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Governo anuncia ampliação de programa pé-de-meia para 1,2 milhão de estudantes

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O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou nesta sexta, 2, a ampliação do programa Pé de Meia, de garantia de frequência escolar. Em solenidade no Ceará, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro falou em 1,2 milhão de novas vagas no programa. Não foi divulgado o custo total da expansão. O programa paga por ano dez parcelas de R$ 200 para estudantes de baixa renda que não deixarem o ensino médio, que podem ser sacados a qualquer momento.

Além disso, há um depósito de R$ 1 mil por ano que só pode ser retirado depois da formatura. Ou seja, seriam R$ 3 mil por ano por estudante. Considerando o custo por beneficiário e o número de novas vagas anunciadas, 1,2 milhão, essa expansão custaria mais de R$ 3,6 bilhões anuais. Mas o valor deve ser maior porque também há um adicional de R$ 200 pela participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Ampliação

Lula afirmou na semana passada que vai propor ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que a renegociação da dívida dos Estados inclua a criação de versões estaduais do Pé de Meia. “É uma forma de os Estados pagarem o que devem, para complementar os estudantes que não são contemplados pelo CadÚnico (cadastro social, uma exigência para participar do programa). É um jeito bom de gastar dinheiro, investindo na educação desse País.”

São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Goiás lideram a lista dos maiores devedores à União. E há mobilização no Congresso para uma renegociação.

Inicialmente, o Pé de Meia deu prioridade a jovens beneficiários do Programa Bolsa Família e alcançou mais de 2,4 milhões de estudantes. O orçamento inicial do programa era de R$ 7,1 bilhões anuais.

Objetivos

Conforme o governo, com incentivo à permanência escolar, o objetivo é reduzir a desigualdade social entre os jovens do ensino médio, além de promover mais inclusão social pela educação, estimulando a mobilidade social. Nenhum estudante precisa se cadastrar para receber o Pé de Meia, basta estar regularmente matriculado no ensino médio das redes públicas, ter entre 14 e 24 anos e ser integrante de famílias inscritas no CadÚnico.

O valor é depositado em contas digitais abertas automaticamente pela Caixa Econômica Federal, nos nomes dos próprios estudantes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Governo anuncia ampliação de programa pé-de-meia para 1,2 milhão de estudantes

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O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou nesta sexta, 2, a ampliação do programa Pé de Meia, de garantia de frequência escolar. Em solenidade no Ceará, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro falou em 1,2 milhão de novas vagas no programa. Não foi divulgado o custo total da expansão. O programa paga por ano dez parcelas de R$ 200 para estudantes de baixa renda que não deixarem o ensino médio, que podem ser sacados a qualquer momento.

Além disso, há um depósito de R$ 1 mil por ano que só pode ser retirado depois da formatura. Ou seja, seriam R$ 3 mil por ano por estudante. Considerando o custo por beneficiário e o número de novas vagas anunciadas, 1,2 milhão, essa expansão custaria mais de R$ 3,6 bilhões anuais. Mas o valor deve ser maior porque também há um adicional de R$ 200 pela participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Ampliação

Lula afirmou na semana passada que vai propor ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que a renegociação da dívida dos Estados inclua a criação de versões estaduais do Pé de Meia. “É uma forma de os Estados pagarem o que devem, para complementar os estudantes que não são contemplados pelo CadÚnico (cadastro social, uma exigência para participar do programa). É um jeito bom de gastar dinheiro, investindo na educação desse País.”

São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Goiás lideram a lista dos maiores devedores à União. E há mobilização no Congresso para uma renegociação.

Inicialmente, o Pé de Meia deu prioridade a jovens beneficiários do Programa Bolsa Família e alcançou mais de 2,4 milhões de estudantes. O orçamento inicial do programa era de R$ 7,1 bilhões anuais.

Objetivos

Conforme o governo, com incentivo à permanência escolar, o objetivo é reduzir a desigualdade social entre os jovens do ensino médio, além de promover mais inclusão social pela educação, estimulando a mobilidade social. Nenhum estudante precisa se cadastrar para receber o Pé de Meia, basta estar regularmente matriculado no ensino médio das redes públicas, ter entre 14 e 24 anos e ser integrante de famílias inscritas no CadÚnico.

O valor é depositado em contas digitais abertas automaticamente pela Caixa Econômica Federal, nos nomes dos próprios estudantes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Thomas Bach diz que discurso de ódio contra boxeadoras é ‘totalmente inaceitável’

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O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou neste sábado que o “discurso de ódio” dirigido às boxeadoras Imane Khelif e Lin Yu-Ting na Olimpíada de Paris é “totalmente inaceitável”. “Não participaremos de uma guerra cultural politicamente motivada”, disse Bach em entrevista coletiva.

Imane Khelif, da Argélia, e Lin Yu-ting, de Taiwan, tiveram sua identidade de gênero questionada após acusações, feitas nas redes sociais, de que elas eram mulheres trans. No Mundial de Boxe de 2023, na Índia, Imane Khelif e Lin Yu-ting foram desclassificadas pela Associação Internacional de Boxe (IBA) após a realização de testes de DNA. O presidente da entidade, Igor Kremlev, disse que “elas tinham cromossomos XY (que determina o sexo masculino)”.

“Temos duas boxeadoras que nasceram mulheres, que foram criadas como mulheres, que têm passaporte de mulher e competiram durante muitos anos como mulheres”, afirmou Bach. “Alguns querem ter uma definição de quem é mulher.”

Intersexo são pessoas que nasceram com características que não se enquadram nas normas médicas para corpos do sexo feminino ou masculino (cromossomos, órgãos genitais, hormônios). Transgênero são aqueles que não se identificam com o gênero designado ao nascer, baseado no sexo biológico (masculino ou feminino).

O COI já havia se manifestado sobre a legitimidade da participação das atletas na Olimpíada francesa e questionou a decisão da IBA e o teste aplicado nas boxeadoras. Em documento oficial, o órgão explicou que as regras aplicadas para os Jogos de Paris foram as mesmas utilizadas nas competições anteriores e nas classificatórias para a Olimpíada, o que ratifica a participação da dupla na competição.

Imane Khelif e Lin Yu-ting não conquistaram medalha no torneio olímpico de boxe nos Jogos de Paris.

