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Drogas, explosivos, colete balístico e veículo roubado são apreendidos pela PM em Campos

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Foto: Divulgação Polícia Militar

Uma ação coordenada pela Polícia Militar realizada nessa segunda-feira (28), resultou na apreensão de materiais ilícitos. A operação ocorreu na Rua São Francisco de Assis, localizada no bairro Santa Rosa, em Guarus.

Após levantamentos, os policiais se deslocaram para três diferentes endereços na comunidade conhecida como Sapo 1. No primeiro endereço abordado, os policiais encontraram três artefatos explosivos, além de uma quantidade considerável de cocaína e maconha. No segundo local, foram recolhidos mais três artefatos explosivos, uma granada de mão e um colete balístico.

As ações consecutivas das equipes, as conduziram ao terceiro endereço, onde uma motocicleta Titan preta foi encontrada. Consultas revelaram que o veículo havia sido produto de roubo/furto e estava sendo utilizada em ataques contra facções rivais.

De acordo com a Polícia Militar, todos os endereços visados eram residências abandonadas. Diante das circunstâncias, todos os materiais apreendidos foram encaminhados à 146ª Delegacia de Polícia de Guarus para procedimentos legais, onde foi constatado que a motocicleta havia sido roubada em Guarus em 2 de fevereiro de 2023. Todos os itens apreendidos permanecerão sob custódia policial para análises periciais.

Lista dos materiais apreendidos:

– 65 buchas de maconha
– 2 mariolas de maconha
– 75 pinos de cocaína
– 5 artefatos explosivos
– 1 colete balístico com capa
– 1 granada
– 1 motocicleta recuperada

Colisão traseira entre caminhões interrompe tráfego na BR-101, em Campos

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Arteris Fluminense/Foto: Divulgação

Na manhã desta terça-feira (29), um acidente envolvendo uma colisão traseira entre dois caminhões foi registrado no quilômetro 58 da BR-101, nas proximidades do estabelecimento Atacadão, situado em Campos.

De acordo com informações da concessionária Arteris Fluminense, responsável pela administração da via, o acidente ocorreu por volta das 6h30, quando os veículos estavam parados em razão da sinalização semafórica. Apenas uma vítima sofreu lesões leves, enquanto outra pessoa envolvida recusou o encaminhamento para uma unidade hospitalar após ser atendida. A vítima que recusou o atendimento hospitalar assinou um termo de recusa no local.

Em virtude da colisão e das operações de atendimento ao ocorrido, foi estabelecido um desvio de tráfego pelo acostamento norte da rodovia. Esse desvio tem o propósito de garantir a fluidez do tráfego no local enquanto as medidas necessárias são tomadas para solucionar a ocorrência.

Embora haja lentidão na região do acidente, não foi registrada a formação de filas significativas.

Anvisa analisa pedido de registro para vacina contra a bronquiolite

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A empresa Pfizer protocolou nesta segunda-feira (28) na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) um pedido de registro de vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), causador de infecções no trato respiratório, especialmente a bronquiolite.

A vacina, comercialmente denominada Abrysvo, tem sugestão de indicação de uso em crianças, gestantes e adultos acima de 60 anos. Já está em análise pela agência um pedido de registro de vacina contra o VSR da empresa GlaxoSmith Kline, denominada Arexvy. 

A Anvisa irá avaliar a relação benefício/risco do produto, por meio de estudos clínicos e outros dados que comprovem a qualidade, segurança e eficácia da vacina. Se o registro for aprovado, a vacina poderá ser comercializada, distribuída e utilizada pela população, conforme a indicação estabelecida na bula.

A análise de vacinas pela Anvisa é feita de forma conjunta, por três áreas distintas: a área de Produtos biológicos, que avalia os aspectos de qualidade, segurança e eficácia; a área de Farmacovigilância, responsável pelo monitoramento e planos de acompanhamento da vacina após sua entrada em uso no país e a área de Inspeção e Fiscalização, responsável pela avaliação das Boas Práticas de Fabricação.

A bronquiolite é uma inflamação da porção terminal dos brônquios que atinge com maior preocupação crianças pequenas e bebês. Atualmente, não há medicamento com indicação preventiva disponível no país.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre janeiro e abril de 2022, foram notificados cerca de 3,6 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causados pelo vírus sincicial. A maior parte dos casos ocorreu em crianças menores de 4 anos.

A vacina, comercialmente denominada Abrysvo, tem sugestão de indicação de uso em crianças, gestantes… 

Derramamento de carga de tangerinas interdita faixa na BR-101

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Foto: Reprodução Redes Sociais

Na tarde de segunda-feira (28), um caminhão carregado com tangerinas tombou no quilômetro 184 da rodovia BR-101, na região conhecida como Rocha Leão, localizada no distrito de Casimiro de Abreu. De acordo com informações da concessionária Arteris Fluminense, responsável pela administração da via, o incidente ocorreu por volta das 15 horas.

Não houve registro de feridos no acidente. O caminhão envolvido no incidente continuou sua jornada mesmo após o tombamento da carga de tangerinas.

No entanto, a ocorrência teve impacto direto no tráfego da região. Parte da pista no sentido sul da BR-101 precisou ser interditada logo após o incidente, causando transtornos aos motoristas que trafegavam pela área.

Dada a natureza perecível das tangerinas, no decorrer da manhã seguinte, na terça-feira (29), autoridades permitiram que moradores da região auxiliassem na coleta da carga espalhada. Essa medida visou minimizar perdas e garantir a destinação adequada dos produtos.

Após a conclusão das operações de remoção da carga e limpeza da via, a pista no sentido sul da BR-101 foi liberada para o tráfego novamente, devolvendo à circulação na região afetada pelo acidente.

França anuncia proibição do uso de vestimenta muçulmana em escolas públicas

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo da França proibirá que as alunas das escolas do país usem a abaya, vestimenta comum em países árabes e no Norte da África que cobre quase todo o corpo, com exceção do rosto e das mãos.

O anúncio foi feito pelo ministro da Educação francês, Gabriel Attal. Ele justificou a medida dizendo que a túnica desrespeita as normas de laicidade no ensino do país. “Não deveria ser possível identificar a religião de um aluno quando ele entra em uma sala de aula”, afirmou.

