com muita atenção”, completa Allysson Pinheiro.

Homem é preso após furtar cantina de escola em Campos

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134ª DP/Foto: ClickCampos
134ª DP/Foto: ClickCampos

Neste domingo (4) um homem foi preso após furtar um estabelecimento escolar na Avenida Arthur Bernardes, no Turf, em Campos.

Após serem informações de um homem havia pulado o muro de uma escola com uma barra de ferro e que havia arrombado a porta da cantina e subtraído uma caixa de chocolate, três latas de refrigerante de 300 ml e 1 garrafa pequena de refrigerante, os agentes foram até o local.

De acordo com a PM, o homem foi detido próximo a um supermercado na Avenida 28 de Março. O mesmo foi encaminhado para a 134ª Delegacia de Polícia do Centro, onde foi autuado e permaneceu preso.

Homem é preso após roubar celular em Guarus

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Foto: Divulgação Polícia Militar

Neste domingo (4) um homem foi preso após roubar um celular na Avenida Souza Mota, no Parque Fundão, em Guarus.

Durante patrulhamento, os agentes foram acionados por populares informando que estaria acontecendo um assalto. Imediatamente os policiais foram até o local e fizeram contato com a vítima que informou que o celular havia sido roubado em seu veículo. A vítima também passou as características do assaltante que estava com uma pistola e havia seguido o sentido BR-101.

Buscas foram iniciadas e os policiais avistaram durante o trajeto, um simulacro de pistola e apreenderam. Logo à frente, eles também avistaram o suspeito que foi conduzido para a 146ª DP. Na unidade ele foi reconhecido pela vítima.

Com o acusado foi apreendido R$ 60 e a bicicleta. Já o celular, não foi encontrado. O homem foi autuado e permaneceu preso.