Thomas Bach diz que discurso de ódio contra boxeadoras é ‘totalmente inaceitável’

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O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou neste sábado que o “discurso de ódio” dirigido às boxeadoras Imane Khelif e Lin Yu-Ting na Olimpíada de Paris é “totalmente inaceitável”. “Não participaremos de uma guerra cultural politicamente motivada”, disse Bach em entrevista coletiva.

Imane Khelif, da Argélia, e Lin Yu-ting, de Taiwan, tiveram sua identidade de gênero questionada após acusações, feitas nas redes sociais, de que elas eram mulheres trans. No Mundial de Boxe de 2023, na Índia, Imane Khelif e Lin Yu-ting foram desclassificadas pela Associação Internacional de Boxe (IBA) após a realização de testes de DNA. O presidente da entidade, Igor Kremlev, disse que “elas tinham cromossomos XY (que determina o sexo masculino)”.

“Temos duas boxeadoras que nasceram mulheres, que foram criadas como mulheres, que têm passaporte de mulher e competiram durante muitos anos como mulheres”, afirmou Bach. “Alguns querem ter uma definição de quem é mulher.”

Intersexo são pessoas que nasceram com características que não se enquadram nas normas médicas para corpos do sexo feminino ou masculino (cromossomos, órgãos genitais, hormônios). Transgênero são aqueles que não se identificam com o gênero designado ao nascer, baseado no sexo biológico (masculino ou feminino).

O COI já havia se manifestado sobre a legitimidade da participação das atletas na Olimpíada francesa e questionou a decisão da IBA e o teste aplicado nas boxeadoras. Em documento oficial, o órgão explicou que as regras aplicadas para os Jogos de Paris foram as mesmas utilizadas nas competições anteriores e nas classificatórias para a Olimpíada, o que ratifica a participação da dupla na competição.

Imane Khelif e Lin Yu-ting não conquistaram medalha no torneio olímpico de boxe nos Jogos de Paris.

Corinthians fica longe de Michael e tenta alternativas para ter equatoriano

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LUCAS MUSETTI PERAZOLLI
SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Corinthians pensa em alternativas para trazer o atacante equatoriano Gonzalo Plata, do Al-Sadd.

 

Longe de Michael, do Al-Hilal, o Corinthians negocia por Gonzalo Plata, mas ainda não teve avanço significativo com o Al-Sadd. As conversas continuam.

O Timão entende que Michael pede muito alto para voltar ao Brasil e vê Plata mais perto, principalmente pela pedida salarial dentro do atual patamar financeiro.

O Corinthians ofereceu 8 milhões de dólares (R$ 45 mi) parcelados, proposta que não animou o clube do Qatar. Entre Timão e Plata, está tudo certo.
O Al-Sadd pagou 12 milhões de dólares (R$ 68 mi) para tirar Plata do Valladolid (ESP) há um ano e quer recuperar o investimento.

A ideia do Corinthians é convencer o clube com um bônus por metas alcançadas e manutenção de parte dos direitos econômicos pensando numa revenda no futuro.

Apesar da diferença de valores, o Corinthians tem dois trunfos: o Al-Sadd quer vender e Plata quer o Corinthians.

Novo técnico do Al-Sadd, Félix Sánchez Bas afastou Plata por indisciplina na seleção do Equador e não quer a permanência do atacante de 22 anos.
Gonzalo também deseja sair e se animou com interesse do Alvinegro. Recentemente, ele até postou foto de um livro português para cativar a torcida do Corinthians.

O UOL entrou em contato com Plata, que evitou dar detalhes, mas admitiu a ansiedade por uma resolução positiva com o clube do Parque São Jorge.
Atacante canhoto, ele tem características que o Corinthians busca no mercado e é bem avaliado pelos analistas desde o início do ano. O técnico Ramón Díaz aprovou a negociação.

Hospitais brasileiros têm aumento de bactérias super-resistentes

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Um novo estudo da Associação Fundo de Incentivo à Pesquisa (Afip) detectou o aumento da presença de micro-organismos super-resistentes a antibióticos em pacientes de hospitais brasileiros. De 71.064 amostras coletadas nas unidades de saúde em 2023, 6,5% testaram positivo para as bactérias pesquisadas.

Em 2022, quando foram avaliadas 58.065 culturas de vigilância, a taxa de positividade foi de 6%, segundo o levantamento, apresentado nesta semana no congresso da Associação para Diagnósticos e Medicina Laboratorial (ADLM, na sigla em inglês), em Chicago.

A pesquisa também revelou uma mudança entre os micro-organismos mais comuns. Em 2022, entre as amostras positivas, espécies do gênero Klebsiella representaram 60,5%, seguidas por bactérias dos gêneros Enterococcus (16%) e Acinetobacter (13,6%). Já em 2023, espécies de Klebsiella corresponderam a 53,1% das amostras positivas. Em seguida, vieram Acinetobacter (24,1%) e Enterococcus (10%). “O Acinetobacter baumannii não era o segundo patógeno mais recorrente, ele era o quarto ou quinto”, afirma Jussimara Monteiro, gerente do Núcleo de Apoio ao Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da Afip e líder do estudo. Em 2020, por exemplo, o gênero correspondia a 4,3% das amostras com micro-organismos resistentes.

Segundo Monteiro, a mudança pode estar relacionada ao uso indiscriminado de antibióticos durante a pandemia de covid-19, quando alguns medicamentos, como a azitromicina, foram incorporados ao “kit covid” e recomendados a pacientes independentemente da presença de infecção bacteriana. Faltam, porém, mais estudos para corroborar essa hipótese.

Popularmente chamados de superbactérias, esses micro-organismos são resistentes a três ou mais classes de antibióticos. Por isso, causam infecções difíceis de serem controladas. Monteiro afirma, no entanto, que os resultados não são motivo para alarde, pois não tratam da incidência de infecções por superbactérias, e sim da colonização por esses micro-organismos resistentes.

Em outras palavras, estão presentes no organismo de pacientes dentro do ambiente hospitalar, mas não necessariamente causando quadro infeccioso. É como se estivéssemos olhando para a base de um iceberg e não para o cume, que seriam as infecções de fato, exemplifica a pesquisadora. Para ela, o mapeamento feito nos hospitais brasileiros fornece dados para a cultura de vigilância no País, que consiste em entender a dinâmica de colonização desses micro-organismos e elaborar um conjunto de instruções a serem seguidas para cortar o ciclo de reprodução. Com isso, é possível evitar que a colonização evolua para infecções.