A proibição ocorre após a popularização do uso da peça por adolescentes. Ativistas de direita como Éric Ciotti, líder do partido conservador Republicanos, saudaram a decisão.

Embora o Conselho Francês do Culto Muçulmano considere que a vestimenta não representa um símbolo islâmico, o Ministério da Educação do país europeu já havia divulgado, no ano passado, um comunicado autorizando as escolas a proibirem a abaya, bem como bandanas e saias “muito longas”. Especialistas, porém, dizem que as normas eram ambíguas e, na prática, não haviam entrado em vigor.

“As instruções não estavam claras. Agora estão, e nós as saudamos”, disse à agência de notícias AFP Bruno Bobkiewicz, secretário-geral do sindicato que representa os diretores de instituições de ensino.

Ativistas de direitos humanos e parlamentares de esquerda, por sua vez, criticaram o anúncio. A deputada Clémentine Autain, progressista, disse que a medida é inconstitucional e criticou o que chamou de “política da vestimenta”. Ela e outros que se posicionam contra a lei argumentam que ela reforça um discurso anti-imigração já em alta.

O governo Macron busca atrair à França mão de obra qualificada e, ao mesmo tempo, combater a imigração ilegal. A proposta prevê a criação de um documento de residência para estrangeiros que atuam em áreas em que há escassez de profissionais, como construção civil e saúde. Por outro lado, acelera a expulsão de pessoas em situação irregular que não trabalham nesses setores.

Em 2020, após um ataque a faca cometido por um jovem paquistanês que feriu duas pessoas, Macron afirmou que o país devia “combater o separatismo islâmico”, que segundo ele buscaria “criar uma ordem paralela”. No discurso, ele ainda anunciou medidas para enfrentar o que chamou de crescente radicalização da religião.

O líder francês ainda anunciou uma série de medidas que buscavam diminuir a influência das religiões em instituições em geral na ocasião. Estas incluíam obrigar associações financiadas com dinheiro público a assinar cartas de laicismo, aumentar a fiscalização de escolas religiosas privadas e limitar o ensino em casa.

As declarações do presidente foram criticadas por acadêmicos islâmicos radicados na Europa, que afirmaram que suas palavras podem fortalecer o sentimento antimuçulmano.
Em 2004, a França proibiu quaisquer símbolos religiosos descritos como “ostensivos”, incluindo o véu islâmico, em escolas. Funcionárias públicas também não podem usar a peça em seus respectivos ambientes de trabalho.

Pesquisas apontam que a população em geral apoia o veto a indumentárias associadas a religiões em instituições de ensino. Em um levantamento do IFOP (Instituto Francês de Opinião Pública) realizado em junho deste ano, por exemplo, só 23% dos entrevistados afirmaram ser a favor de permitir o uso dessas vestimentas em escolas.

Brasil teve custos de R$ 1,3 bi relacionados ao câncer de pulmão em 2019

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Brasil gastou, em 2019, R$ 1,3 bilhão com custos diretos e indiretos relacionados ao câncer de pulmão, de acordo com estudo divulgado na noite desta segunda (28).

Segundo dados levantados do Ministério da Saúde e da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) referentes aos anos de 2015 a 2019, aproximadamente 80% dos custos são relacionados a mortes precoces, gerando assim uma alta perda de produtividade no país.

Embora seja considerado o quarto tipo de câncer mais prevalente do país (atrás, respectivamente, de câncer de mama, próstata e cólon e reto), o câncer de pulmão tem uma alta letalidade: em 2015, provocou 26,5 mil mortes, passando para 29,3 mil em 2019, com crescimento médio de 2,54% ao ano. Já os cânceres de próstata e mama causam, anualmente, menos de 20 mil mortes cada um.
O alto custo indireto relacionado ao câncer de pulmão, de R$ 1 bilhão, supera o de câncer de próstata (R$ 800 milhões), e fica próximo ao do câncer de mama (R$ 1,381 bilhão), que também tem alta mortalidade.

O estudo foi liderado pelo Insper e patrocinado pela AstraZeneca. Os resultados foram apresentados em evento nesta segunda (28) no Centro Britânico Brasileiro, na zona oeste de São Paulo.

No evento foi lançado também o primeiro consenso médico para o rastreamento do câncer de pulmão no país, desenvolvido pelo Colégio Brasileiro de Radiologia, pela SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) e pela SBCT (Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica).

Para avaliar o impacto econômico do câncer de pulmão no Brasil, os pesquisadores utilizaram dados de atendimentos ambulatoriais e hospitalares disponíveis nas plataformas SIH (Sistema de Informações Hospitalares) e SIA (Sistema de Informações Ambulatoriais), do DataSUS, e de atendimentos no serviço privado, obtidos pela TISS (Troca de Informação em Saúde Suplementar), da ANS.

Em seguida, dividiram os custos em indiretos, que podem ser entendidos como todos os gastos que não têm relação direta com a internação ou com a doença, e diretos, como custos ambulatoriais, hospitalares e de tratamento. Em 2019, os custos indiretos do câncer de pulmão foram de R$ 1,012 bilhão, contra R$ 1,381 bilhão para o câncer de mama, e R$ 164 milhões para o de próstata.

Por outro lado, tanto o câncer de mama quanto o de próstata tiveram gastos maiores relacionados à internação no SUS, de R$ 159 milhões e R$ 106 milhões, enquanto o câncer de pulmão teve gasto de R$ 41,6 milhões. Isto se deve, segundo os autores, ao diagnóstico tardio do câncer de pulmão, já descoberto em estágio avançado e com pouca chance de cura.

Como o gasto relacionado à mortalidade por câncer de pulmão é muito superior ao registrado para internação, os pesquisadores defendem que haja a implementação de um sistema de rastreamento de pacientes, à maneira como é feito hoje para o câncer de mama.
Além do dado quantitativo, a pesquisa realizou uma revisão sistemática (análise com base em estudos já publicados no passado sobre o tema) e um inquérito com especialistas na área para listar quais seriam os principais gargalos no diagnóstico precoce e rastreamento de câncer de pulmão no país.