Entre as medidas cabíveis estão a coleta periódica de amostras de pacientes em situação de risco e o isolamento daqueles com resultados positivos para algum micro-organismo resistente. “Tem hospital que é porta fechada, que só recebe paciente que vem de outros hospitais. Ele já faz uma cultura de vigilância na hora em que o paciente entra, para saber se ele está carregando alguma bactéria muito resistente”, afirma.

No Brasil, o projeto BR-Glass, do Ministério da Saúde, recebe as informações sobre bactérias resistentes a antibióticos recolhidas pelos hospitais.

Alerta da OMS

Nesta quinta, 1º, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um comunicado sobre a situação de uma bactéria, a Klebsiella pneumoniae hipervirulenta, assim chamada por ser mais agressiva do que outras. O documento mapeia as regiões e países em que a bactéria foi encontrada. Dos 43 países que forneceram informações para a OMS, 16 relataram a presença do micro-organismo – o Brasil não está entre eles.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Beatriz Tavares e Lucas Verthein terminam na 15ª posição no single skiff do remo

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Os remadores Beatriz Tavares e Lucas Verthein terminaram na 15ª colocação no single skiff na Olimpíada de Paris. Neste sábado, eles disputaram a final C, que define a classificação de 13º a 18º, e ambos terminaram a série na terceira colocação.

Em sua primeira participação olímpica, Beatriz Tavares completou os 2.000 metros em 7min31s31, mais de cinco segundo mais lenta do que a sérvia Jovana Arsic, que fez 7min26s09, venceu a final C e terminou os Jogos na 13ª colocação. A brasileira, de 29 anos, chegou a ocupar a segunda posição na marca dos 1.000m após passar em terceiro os 500m, mas foi ultrapassada justamente por Arsic e depois manteve o posto até o final.

Após o 12º lugar nos Jogos de Tóquio, em 2021, Lucas Lucas Verthein tinha planos de melhorar sua colocação em Paris. Depois de fazer o melhor tempo nas semifinais C/D, o brasileiro chegou a ocupar segunda colocação na final C e passou os 1.500m com 22 centésimos de vantagem sobre o búlgaro Kristian Vasilev.

Na parte final da prova, porém, o brasileiro não conseguiu acompanhar o ritmo do rival, que fechou a prova com 6min44s61. Verthein foi pressionado pelo húngaro Bendeguz Pal Petervari Molnar, mas conseguiu fechar na terceira posição, com 6min47s37 contra 6min47s81. O vencedor foi o americano Jacob Plihal, com 6min41s97.

Encerrada sua participação nos Jogos de Paris, o remador agora torce pela namorada, a canoísta Ana Sátila, que disputa o caiaque cross neste sábado.

Inglaterra: mergulhador descobre canhão de bronze em destroços de naufrágio de 1665

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Um canhão de bronze foi encontrado nos destroços de um navio de guerra que foi destruído por uma explosão de pólvora e afundou em 1665, em Londres, na Inglaterra. A descoberta foi feita por Steve Ellis, um dos mergulhadores licenciados da Historic England, que tem mergulhado nos últimos 14 anos no local do naufrágio no estuário do Tâmisa, ou seja, onde o rio encontra as águas do Mar do Norte, perto de uma movimentada rota de navegação. As informações são do The Independent.

Segundo o jornal britânico, o navio London, do século XVII, fazia parte de um comboio enviado em 1660 para resgatar Carlos II da Holanda e restaurá-lo ao trono. Seu naufrágio protegido, de duas partes, fica perto do Píer Southend, no condado de Essex, e o canhão foi descoberto enterrado com lodo e argila no fundo do mar.

“Foi muito emocionante ver o canhão emergir do fundo do mar depois de muitos anos de mergulho no local”, disse Ellis, que afirmou que a descoberta lança nova luz sobre suas teorias sobre como o navio pode ter explodido e como ele foi parar em duas partes no fundo do mar.

O London foi construído no estaleiro Chatham Historic, em Kent, no sudeste da Inglaterra, entre 1654 e 1656, durante um período de grande agitação política após a Guerra Civil Inglesa (1642-1648) e a Primeira Guerra Anglo-Holandesa (1652-1654). Acredita-se que o canhão recém-descoberto seja um semi-canhão de tamanho médio da Commonwealth, de 2,4 metros por 15 centímetros, fundido por George Browne por volta de 1656 a 1657, aponta o The Independent.

De acordo com a reportagem, o canhão faz parte de um conjunto feito para o London, colocado no convés de armas inferior do navio. Esse tipo de canhão é menor que um canhão comum de 19 kg. Na época do seu naufrágio, o London era um dos quatro navios da marinha inglesa a ter um conjunto completo de 76 canhões de bronze.

Cada carruagem de armas teria sido única porque as armas do London não eram padronizadas e eram originárias de diferentes países e diferentes períodos da história naval. Canhões grandes eram escassos e caros de fabricar, exigindo quantidades significativas de bronze ou ferro e fundição individual – por isso, canhões capturados de navios inimigos e de outros naufrágios ou navios desativados eram frequentemente usados para ajudar a equipar novos navios de guerra, como o London. Com base em documentos históricos e registros modernos, estima-se que cerca de 41 dos 76 canhões que afundaram com o navio de guerra foram recuperados.

Investigação

Duncan Wilson, presidente-executivo da Historic England, disse que a descoberta ajudará a entender melhor os tipos de canhões a bordo do London quando ele explodiu em 1665. “Eles não eram todos iguais, pois alguns foram capturados de navios inimigos, então há uma história complexa para desvendar aqui”, explicou. “Nossos mergulhadores licenciados desempenham um papel importante na investigação e monitoramento de nossos naufrágios protegidos no mar, garantindo que eles estejam lá para as gerações futuras aprenderem e aproveitarem”, acrescentou.