Para a economista e pesquisadora do Insper Vanessa Boarati, que liderou o estudo, não havia antes dados sobre gastos com câncer de pulmão no país que pudessem fomentar políticas públicas. “Com o objetivo de quantificar os custos econômicos, mapear e classificar as principais barreiras para políticas públicas, o estudo foi feito com o intuito de analisar o que seria necessário para uma política de rastreamento nacional”, disse.

Entre as barreiras encontradas para o diagnóstico precoce de câncer de pulmão estão barreiras no sistema de saúde, que está saturado; de regulação e acesso a novas tecnologias terapêuticas; na promoção de campanhas; e de maior mobilização política e social para alcançar mudanças no cenário atual.

Segundo Carlos Gil, presidente da SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica) o câncer de pulmão, pela alta mortalidade, tem grande impacto econômico. “O câncer de pulmão é um problema de saúde pública global e a melhor estratégia para aumentar a chance de cura é o diagnóstico precoce”, afirmou.

“Nesse sentido, as estratégias de rastreamento no Brasil ainda são muito limitadas. O estudo é importante ao tentar levantar os custos desse tipo de câncer no país, com foco no potencial impacto das estratégias de rastreio”, completou o médico.

Como há uma forte relação entre o tabagismo e o câncer de pulmão, o guia lançado nesta segunda (28) recomenda a realização de exame de tomografia de baixa dosagem em fumantes e ex-fumantes com 50 anos ou mais e que tenham fumado mais de 20 maços por ano.

Segundo estimativas do Inca (Instituto Nacional do Câncer), são esperados 32 mil novos casos por ano de câncer de pulmão para o triênio 2023 a 2025. Apesar disso, o Brasil está na rota para redução do tabagismo, como preconizado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), tendo atingido todas as medidas recomendadas pelo órgão, segundo relatório divulgado no último mês.

O documento apresentado pelas sociedades médicas faz parte da iniciativa Lung Ambition Alliance, com apoio da farmacêutica AstraZeneca, e procura implementar um programa nacional de rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de pulmão.

“Esse levantamento inédito é parte de uma estratégia em prol de melhorias significativas no cuidado dos pacientes com câncer de pulmão, incluindo a expectativa de dobrar a taxa relativa de sobrevida em cinco anos que é, atualmente, de 18%, para 36%”, afirmou o diretor-geral da AstraZeneca no Brasil, Olavo Corrêa.

Segundo dados levantados do Ministério da Saúde e da ANS referentes aos anos de 2015 a 2019, aproxim… 

Colisão entre ônibus escolar e caminhão é registrado na Baixada Campista

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Foto: Reprodução Redes Sociais

Na noite desta segunda-feira (28) um acidente entre um ônibus escolar e um caminhão foi registrado na RJ-216, na localidade de Mineiros, na Baixada Campista.

No momento do acidente, o ônibus não estava transportando alunos. O motorista do ônibus foi atendido com ferimentos leves, já o condutor do caminhão, não precisou de atendimentos.

As causas do acidente não foram divulgadas, mas chovia no momento da colisão. O trânsito não ficou congestionado, mas registrou lentidão.

Foto: Reprodução Redes Sociais

Ministro de Lula critica acusações de que Faustão furou fila do transplante

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, criticou a reação negativa das redes sociais ao transplante de coração de Fausto Silva deste fim de semana. O apresentador era o segundo na lista prioritária do SUS e recebeu um coração novo neste domingo, uma semana depois de ser incluído na fila.

Padilha comentou o caso em um vídeo gravado em suas redes sociais nesta segunda-feira. Na publicação, ele classifica como impressionante e muito grave as acusações de que Faustão teria furado a fila.

“Um momento como esse serve para a gente conhecer melhor o Sistema Nacional de Transplante, mas infelizmente muita gente que é anti-SUS quer usar esse momento para espalhar fake news, o que é muito grave”, diz o ministro no vídeo.

O político ainda afirmou que o país tem o maior sistema nacional e público de transplante do mundo e que, durante seu mandato como ministro da Saúde, em 2012, o Brasil bateu recorde de transplantes no mundo.

“Fila na saúde não é igual a padaria. Faustão não foi o único que fez transplante de coração.”

Faustão no momento se recupera da cirurgia em uma UTI. De acordo com os médicos, o novo órgão está funcionando como o esperado e o apresentador passa bem.

O apresentador era o segundo na lista prioritária do SUS e recebeu um coração novo neste domingo, um… 

Salles vira réu por suspeita de liderar organização que desviava madeira

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Justiça Federal no Pará tornou réu o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, hoje deputado federal pelo PL, por supostamente ocupar posição de liderança em uma organização criminosa que atuava no desvio de madeira.

A decisão, desta segunda-feira (28), também atinge o ex-presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) Eduardo Bim e outros servidores de órgãos ambientais do governo durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

O relatório da Justiça afirma que o grupo, segundo a denúncia, emitia “certidões e ofícios em desacordo com as orientações técnicas da equipe da instituição, com o fito de liberar madeira apreendida nos Estados Unidos”.

Salles classificou a denúncia como absurda. “Ignora as provas e testemunhos colhidos pela PF no inquérito. Tenho certeza de que o Judiciário vai recolocar as coisas no seu devido lugar”, afirmou o ex-ministro à reportagem.

Bim não havia sido localizada pela reportagem até a publicação deste texto.

A gestão de Salles e Bim, de acordo com o documento, praticou atos normativos “para dar ares de legalidade à exportações de madeira em desacordo com as instruções normativas vigentes”.

Os dois foram alvos de busca e apreensão da PF em 2021 em uma investigação sobre crimes de corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando que teriam sido praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro.

A operação foi batizada de Akuanduba, divindade dos índios Araras, que habitam o Pará. Ela levou ao afastamento de Bim da presidência do Ibama.

Foi em meio às investigações por favorecimento ao setor madeireiro que Salles pediu demissão do cargo de ministro, em junho de 2021.

O Ministério Público Federal denunciou os dois por “integrarem organização criminosa na qual agentes públicos, aproveitando-se do cargo público e em conluio com representantes do setor madeireiro praticaram diversos crimes direcionados aos interesses dos representantes do setor madeireiro”.

A atuação de Salles, de acordo com o documento, passava por nomear servidores para representar interesses privados e exonerar aqueles que tentavam combater a exportação ilegal.