O The Independent explica que a Historic England concede licenças para Sítios de Naufrágios Protegidos em nome do Secretário de Estado da Cultura, Mídia e Esporte. A visibilidade no estuário do Tâmisa costuma ser extremamente ruim – às vezes, de menos de meio metro – então as condições tinham que ser perfeitas para que o canhão ficasse exposto de repente em meio à argila.

O jornal britânico destaca que o trabalho no local é particularmente desafiador devido ao ambiente altamente sujeito a marés e à localização do naufrágio próximo a uma movimentada rota de navegação, por onde passam regularmente grandes navios de carga. “Por mais de uma década, suspeitamos que alguns dos canhões a bordo do London ainda estavam no fundo do mar e agora Steve e sua equipe provaram isso”, disse Mark Beattie-Edwards, presidente-executivo da Sociedade de Arqueologia Náutica.

Beattie-Edwards diz que a descoberta demonstra o quão culturalmente rico é o naufrágio e, com o local sendo ativamente corroído, o potencial para novas descobertas semelhantes permanece sempre presente. O canhão agora está sendo incluído no programa de marcação forense da Historic England, que usa a mais recente tecnologia de marcação de proteção subaquática para deter ladrões.

Mark Harrison, chefe de crimes patrimoniais da Historic England, disse que a marcação protetora deste canhão atuará como um claro impedimento para aqueles que buscam remover ilegalmente material histórico de Sítios de Naufrágios Protegidos. “As novas marcações darão à polícia a capacidade de vincular o infrator à cena do crime e implementar procedimentos criminais”, afirmou.

Flamengo explica negociação com Gabigol: ‘Como assinar por 5 anos com desempenho inferior?’

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O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, reuniu-se com o grupo “Advocacia Rubro-Negra”, nesta sexta-feira, em uma churrascaria na zona sul do Rio de Janeiro, e, entre outros assuntos, foi questionado sobre o impasse em relação à renovação contratual do atacante Gabigol. O dirigente explicou que compreende a condição de ídolo do jogador, mas que sua queda de rendimento no último ano inviabiliza a extensão do contrato por longo prazo, como deseja o atleta. E que não vai comprometer as finanças do clube para segurá-lo.

“O grande problema é que, em 2023, o desempenho técnico dele foi muito inferior em relação aos anos anteriores e ele quer um contrato de cinco anos”, afirmou Landim. “A responsabilidade é minha, vou assinar um contrato com o Gabigol de cinco anos com ele tendo um desempenho muito inferior ao que ele teve nos primeiros anos de Flamengo? Eu sei que a gente mexe com o lado da idolatria do jogador, o torcedor fica irado, mas não é ele que faz as contas do clube, não é ele que tem que pagar o salário até o fim do ano”, comentou.

Segundo o presidente rubro-negro, o clube aguarda a resposta a uma proposta de renovação por um ano, o que incomodou o empresário do atacante. Com o encerramento do vínculo atual em dezembro deste ano, Gabigol já pode assinar com outro clube e aparece nos planos de Palmeiras e Corinthians. Landim admitiu que esse impasse cria um desgaste com o torcedor, mas que vai tomar a decisão que julga melhor para o clube.

“Dizer para mim que Gabigol foi importante para a história do Flamengo, vocês estão pregando para convertido, estou convicto disso. O problema, como gestor, é que a sua tomada de decisão é em cima da perspectiva que você vai ter. Não estou sentado naquela cadeira para tomar decisão em cima de gratidão”, afirmou. “Meu papel, na verdade, é o seguinte: ele está pedindo isso. Se eu tiver que pagar isso para ele, será que tem outro jogador que poderia ter melhor desempenho?”

Na última quarta-feira, antes da vitória do Flamengo sobre o Palmeiras, por 2 a 0, no Maracanã, o abraço do jogador na mandatária palmeirense Leila Pereira chamou a atenção. Em maio, Gabigol causou polêmica ao vestir a camisa do Corinthians durante folga em sua residência. Embora o Flamengo acredite na renovação, os dois clubes demonstraram interesse em contar com seu futebol no próximo ano.

Quem é Chappell Roan, nova diva pop e voz influente na comunidade LGBTQIA+

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LUÍSA MONTE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Talvez você nunca tenho ouvido falar de Chappell Roan, mas é possível que tenha lido alguma coisa sobre ela ou escutado seu maior hit, “Good luck, babe!”. Bem possível. A canção está em 5º lugar na lista das mais tocadas no mundo no Spotify. Chappel foi apontada como “o futuro da música” pelo New York Times.

 

A canção, que fala sobre aceitar de uma vez o amor lésbico, é de autoria desta mulher queer de 26 anos, que vem conquistando o mundo pop e gerando polêmica com suas performances repletas de teatralidade e estética drag queen.

“Red Wine Supernova”, “Pink Pony Club” e “HOT TO GO” são mais alguns sucessos de Chappell, que se descreve como “a artista preferida da sua artista preferida” –uma frase que sugere modéstia ou a absoluta falta dela?

Kayleigh Rose Amstutz (como consta na certidão de nascimento), é natural de Willard, uma cidadezinha com menos de dez mil habitantes cafundós do estado de Missouri, nos EUA. Ela escolheu este nome artístico em homenagem ao avô, que tinha “The Strawberry Roan”, de Marty Robbins, como música preferida.

Suas inspirações na música? Lady Gaga, Katy Perry, Lana Del Rey, Lorde… e Pabllo Vittar. Apesar de toda a admiração que ela declara, os fãs desses artistas lutam com unhas e dentes contra qualquer ameaça ao sagrado nome de seus ídolos. E é por isso que Chappell já foi motivo de polêmica com brasileiros, fãs de Pabblo.

A carreira de Chappell começa aos 19 anos, em 2017, com o lançamento da música “Die Young”. Um ano depois ela se mudou para Los Angeles com os pais e deixou aflorar sua identidade queer, ao ser acolhida pela comunidade de drag queens de West Hollywood. Foi lá também que ela começou a trabalhar com o produtor Dan Nigro, o mesmo de Olivia Rodrigo, de quem Chappell viria a abrir shows da turnê Guts, alguns anos depois.

No início de 2021, o sucesso de “Drivers License”, de Olivia, quase atrapalhou Roan. Enquanto Nigro focava no álbum “Sour” com ela, Chappell precisou voltar para Missouri e fazer sua música de forma independente, enquanto trabalhava em um drive-thru.