Era ele quem, pela denúncia, se reunia com integrantes do setor e ordenava que Bim aditasse normas no âmbito do Ibama para permitir “a exportação de diversas cargas de madeira nativa sem autorização da autarquia ambiental”.

O MPF cita uma reunião ministerial no qual Salles disse que a atuação por meio de parecer e canetada valia muito a pena.

Segundo a denúncia, o ex-ministro mentiu em depoimento, ao alegar que não sabia do que se tratava uma reunião, na qual esteve presente, com madeireiros. No encontro, ainda de acordo com a denúncia, o esquema foi abordado e ele chegou a dizer a outras pessoas que “já estaria resolvendo o problema relacionados às cargas de madeira” que estavam sendo barradas no Pará.

“Os agentes privados, diretamente e por meio das associações, diligenciaram perante os mais altos escalões do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama para obter um tipo de anistia geral pelos crimes perpetrados (contrabando e falsidade ideológica) e para facilitar o contrabando de cargas futuras de madeira”, diz o documento.

O MPF afirma que Bim recebeu R$ 5.000 em dinheiro de madeireiros pelas operações, mas que era Salles quem se reunia com os representantes do setor e que ordenava que o então presidente do Ibama publicasse normas para favorecê-los.

A denúncia também diz que o ex-ministro praticou os atos de “advocacia administrativa de interesses ilegítimos”, “integrar organização criminosa” e “facilitação de contrabando”.

A decisão também atinge o ex-presidente do Ibama Eduardo Bim e outros servidores do governo Bolsonar… 

Rússia acusa de espionagem ex-funcionário de consulado dos EUA

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia acusa Robert Shonov, um ex-funcionário do consulado dos Estados Unidos em Vladivostok, de repassar ilegalmente informações sobre a Guerra da Ucrânia a dois funcionários diplomáticos de Washington.

De acordo com a agência de notícias Tass, o FSB divulgou um vídeo com a confissão de Shonov. O homem, de nacionalidade russa, é acusado de cooperação confidencial com um Estado estrangeiro.
Detido desde maio, Shonov teria trabalhado na representação no extremo leste russo por mais de 25 anos, afirma Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA. Em abril de 2021, o Kremlin proibiu nacionais do país de trabalharem para missões diplomáticas americanas na Rússia.

Ainda segundo Miller, o após deixar o cargo no consulado, o homem prestou serviços, até sua detenção, para uma empresa privada contratada pela embaixada dos Estados Unidos em Moscou, “em estrito acordo com as leis e regulações da Rússia”.

“Como em qualquer missão diplomática no mundo, as embaixadas dos EUA contratam serviços locais. A única função do senhor Shonov quando ele foi detido era de compilar resumos de fontes públicas da imprensa russa. Ele ser acusado de ‘cooperação confidencial’ reforça como a Rússia usa suas leis cada vez mais repressivas contra seus próprios cidadãos”, afirma comunicado do Departamento de Estado.

Miller também condenou o que chamou de intimidação. “Protestamos veementemente contra as tentativas dos serviços de segurança russos de intimidar e assediar nossos funcionários”, diz.

Em comunicado, o FSB afirma que Shonov esteve em contato e desempenhando tarefas para Jeffrey Sillin e David Bernstein em troca de “recompensa material” desde setembro de 2022 até sua detenção.Ele teria coletado informações sobre a “operação militar especial” (a forma oficial com que o Kremlin se refere à Guerra da Ucrânia), o recrutamento em várias regiões do país e o impacto de manifestações públicas na Rússia às vésperas da eleição presidencial de 2024. O serviço de segurança afirma ainda que planeja interrogar os dois diplomatas americanos.

Shonov estaria detido na penitenciária de Lefortovo, em Moscou, segundo a imprensa russa. O local é o mesmo em que está preso, aguardando julgamento, Evan Gerchkovitch, jornalista americano de origem russa que trabalha para o jornal The Wall Street Journal.

Gerchkovitch foi detido poucas semanas antes de Shonov e acusado de coletar informações militares secretas para os Estados Unidos, que negam as acusações, assim como o Wall Street Journal. Em meio a assédios a jornalistas e perseguição à imprensa do país, seu caso foi o mais grave do gênero desde o começo do conflito na Ucrânia -Gerchkovitch foi o primeiro jornalista americano detido na Rússia por espionagem desde a Guerra Fria.

Furto de cabos tira linha 199 de operação e número provisório é disponibilizado

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Foto: Divulgação Ascom

Devido à ocorrência de furto de cabos da rede de telecomunicações, o número 199 de atendimento de Serviços de Emergência da Defesa Civil de Campos ficou inoperante. A Defesa Civil está com equipes de plantão no regime 24 horas em função das chuvas prolongadas desde sexta-feira (24).

Para evitar prejuízos à população, em caso de necessidade de chamada de emergência para serviços da Defesa Civil, a população pode acionar o órgão por meio do número de telefonia celular (22) 981752512.

 

Fonte: Ascom

Verme com 8 cm é encontrado em cérebro humano: "Está vivo e se mexe"

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Uma mulher de 64 anos, natural de Nova Gales do Sul, foi internada hospital de Canberra, na Austrália, onde deu entrada na unidade com queixas de febre, dores abdominais e diarreia incessantes, tosse seca e suores noturnos.

O médico especialista de doenças infecciosas, Dr. Sanjaya Senanayake recebeu uma chamada do neurocirurgião Dr. Hari Priya Bandi, que lhe disse, absolutamente incrédulo: “Não vai acreditar no que acabei de encontrar na cabeça de uma paciente. Está vivo e se mexe”.

O neurocirurgião, Dr. Hari Priya Bandi, retirou um verme parasita de 8 centímetros de comprimento do cérebro de uma paciente, o que a levou a procurar Senanayake e outros colegas do hospital para obter conselhos sobre o que fazer a seguir.

Segundo o jornal The Guardian, a paciente já tinha sido internada em janeiro de 2021 com queixas de febre, dores abdominais e diarreia incessantes, tosse seca e suores noturnos. Em 2022, a estes sintomas juntaram-se sinais de depressão e perda de memória, o que levou ao seu encaminhamento para o hospital de Canberra. Feita uma ressonância magnética que revelava algumas anomalias, a mulher foi operada ao cérebro.

“Certamente o cirurgião não esperava encontrar um verme em movimento quando iniciou a cirurgia”, afirmou o infectologista Senanayake. “É normal os neurocirurgiões lidarem com infeções no cérebro, isso acontece regularmente. Mas esta foi uma descoberta única na carreira. Ninguém esperava encontrar aquilo”, disse.

A descoberta inusitada levou a uma rápida reunião de uma equipe hospitalar para descobrir de que tipo de verme se tratava e qual o tratamento a seguir. 

“Canberra é um lugar pequeno, então pegámos no verme ainda vivo e mandamos para o laboratório de um especialista da CSIRO (Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation) que tem uma vasta experiência com parasitas”, contou Senanayake. “Ele olhou para a minhoca e reagiu imediatamente: Oh meu deus, é uma ‘Ophidascaris robertsi’.”

Ophidascaris robertsi é um verme geralmente encontrada em cobras pítons e a paciente do hospital de Canberra marca o primeiro caso mundial do parasita encontrado em humanos.

A mulher vive perto de um lago onde se encontra uma espécie de piton: a píton tapete e, apesar de não contactar diretamente com as cobras, era usual andar junto ao lago e recolher ervas para cozinhar, avançou Senanayake.

A equipe acredita que a paciente provavelmente foi infectada pelo parasita ao tocar na grama com fezes e transferir os ovos para a comida ou utensílios de cozinha.

A paciente está em recuperação e tem sido monitorada, mas os investigadores estão tentando verificar se alguma condição médica pré-existente poderá ter comprometido o sistema imunológico.

O caso foi documentado na edição de setembro da revista Emerging Infectious Diseases.

EUA: Polícia liga a rádio e avisa que carro de apresentador foi roubado

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Ed Schafer foi membro do governo de George W. Bush, pelo que seria de esperar que tivesse algumas noções básicas sobre segurança e precaução. Mas, pelos vistos, teria faltado à aula dos Serviços Secretos sobre não deixar as chaves dentro do carro, e Schafer aprendeu a lição ao vivo numa rádio.

Na última sexta-feira de manhã, o ex-governador do Dakota do Norte estava apresentando um programa de rádio na estação KFGO, uma emissora local em Fargo, quando a polícia ligou para a rádio perguntando se Schafer era dono de um GMC Yukon, de 2020. O carro, um SUV, tinha sido roubado do estacionamento do local de trabalho de Schafer.

Segundo a Associated Press, o veículo é um SUV automático e que dá partida graças à funcionalidade ‘Push-Start’. Esta função exige que uma chave esteja inserida numa ranhura para que o veículo ligue. O problema é que Schafer deixou a chave suplente dentro do veículo, permitindo que o ladrão simplesmente entrasse no carro e começasse a dirigir.

O ladrão acabou conduzindo o veículo de volta para a delegacia e rendeu-se às autoridades.

Ed Schafer garante que aprendeu de vez, mas não se livrou de uma bronca da esposa. “A minha mulher questionou porque é que eu não tranco o carro”, admitiu o próprio, à Associated Press.

Pesquisadores brasileiros dominam técnica para sequenciar DNA antigo

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Pesquisadores brasileiros dominaram todas as etapas da técnica para extrair e sequenciar o DNA antigo – molécula encontrada em material biológico antigo como o proveniente de escavações arqueológicas, em restos mortais de milhares de anos atrás. 

O processo para o sequencialmente da molécula antiga, normalmente encontrada em fragmentos de ossos, foi desenvolvido pelo biólogo sueco Svante Pääbo, vencedor do Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2022 por suas descobertas sobre o genoma de hominídeos extintos e a evolução humana.

E foi no Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, em Leipzig, na Alemanha, onde Pääbo é diretor de genética, que o pesquisador brasileiro Tiago Ferraz desenvolveu seu doutorado, aprendeu e trouxe para a Universidade de São Paulo (USP) o domínio da técnica.

Ainda na Alemanha, Tiago Ferraz foi o responsável pelo processo sequenciamento de DNA antigo que resultou no artigo Genomic History of Coastal Societies from Eastern South America [História Genômica das Sociedades Costeiras do Leste da América do Sul], publicado na revista Nature Ecology & Evolution. 

Ferraz fez, desde a extração do pó de osso, onde fica retido o material com DNA antigo, até a análise dos dados e a interpretação dos resultados.

O estudo, que teve como pesquisador sênior o arqueólogo do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP, André Menezes Strauss, e Tiago Ferraz, como primeiro autor, foi realizado em parceria com pesquisadores do Senckenberg Centre for Human Evolution and Palaeoenvironment da Universidade de Tübingen (Alemanha). 

“Esse é um trabalho que tem um papel institucional muito importante: é a primeira vez que uma equipe liderada por um brasileiro, que envolveu tantas instituições, conseguiu publicar um artigo de alto impacto na área da área arqueogenética”, diz Strauss.

A pesquisa baseou-se na extração do genoma de 34 amostras, com até 10 mil anos de idade, de quatro regiões diferentes da costa leste do Brasil, como dos sítios Cabeçuda, Capelinha, Cubatão, Limão, Jabuticabeira, Kaingang, Palmeiras Xingu, Pedra do Alexandre e Vau Una. Entre o material analisado, está Luzio, o esqueleto mais antigo de São Paulo, com cerca de 13 mil anos.

De acordo com André Strauss, a técnica, agora dominada pelos pesquisadores brasileiros, foi decisiva para decifrar um dos enigmas da arqueologia nacional: essas antigas populações costeiras que habitaram onde atualmente é o litoral brasileiro, chamados de sambaquieiros, ancestrais dos indígenas atuais, pertenciam a apenas um grupo biológico ou a dois ou mais povos distintos? 

“A análise genética mostrou que essa hipótese [de serem povos distintos], estava errada. Os dados genéticos mostram que eles descendem da mesma população ancestral, que povoa há 16 mil anos [onde hoje é o Brasil], assim como qualquer grupo indígena do Brasil ou da América”, destaca Strauss.