Após a breve pausa, ela voltou a LA e lançou uma série de músicas. Acabou conseguindo fazer com que seu produtor preferido lhe desse mais uma chance, e seu álbum de estreia, “The Rise and Fall of a Midwest Princess”, foi lançado pela Island Records em 2023.

Dados do Google Trends mostram que o interesse por Chappell nos EUA começou a crescer neste ano de 2024 e atingiu o pico de buscas em junho por conta da sua participação no popularíssimo programa de Jimmy Fallon, na TV americana.

No TikTok, viralizou um corte da entrevista em que ela faz uma referência à drag Sasha Colby, sua inspiração e dona da frase “a drag queen favorita da sua drag queen favorita”. A publicação acumula 21,6 milhões de visualizações, sendo um dos posts recentes mais vistos no perfil do programa.

Para além dos trajes provocativos, Roan mostra que suas atitudes importam. Ao ser convidada para se apresentar em um evento do Orgulho LGBTQIAP+ na Casa Branca, ela recusou. Ao participar do festival Governors Ball, vestida de Estátua da Liberdade e fumando um cigarro, ela mandou um recado ao Governo: “Queremos justiça e liberdade para todos. Quando vocês fizerem isso, eu irei”.

CHAPPELL ROAN E PABBLO VITTAR
No Brasil, o Google Trends mostra que a cantora também começou a ser popular neste ano e um dos principais assuntos relacionados a ela é o tema drag queen. Muito disso está relacionado à treta criada por fãs de Pabllo travaram nas redes sociais.

Em entrevista à Billboard Brasil, Chappel falou sobre sua admiração pela drag brasileira: “Eu amo a Pabllo Vittar. Ela foi a primeira que encontrei [na música brasileira]. Eu a sigo [nas redes sociais] há muitos e muitos anos”. Apesar disso, fãs questionam seu sucesso, já que, segundo eles, seria “mais fácil” para ela, uma mulher cis, fazer sucesso como drag queen.

Chappell alcançou recordes inéditos para uma drag, como o top 5 na Billboard 200. Pabllo Vittar também ostenta grandes marcas, chegando ao top 15 global do Spotify com “Alibi”. No X, internautas se dividem entre defender uma das partes ou celebrar que duas figuras da cultura drag e da comunidade LGBTQIA+ estão fazendo sucesso e aumentando a diversidade na música.

Estados Unidos encaram campanha decepcionante na natação nos Jogos de Paris

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Primeira mulher negra a conquistar uma medalha de ouro olímpica individual na história da natação, a velocista Simone Manuel não conseguiu vaga nem entre as 16 melhores dos 50m livre e escreveu mais um capítulo da decepção dos EUA na piscina da Arena La Defense nos Jogos de Paris.

Campeã nos 100m livre nos Jogos do Rio-2016, Manuel registrou apenas o 18º tempo nas eliminatórias da prova mais rápida da natação neste sábado. Ela marcou 24s87, bem distante de seu melhor tempo: 23s97. Ela ficou a 15 centésimos da marca que avançou às semifinais e mais de segundo da sueca Sarah Sjöström, a favorita ao ouro e mais rápida das eliminatórias (23s85).

A americana saiu furiosa da área de competição e passou direto pelos repórteres. Solicitada a parar para uma entrevista, ela respondeu um seco “não” e seguiu em frente.

Os Estados Unidos entraram no penúltimo dia de disputas da natação com 21 medalhas, mas apenas 4 ouros, um desempenho que muito aquém das expectativas do país dominante na natação. Nos Jogos de Tóquio, em 2021, foram 30 pódios no total com 11 ouros, marcas que dificilmente serão igualadas em Paris.

Assim como Simone Manuel, outras estrelas ficaram pelo caminho em alguns dos seus melhores eventos. Caeleb Dressel, que brilhou intensamente nos Jogos de Tóquio, com cinco medalhas de ouro, parou nas semifinais dos 100m borboleta, prova em que é recordista olímpico e mundial, e caiu no choro ao deixar a área de competição. Nos 50m livre, em que também defendia o título olímpico, o velocista terminou na sexta colocação.

Ryan Murphy, campeão nos Jogos do Rio-2016 nos 100m e 200m costas e prata (200m) e bronze (100m) no Japão, conseguiu o bronze nos 100m costas em Paris e foi eliminado nas semifinais dos 200m.

Fogo no pantanal se espalha por fazendas de Corumbá (MS) após acidente de caminhão; veja fotos

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LALO DE ALMEIDA E JORGE ABREU
CORUMBÁ, MS, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Incêndios de grandes proporções se alastram no pantanal sul-mato-grossense, de Aquidauana (MS) até a fronteira com a Bolívia. Em uma das áreas mais atingidas, no distrito de Nhecolândia, em Corumbá (MS), um caminhão pegou fogo após atolar em uma área de lama e mata seca. O incidente foi registrado em vídeo (assista abaixo).

 

Há uma semana, as chamas oriundas do veículo se espalham pela vegetação, invadem fazendas e queimaram até agora cerca de 80 mil hectares (área maior que o Distrito Federal), segundo o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul. A causa do incêndio no caminhão está em investigação.

O coronel Adriano Noleto Rampazo, subcomandante geral do Corpo de Bombeiros, afirma que o incêndio logo tomou grandes proporções, devido à seca somada à força dos ventos na região, que chegam a ter rajadas de 60 km/h, o que tem impossibilitado o combate direto desde então.

“Tivemos mais focos de calor antes do início da temporada. Mas, na medida do possível, estamos controlando. Temos sete aeronaves contratadas, mais a nossa aeronave, todas de combate a incêndio. Helicóptero também. Além de viaturas, caminhões, caminhonetes e embarcações, estamos com uma estrutura grande”, diz o militar.

Um santuário de onças-pintadas e a Estância Caiman, na Reserva Natural Santa Sofia, são algumas das propriedades atingidas pelo fogo nos últimos dias. Também foram alvos as fazendas Paraíso, Tupaceretã e Porto do Ciríaco, na região da Nhecolândia, entre outras. Nesta quinta (1º) e sexta-feira (2), a Folha percorreu áreas críticas próximas a esses locais.