Uma das teorias, agora colocada em xeque pela arqueogenética, defendia que o continente havia sido colonizado por duas levas de Homo sapiens vindas da Ásia. A primeira onda migratória teria ocorrido há 14 mil anos, com indivíduos com morfologia não mongoloide, semelhante à dos atuais australianos e africanos, mas que aqui não teriam deixado descendentes. A segunda leva teria entrado há 12 mil anos e seus membros teriam o tipo físico característico dos asiáticos, dos quais os índios modernos derivariam.

O resultado do estudo recente, que utilizou o sequenciamento de DNA antigo, mostra, no entanto, que não houve duas migrações. “[Não houve migrações separadas da Ásia para cá], o que a gente tem são migrações intracontinentais: pessoal vem dos Andes para cá, vem da América do Norte, da América do Sul, mas esses são já processos locais. Essas grandes migrações, os dados genéticos, ao contrário do que se imaginava até agora, mostram que foi uma única migração da Ásia”, ressalta Strauss.

Treinado por dois anos no Instituto Max Planck, na Alemanha, referência mundial sobre DNA antigo, o pesquisador Tiago Ferraz agora espera que, até o final de 2023, o Laboratório de Arqueologia e Antropologia Ambiental e Evolutiva da USP, o 1º laboratório de arqueogenética do país, esteja totalmente em funcionamento. O espaço foi construído em colaboração com o Instituto Max Planck.

“Com auxílio deles, a gente conseguiu montar esse espaço. As amostras de DNA antigo são difíceis de serem extraídas porque elas demandam de uma estrutura física, um laboratório com pressão positiva, sem contato externo com DNA contaminante. É necessário um sistema rígido de processamento de amostras e descontaminação do material”, afirma.

O pesquisador diz que, com o laboratório funcionando em sua totalidade, o sequenciamento de DNA antigo poderá ocorrer no Brasil, sem depender de estruturas estrangeiras. “A gente está numa fase de adaptação de espaço, temos lidado com várias questões técnicas, burocráticas, para poder manter esse espaço funcionando de fato”, conta. “Estamos nos retoques finais para poder, enfim, inaugurar o espaço e trabalhar nele de fato. Ter uma rotina de trabalho mais intensa”. 

A intenção primeira, segundo o pesquisador, é capacitar pesquisadores locais para gerar dados arqueogenéticos in loco. “Já que a gente trouxe essa técnica para o Brasil, vamos implementar isso aqui, fazer de forma local, sequenciar os indivíduos, sequenciar o DNA antigo aqui no Brasil, treinar pessoas para trabalhar com isso e desenvolver esse grupo de pesquisa”.

Estudo foi feito com material biológico de escavações arqueológicas 

Prouni: termina hoje prazo para comprovar documentos

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Os estudantes classificados na lista de espera, para o segundo semestre de 2023, do Programa Universidade Para Todos (Prouni) têm até esta segunda-feira (28) para comprovar a documentação declarada durante a inscrição no processo de seleção para bolsas de estudo em cursos de graduação e sequenciais de formação específica. O resultado dos contemplados nesta etapa serão disponibilizados a partir desta terça-feira (29) e o prazo para emissão do Termo de Concessão de Bolsa termina no dia 6 de setembro.

A documentação precisa ser entregue diretamente na instituição de ensino selecionada pelo candidato no processo, de acordo com o previsto no edital. São documentos referentes à formação do ensino médio, pessoa com deficiência e formação para o magistério da educação básica.

Para o segundo semestre de 2023, o Ministério da Educação (MEC) disponibilizou, por meio do programa, 276.566, das quais 215.530 são integrais e 61.036 são parciais e cobrem 50% do valor da mensalidade dos cursos. O Prouni oferece bolsas integrais ou parciais de estudo em cursos de graduação e sequenciais de formação específica de instituições privadas de educação superior.

O resultado dos contemplados nesta etapa serão disponibilizados a partir desta terça-feira (29) 

Putin controla espólio militar e econômico do Grupo Wagner

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A suspeita morte do líder mercenário Ievguêni Prigojin foi antecedida por uma escalada na disputa dele com a cúpula da Defesa acerca das atividades de seu Grupo Wagner fora da Rússia -de onde havia sido banido após liderar um inédito motim contra os generais do presidente Vladimir Putin, no fim de junho.

Prigojin morreu na quarta (23), após o jato Embraer Legacy 600 em que estava cair abruptamente durante um voo entre Moscou e São Petersburgo, com um padrão que sugere uma violenta explosão a bordo ou uma improvável falha catastrófica em um modelo conhecido por alta confiabilidade.

Os dedos acusadores no Ocidente e mesmo entre apoiadores de Prigojin voltaram-se para Putin, que com sua autonomia de czar é visto como o início e o fim de qualquer crise na Rússia. O Kremlin classificou de mentira a ilação, amparada na longa lista de desafetos do presidente mortos de forma estranha ao longo dos anos, mas o cipoal de interesses do mercenário adensa o roteiro.

Desde o motim, Prigojin reuniu-se pelo menos uma vez com Putin, cinco dias após o fim da revolta. Ele se conheciam desde os anos 1990, e o empresário ganhou seu apelido de “chef de Putin”pelos serviços de alimentação prestados ao governo.

O Kremlin passou a lembrar que o Grupo Wagner, surgido em 2014, nunca teve existência legal na Rússia -apesar de ganhar do governo, segundo o presidente, US$ 1 bilhão anuais (cerca de R$ 5 bilhões) para suas atividades.

Mas nada se falou sobre as atividades externas do grupo, sua mina de ouro -em alguns casos, como no Mali, uma metáfora quase literal, dado que cerca de 2.000 soldados do grupo trabalham para o governo protegendo a extração do metal. Eles chegaram em 2021, chutando rivais franceses da função, e em troca o Wagner ganhou licenças próprias de mineração e exportação.

É um padrão nas operações nos sete países africanos em que é confirmada a presença do grupo, iniciada em 2018 no Sudão e na República Centro-Africana. No segundo país, o Wagner age como guarda pretoriana da elite, recebendo para tal permissões sobre minérios, madeira e até para produzir cerveja.