De acordo com a ONG SOS Pantanal, o fogo voltou forte em algumas regiões do bioma após a recente e efêmera frente fria que passou pelo Brasil. A alta temperatura reacendeu focos extintos, assim como trouxe outros novos.
“Desde o primeiro dia desse incidente [com o caminhão], estamos operando em nove frentes. Esse fogo atingiu sete fazendas da região da Nhecolândia e continua se propagando em algumas regiões sem controle”, diz Leonardo Gomes, diretor-executivo da SOS Pantanal, em vídeo publicado nas redes sociais da organização.

A temporada de seca ainda não chegou no seu auge, ressalta a ONG, por isso a situação crítica pode se manter no próximos meses. Tradicionalmente, o pico das queimadas no pantanal ocorre em setembro, mas, em 2024, a temporada de fogo está antecipada.

Na área mais crítica da Nhecolândia, onde há uma concentração maior de pessoal e maquinário neste momento, o acesso aos locais em chamas é o principal desafio, conta Gustavo Figueiroa, biólogo e porta-voz da SOS Pantanal, que atua nas ações da força-tarefa.

“A percepção é que o fogo está espalhando muito rápido. Mesmo com várias equipes em campo aqui, é difícil controlar todas as frentes porque espalham várias frentes novas. Os principais desafios são o calor e a logística. É muito complicado chegar na linha do fogo. São muitas horas de carro, um terreno muito difícil de acessar. Os carros atolam, é bem complicado”, relata à Folha.

A integração de combate aos incêndios conta com PrevFogo do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Exército, Corpo de Bombeiros Militar (de MS, GO e PR), brigadas voluntárias e ONGs, além da colaboração de moradores.

Maquinários abrem aceiros para tentar bloquear as chamas. Aeronaves despejam água pelo ar. Os veículos terrestres e as embarcações transportam os grupos para a linha de frente.

De janeiro até esta quinta-feira (1º), o pantanal contabilizou 4.997 focos de calor, o que representa um aumento de 1.593% em comparação ao ano passado, que teve 295 no mesmo período, segundo o programa BDQueimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O índice é o maior desde 1998, quando foi iniciada a série histórica do sistema.

A quantidade de focos de calor já supera, portanto, a de 2020, quando foram registrados 4.331 até a mesma data. Naquele ano, a destruição foi recorde: cerca de 30% do bioma foi consumido pelas chamas.

De acordo com relatório do MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima), até 28 de julho, a área queimada neste ano está na faixa de 635.005 hectares a 907.150 hectares (cerca de 4,2% a 6,01% do pantanal).

Na última quarta-feira (31), o presidente Lula (PT) sobrevoou as áreas atingidas por incêndios na região de Corumbá (MS), que concentra dois terços (67,3%) do total do fogo registrado neste ano no pantanal, conforme o boletim mais recente da pasta ambiental.

No local, Lula também sancionou a lei que institui a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo. O texto reúne ações que podem guiar a prevenção a incêndios no país.

A visita do presidente foi acompanhada pela chefe da pasta do Meio Ambiente, Marina Silva. Ela também deu destaque à força-tarefa para o combate aos incêndios, mas voltou a ressaltar que a maioria deles é causada pela ação humana.

“Eu faço um apelo: se não parar de colocar fogo, não tem quantidade de pessoas e equipamento que o vença”, afirmou a ministra.
Em reação à nova onda de fogo no pantanal, a ONG WWF-Brasil, em nota nesta sexta-feira, ressalta que desde abril especialistas já alertavam que o bioma poderia passar neste ano por uma de suas piores secas, já que, mesmo em plena temporada de cheias, o bioma enfrentou estiagem.

“As queimadas no pantanal não afetam apenas a biodiversidade e a população local, mas o país e o mundo perdem a maior área úmida do planeta. É preciso ações efetivas, pois já estamos com áreas maiores que as queimadas registradas em 2020”, disse Cyntia Santos, analista de conservação do WWF-Brasil.

Em junho, a Folha esteve em Corumbá enquanto a cidade se preparava para comemorar as festas juninas, cercada de fogo e fumaça. Um vídeo da celebração do Arraial do Banho de São João com labaredas queimando a vegetação ao fundo viralizou à época.

 

Bifurcação de língua de Andressa Urach não tem indicações e oferece riscos à saúde

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A modelo e atriz de filmes adultos Andressa Urach decidiu realizar uma modificação corporal pouco comum: a bifurcação da língua. O procedimento gerou curiosidade nas redes sociais, mas oferece diversos riscos à saúde.

Sergio Monteiro Lima, coordenador do Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial da Rede Mater Dei, explica que, no meio da língua, há a artéria lingual e qualquer perfuração pode causar hemorragias tanto durante o procedimento quanto no pós-operatório.

Além disso, ele chama atenção para os riscos de infecções graves, incluindo a angina de Ludwig, que ocorre na base da língua e no assoalho bucal (ou “chão” da boca) e pode levar à morte.

Há ainda a possibilidade de afetar as glândulas salivares. “Se inadvertidamente o cirurgião cortar uma glândula submandibular, a saliva pode começar a vazar para o assoalho da boca e causar outros tipos de infecção e intercorrências”, acrescenta o médico. Andressa Urach tem relatado aos fãs um aumento na salivação.

Outros riscos estão relacionados à perda da funcionalidade. A língua é necessária para enviar o bolo alimentar para a garganta e, se o limite de corte for ultrapassado, podem surgir complicações na deglutição dos alimentos.

O órgão também é responsável pelo sabor. Assim, modificações na ponta da língua, onde captamos o sabor doce, podem fazer a pessoa sentir menos esse gosto e passar a utilizar mais açúcar e adoçantes para compensar a perda de sensibilidade.

Somado a isso, pode haver prejuízo em uma das funções mais importantes da língua: a fala. Diversos sons são formados a partir de posições desse órgão, como a letra L, e podem soar de maneira diferente após a bifurcação.

Por isso, os especialistas destacam que o interessado deve ter certeza da vontade de fazer a modificação e, caso decida realizá-la, busque o profissional adequado.

Endrigo Bastos, cirurgião plástico e craniomaxilofacial, lembra que procedimentos cirúrgicos devem ser feitos com profissionais habilitados. “Uma pessoa que saiba lidar com as complicações envolvidas e consiga controlar hemorragias ou infecções, por exemplo, que sempre podem acontecer”, ressalta o membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Procedimento é reversível?

As duas partes separadas da língua podem ser costuradas de volta, mas isso não implica no retorno das funções.

“É reversível, mas não volta ao normal. Posso juntar as duas cicatrizes do corte, mas isso formaria uma nova cicatriz. Toda cicatriz tende a ser mais dura, resistente, com um tecido mais fibroso, o que pode gerar outros problemas de movimentação”, alerta Lima. “São poucos ganhos, na maioria estéticos, para muitas complicações.”

Putin usa superbomba planadora contra a Ucrânia

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IGOR GIELOW
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRES) – A Força Aérea da Rússia começou a usar sua maior bomba de queda livre, transformada em um modelo planador com um kit de guiagem para armas “burras”, contra alvos na Guerra da Ucrânia.

 

Um vídeo divulgado no mês passado pelo Ministério da Defesa do país de Vladimir Putin mostrou uma superbomba FAB-3000, maior modelo aéreo não nuclear do arsenal regular russo, sendo carregada em um avião de ataque Su-34 em ação no norte da Ucrânia.

O local e a data exatos da ação não foram divulgados, mas ela foi bem documentada: é possível ver o carregamento do armamento, seu lançamento filmado por outro avião, as asas de seu kit abrindo e ela em voo, até atingir o solo de forma avassaladora.

A FAB-3000 pesa 3 toneladas, 1.000 kg a mais do que um SUV grande. Dessa massa, 1.387 kg são de altos explosivos. É um antigo modelo soviético que remonta aos anos 1950, e do qual a Rússia dispõe de amplos estoques.
Os russos ainda têm um modelo termobárico, cuja explosão suga o oxigênio na região atingida e maximiza seu efeito, conhecido como Pai de Todas as Bombas. Ela carrega 7 toneladas de explosivos, mas só foi testada, nunca empregada em combate.

Os russos já vinham usando, com efeito devastador, bombas de menor potência da mesma forma. Os modelos FAB-500, de 500 kg (300 kg explosivos), começaram a ser empregados em toda a frente de batalha já no ano passado, provocando pesadas perdas aos ucranianos.

Em 2024, o recurso às armas aumentou. Nos três últimos meses, Kiev disse que em média 3.500 dessas armas guiadas foram jogadas em seu território a cada 30 dias. Segundo o presidente Volodimir Zelenski, essas bombas planadoras têm permitido os lentos avanços do Kremlin neste ano.

Para combatê-las, ou melhor, os aviões que as lançam, ele pediu ao Ocidente até 25 sistemas de defesa aérea americanos Patriot. Até aqui, recebeu 3 da Alemanha e 1, dos EUA, e ao menos 1 foi destruído em ataque russo.

Com a FAB-3000, ainda que e em escala reduzida, o jogo é outro. Segundo pilotos russos, ela tem uma acurácia razoável de talvez 10 a 30 metros, compensada por seu alto poder destrutivo: se cair um pouco fora do alvo, tanto faz.

Ela, como suas irmãs menores, são bombas “burras”, desenhadas para serem lançadas em queda livre. Mas a adoção de uma gambiarra estreada pelos americanos nos anos 1990: um kit que faz a bomba girar no próprio eixo, abrir asas e, guiada pelo Glonass, o GPS de Moscou, ir até seu alvo.

Com isso, o avião fica mais protegido de defesas antiaéreas: em vez de voar até o alvo, a lança a muitos quilômetros. No caso das FAB-500, até 70 km, enquanto nas FAB-300 o alcance é um pouco menor devido a seu peso. A bomba maior também teve adaptado um sistema aerodinâmico mais robusto do que o das menores.

Isso é particularmente importante no caso dos Su-34, um dos modelos mais preciosos do arsenal de Putin, que vinha sofrendo pesadas baixas no conflito.
Seja como for, isso custa uma fração de um míssil de precisão. As bombas sobram em estoques e são produtos que não requerem muita tecnologia para produzir. Os kits, cerca de R$ 100 mil cada um. Quando comparados aos R$ 5 milhões estimados para um míssil de cruzeiro Kalibr, que carrega 500 kg de explosivos, a conta fecha.

Ministério da Saúde confirma primeira morte de feto por oropuche no Brasil

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BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – O Ministério da Saúde confirmou na última sexta-feira (2) a morte de um feto de 30 semanas causada pela transmissão de oropuche a partir da gestante, uma mulher de 28 anos. O caso aconteceu em Pernambuco e foi confirmado a partir de exames que descartaram outras hipóteses, informou o Ministério da Saúde neste sábado (3).

 

A pasta ainda disse que estão em investigação oito casos de transmissão vertical de oropouche, em que quatro resultaram em óbito fetal e os outros apresentaram anomalias congênitas, como a microcefalia.

De acordo com dados do governo, até o dia 28 de julho o país registrou 7.286 casos de febre oropuche, com dois óbitos confirmados, na semana passada, de mulheres do interior da Bahia.

O Ministério da Saúde afirmou que elas tinham menos de 30 anos, não possuíam comorbidades e tiveram sinais e sintomas semelhantes a um quadro de dengue grave.

A febre oropouche é uma doença viral transmitida principalmente por mosquitos do gênero Culicoides paraensis (diferente do Aedes, transmissor da dengue e chikungunya).

O vírus oropouche é endêmico em algumas regiões da América Latina, especialmente na Amazônia. A doença se manifesta com sintomas que podem incluir febre alta, dor de cabeça intensa, dores no corpo e nas articulações e, em alguns casos, erupções cutâneas.

Em julho, o Ministério da Saúde já havia divulgado uma nota relatando preocupação com os possíveis riscos para grávidas pela infecção do oropouche, com possibilidade de danos ao feto.

A pasta recomenda como medidas de proteção evitar ou reduzir a exposição às picadas dos insetos, com uso de roupas compridas, de sapatos fechados e de repelentes, principalmente nas primeiras horas da manhã e ao final da tarde.

As pessoas também podem adotar medidas como limpeza de terrenos e de locais de criação de animais, recolhimento de folhas e frutos que caem no solo, uso de telas de malha fina em portas e janelas.