Até 2021, segundo uma investigação feita pelo jornal britânico Financial Times, gerou US$ 250 milhões (R$ 1,25 bilhão) em receitas para o grupo. Não é por acaso o olho gordo de atores russos desde que Prigojin assinou sua sentença de morte política ao desafiar Putin, ainda que seu alvo fosse o ministro Serguei Choigu (Defesa) e sua intenção de enquadrar os mercenários em ação na Ucrânia.

As desavenças entre ambos era públicas acerca do manejo do conflito, visto como desastroso pelo Wagner. Outros críticos, como o líder tchetcheno Ramzan Kadirov, contudo, recuaram do embate direto.

Segundo uma pessoa próxima da cúpula militar disse à Folha, a corrida agora é dupla. Primeiro, Putin quer asseverar controle total sobre os talvez 25 mil homens do Wagner -nada é certo sobre números da organização nebulosa de Prigojin, que mantém empresas para controle de fluxo de capital sob o radar nos Emirados Árabes Unidos e outros países sem sanções ocidentais devido à Guerra da Ucrânia.

Esse primeiro passo foi dado com o decreto segundo o qual todos os integrantes do Wagner têm de jurar fidelidade à Rússia, publicado no sábado (26). Aqui, é indiferente se alguém mandou matar Prigojin, ou mesmo quem foi: o recado é claro sobre lealdades e o que pode acontecer com quem as fere -qualquer que fosse o objetivo do motim, ele foi um desastre político para Putin.

Ele foi direcionado principalmente para os combatentes aninhados sob a ditadura aliada em Belarus, onde são um útil elemento de desestabilização para as fronteiras leste da Otan [aliança militar ocidental]. Repetindo o que vêm dizendo desde que os mercenários amotinados foram levados para lá como parte do acordo para o fim da crise, Polônia e Lituânia afirmaram que fecharão suas fronteiras se for detectado algum movimento do Wagner perto delas.

A segunda parte do jogo é mais complexa e já estava em curso, que é a disputa pelo espólio do mercenário. Uma vez proibido de atuar na Rússia como punição pela rebelião frustrada, Prigojin passou a dedicar-se a salvar seu império internacional, na aparência poupado por Putin.

Na aparência, pelo visto. Na véspera da queda do avião, o influente Iunus-Bek Ievkurov, 1 dos 10 ministros adjuntos da Defesa do país, fez uma inédita visita à conflagrada Líbia, onde a Rússia apoia a facção do senhor da guerra Khalifa Haftar há anos.

Até então, o serviço de Moscou era prestado pelo Wagner, que mantém 2.000 homens no país, inclusive com apoio de caças. Segundo o relato unânime na mídia árabe e russa, Ievkurov avisou que os mercenários sairiam do país até setembro e que forças regulares de Moscou os substituiriam.

Antes de voar para a Líbia, Ievkurov havia dado o mesmo recado ao ministro da Defesa da Síria, Ali Mahmoud Abbas. Putin interveio em 2015 na guerra civil local, salvando a ditadura amiga de Bashar al-Assad. As Forças Armadas já haviam expulsado o Wagner da sua base principal, o aeródromo de Hmeimin, e agora querem ver os mercenários longe do país.

O conhecido jornalista investigativo Andrei Zakharov disse no Telegram suspeitar que o mesmo será feito nos outros mercados do Wagner na África. O incômodo foi visível: o próprio Putin disse que Prigojin morreu após voltar de uma viagem ao continente, que observadores da cena russa disseram ter sido devido às movimentações de Ievkurov.

Além disso, há a questão da fortuna amealhada por Prigojin, que está dispersa em um pântano de offshores e empresas de fachada. Segundo Venda Flebab-Brown, diretora de Atores Armados Não Estatais do Instituto Brookings (EUA), só em contratos oficiais o Wagner ganhou ao longo de sua curta história US$ 20 bilhões (R$ 100 bilhões).

Mais um navio passa por bloqueio da Rússia no mar Negro

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em meio à negociação para a volta da Rússia ao acordo que permitia a exportação da produção ucraniana de grãos por um corredor no mar Negro, o segundo navio a deixar portos controlados por Kiev desde o fim do arranjo no mês passado passou sem incidentes pelo bloqueio das forças de Vladimir Putin na região.

A embarcação deixou Odessa no domingo (27) rumo à África, carregada com produtos de metalurgia, mas não grãos. Na semana retrasada, um navio com alimentos havia saído do porto, o maior do país invadido em 2022, para a Turquia.

O Kremlin minimizou o caso nesta segunda (28), dizendo não ter nada a ver com as discussões sobre o acordo de grãos. “A perspectiva para a renovação depende em o Ocidente cumprir sua promessa acerca dos produtos e fertilizantes da Rússia”, afirmou o porta-voz Dmitri Peskov.

A posição tem sido reafirmada por Putin, que considera insatisfeitas as contrapartidas para Moscou no arranjo mediado pela ONU e pelos turcos em julho de 2022, que foi vital para desarmar a bomba-relógio da inflação de alimentos que a guerra trouxe ao mundo.

Após o russo deixar o acerto, em 17 de julho, produtos como trigo e milho voltaram a subir, embora compensados por boas safras pelo mundo. Ainda assim, o Fundo Monetário Internacional prevê que, sem a volta dos grãos ucranianos, haja majoração de até 20% nos preços do setor.

A relativa calma no mar Negro, que voltou a ser um centro ativo da Guerra da Ucrânia a partir da saída da Rússia do acerto, também é vista na inatividade da frota de drones aquáticos de Kiev. O governo de Volodimir Zelenski havia declarado a região dos portos russos no mar Negro como “área de risco de guerra” e pedido para navios civis que transportam o vital petróleo de Moscou na região deixar a área.

Nada aconteceu desde o início do ultimato, no dia 23 passado. Kiev demonstrou que pode causar disrupção ao atacar um navio de guerra e um petroleiro russos, que foram danificados, logo depois de Putin começar a bombardear seus portos na esteira do fim do acordo.

Mas a certa inatividade, que claro pode acabar a qualquer momento, sugere avanço nas conversas de lado a lado. Isso ficou ainda mais claro ao longo da segunda, quando o partido do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, confirmou que o líder irá encontrar-se com Putin.

Em vez de uma viagem do russo a Ancara, capital de um membro da rival Otan (aliança militar ocidental), será o turco que visitará Putin no seu balnerário preferido, Sochi, no mar Negro -por sinal, um dos portos ameaçados por Kiev.

Na Ucrânia, os combates prosseguem. Kiev confirmou, pela terceira vez em uma semana, que tomou o vilarejo de Robotine, na região de Zaporíjia. A repetição da informação sugere a necessidade de divulgar boas notícias em meio à sua lenta contraofensiva, já vista como um potencial fracasso por aliados no Ocidente -salvo algum avanço decisivo, claro.

Os bombardeios russos também seguem, com uma fábrica de óleos vegetais e uma refinaria atingidas por mísseis à noite. Em todo o país, ao menos quatro pessoas morreram nesta segunda em decorrência de ataques. Já na Rússia, a ofensiva de drones ucranianos continua, com um aparelho derrubado perto de Moscou e outro, na região de Belgorodo (sul).

Brasil fez 206 transplantes de coração no primeiro semestre deste ano

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Com o caso do apresentador de televisão Fausto Silva, mais conhecido como Faustão, surgiu a dúvida sobre como funciona o sistema de transplantes de coração no Brasil e que ritmo assume. De acordo com o Ministério da Saúde, entre 19 e 26 de agosto, 13 transplantes desse tipo foram realizados em todo o país, dos quais sete ocorreram no estado de São Paulo.

Segundo informações do governo federal, no primeiro semestre deste ano, foram realizados 206 transplantes de coração no país. O total representa um aumento de 16% na comparação com a primeira metade de 2022.

Neste domingo (27), quando Faustão realizou o procedimento, no Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista, outro paciente que aguardava na fila também recebeu um coração. Ambos tiveram prioridade na lista de espera, tendo em vista o quadro de saúde que apresentavam. A fila é a mesma para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e pacientes que fazem atendimento pela rede privada.

Como critérios, leva-se em consideração, além da avaliação do estado de saúde do paciente, o tipo sanguíneo, a compatibilidade de peso e altura, a compatibilidade genética e outros mais específicos, como o de nível de gravidade, que varia conforme o órgão do corpo. Quando dois ou mais pacientes apresentam condições parecidas, o que serve de critério de desempate é a ordem de chegada.

Conforme destaca o Ministério da Saúde, o Brasil tem o maior sistema público de transplantes de órgãos no mundo. “A estrutura é gerenciada pelo Ministério da Saúde, que assegura que cirurgias de alta complexidade sejam realizadas para pacientes da rede pública e privada, em situação de igualdade. Os pacientes, por meio do SUS, recebem assistência integral, equânime, universal e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante”, acrescenta a pasta.

Segundo informações do governo federal, no primeiro semestre deste ano, foram realizados 206 transpl… 

Julgamento de Trump por tentativa de anular eleição é marcado para 2024

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Justiça dos Estados Unidos agendou nesta segunda-feira (28) o julgamento do ex-presidente Donald Trump pela tentativa de anular as eleições de 2020, que elegeram Joe Biden. A audiência acontecerá em 4 de março de 2024.

Audiência foi marcada para dia antes da “Super Terça”, como é chamada a terça-feira do período eleitoral em que mais estados decidem, em eleições primárias, quais serão os candidatos presidenciais.

Trump é o principal nome do Partido Republicano para a decisão do ano que vem.

Na semana passada, ex-presidente foi detido e fichado por tentativa de obstrução das eleições. Ele pagou fiança de US$ 200 mil (equivalente a R$ 1 milhão) e foi liberado cerca de 10 minutos depois.

Naufrágios próximos à Grécia matam 5 migrantes, incluindo crianças e bebê

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma mulher e quatro crianças migrantes, incluindo um bebê de 11 meses, morreram nesta segunda (28) em dois naufrágios na Grécia, país que registra aumento da chegada de pessoas em situação irregular.

O primeiro naufrágio aconteceu durante a madrugada perto da ilha de Samos, no mar Egeu. O porta-voz do governo grego, Pavlos Marinakis, disse que socorristas da Guarda Costeira foram acionados e resgataram 37 pessoas, além do corpo de uma mulher.

Horas mais tarde, guardas em outra patrulha localizaram e resgataram 22 migrantes próximos da ilha de Lesbos. Em comunicado, a polícia portuária disse que quatro pessoas morreram no segundo naufrágio. As vítimas são quatro crianças, incluindo um bebê de 11 meses.

Autoridades gregas registram este ano aumento no número da entrada de migrantes em situação irregular. Segundo a emissora estatal ERT, com base em dados do governo, 1.100 pessoas chegaram ao país pelo mar em agosto, contra 789 em julho e 608 em junho. No total, 10.790 migrantes e refugiados chegaram às costas gregas desde janeiro, contra 5.216 no mesmo período do ano passado.

O naufrágio com o maior número de mortes aconteceu em junho, quando ao menos 82 pessoas morreram perto da península grega de Peloponeso, no incidente mais mortal do tipo registrado pelo país desde 2016. No mês seguinte à tragédia, uma investigação independente apontou que o incidente pode ter sido provocado por uma operação malsucedida da Guarda Costeira local para rebocar o barco.

A Grécia é acusada com frequência de rejeitar a presença de barcos com migrantes. Vídeos que vieram à tona em maio mostraram autoridades gregas deixando 12 migrantes africanos, entre os quais crianças, em um bote salva-vidas em alto mar, configurando uma deportação extrajudicial que viola leis internacionais e regras da União Europeia, bloco ao qual o país pertence.

A Grécia é uma das principais rotas de entrada na União Europeia para refugiados e migrantes do Oriente Médio, da Ásia e da África. Muitos dos migrantes se arriscam em trajetos próximos às ilhas Cíclades e à região de Peloponeso para evitar as patrulhas no mar Egeu, mais ao norte.

Cerca de 72 mil migrantes chegaram pelo mar neste ano a Itália, Espanha, Grécia, Malta e Chipre, segundo dados da ONU. De acordo com a organização, a maior parte desembarcou em território italiano. Muitos depois tentam entrar em países mais ricos do continente usando redes de contrabandistas. Nas águas do Mediterrâneo central, mais de 20 mil migrantes morreram ou desapareceram desde 2014, segundo o Projeto de Migrantes Desaparecidos da Organização Internacional para as Migrações, um braço da ONU.