 

Boxeadora italiana ganhará prêmio de campeã olímpica após desistir de luta polêmica; entenda

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A polêmica luta entre Angela Carini e Imane Khelif ainda segue dando o que falar. A Associação Internacional de Boxe (IBA) anunciou que vai premiar a italiana como se ela tivesse conquistado a medalha de ouro na Olimpíada de Paris-2024. Apesar de ter abandonado a luta contra a argelina depois de apenas 45 segundos, Angela Carini vai receber US$ 50 mil (cerca de R$ 286,5 mil) de premiação da IBA.

O presidente da entidade, Igor Kremlev, comunicou a decisão. “Não conseguia olhar para as lágrimas dela. Não sou indiferente a tais situações, e posso garantir que vamos proteger cada pugilista. Não entendi porque eles estão matando o boxe feminino. Apenas atletas elegíveis devem competir no ringue por uma questão de segurança”, disse Kremlev.

No Mundial de Boxe do ano passado, organizado pela IBA, a argelina Imane Khelif foi desclassificada – assim como a taiwanesa Lin Yu-ting – após ser reprovada nos testes de DNA. O presidente da entidade, Igor Kremlev, disse que “elas tinham cromossomos XY”.

Por outro lado, as duas pugilistas foram liberadas para disputarem a Olimpíada de Paris. O Comitê Olímpico Internacional (COI) afirmou que elas tinham todas as “normas médicas aplicáveis estabelecidas pela PBU (Unidade de Boxe de Paris 2024)”.

EMBATE ENTRE COI E IBA

As relações entre o COI e a IBA, entidade que desclassificou as pugilistas, estão cortadas desde o ano passado, quando a instituição de boxe deixou de ser reconhecida pelo comitê olímpico. Sobre a decisão da IBA de barrar Imane Khelif e Lin Yu-ting do Mundial de Boxe, o COI afirmou que foi uma ação arbitrária.

“Esta decisão foi inicialmente tomada unicamente pelo secretário-Geral e CEO da IBA. O Conselho da IBA apenas a ratificou posteriormente e somente depois solicitou que um procedimento a ser seguido em casos semelhantes no futuro fosse estabelecido e refletido nos Regulamentos da IBA. As atas também dizem que a IBA deve “estabelecer um procedimento claro sobre testes de gênero”, explica.

O COI também insiste que ambas boxeadoras já atuaram em competições de alto nível na categoria feminina e que as regras de elegibilidade “não devem ser alteradas durante uma competição em andamento”, completa a carta.

A IBA já havia deixado de organizar o torneio de boxe olímpico desde 2019 por falhas recorrentes em integridade e transparência na governança da associação, acusada de manipulação de resultados e corrupção. A modalidade correu o risco de deixar o programa, mas o COI fez uma força-tarefa para tomar frente da organização do boxe nos Jogos.

Filhos de espiões não falam russo e nem sabiam quem era Putin

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Não sabiam quem era Vladimir Putin, desconheciam a sua verdadeira nacionalidade e não sabem falar russo. Os filhos de um casal de espiões russos que voltaram para casa, na quinta-feira (1), na maior troca de prisioneiros entre o Ocidente e a Rússia desde a Guerra Fria, só conheceram a sua verdadeira nacionalidade a caminho de Moscou. 

 

Artem Viktorovich Dultsev e Anna Valerevna Dultsev viviam na Eslovênia, onde fingiram ser um casal argentino. Sofia, de 11 anos, e Gabriel, de 8, já nasceram na Argentina e descobriram que eram russos quando o avião decolou de Ancara para o Aeroporto de Vnukovo, segundo revelou o Kremlin.

“Os filhos dos agentes secretos perguntaram aos pais quem os tinha recebido ontem [quinta-feira]”, disse o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov, que acrescentou ainda que as crianças ” nem sabiam quem era Putin”.

Quando chegaram a Moscou, a família foi recebida pelo presidente russo. “Buenas noches”, disse Putin aos filhos dos espiões enquanto os cumprimentava em espanhol, noticiou a BBC. Conforme relatado pela mídia argentina, o casal era conhecido como María Mayer e Ludwig Gisch e chegou à Eslovênia, em 2017, com passaportes argentinos. 

Dultsev criou uma empresa de informática, enquanto a mulher tinha uma galeria de arte online. O casal foi preso em 2022, acusado de espionagem e condenado a 19 meses de prisão. No final da pena deveria abandonar a Eslovênia.

Vale salientar que Putin recebeu oito cidadãos russos libertados no âmbito de uma grande troca de prisioneiros entre Moscou e o Ocidente. Uma operação de troca de prisioneiros entre a Rússia e vários países ocidentais permitiu a libertação de 26 pessoas, a maior troca desde 1985, noticiou a agência de notícias Efe.

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Médica e estudante morrem após caminhão-tanque esmagar carro deles em AL

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SÃO PUALO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Uma médica e um estudante de medicina morreram na sexta-feira (2) após um caminhão-tanque tombar sobre o carro em que eles estavam no km 40 da BR-101 em Flexeiras, no Alagoas. Uma outra médica sobreviveu.

 

Eles estavam indo trabalhar no município Joaquim Gomes na manhã de sexta (2). O motorista do caminhão diz que perdeu o controle da direção depois que seu pneu desceu no acostamento, que tem um nível mais baixo que a rodovia, informou a PRF à TV Globo.

Caminhão tentou voltar à pista, tombou e esmagou carro. As vítimas ficaram presas às ferragens e foram necessários dois guinchos de grande porte para levantar o caminhão.

Única sobrevivente é a médica Lizianny Tenório Toledo, 26. Ela foi levada ao Hospital Geral do Estado com ferimentos leves, fez exames de imagens e recebeu alta, informaram a Prefeitura de Joaquim Gomes e a Secretaria Estadual de Saúde.

A médica Flavia Alves França, 27, morreu no local. Ela trabalhava no Hospital Ana Anita Gomes Fragoso e na UBS Laércio Dias.

O estudante Lucas Queiroz Silva também não resistiu aos ferimentos. O Sindicato dos Médicos de Alagoas afirmou que os três estavam em suas primeiras experiências profissionais e foram alunos de destaque da Uncisal.

 

Ataques de gato tornam família refém da própria casa

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O comportamento violento de um gato fez com que uma família se tornasse refém na própria casa em São Paulo. Thor tem sete anos e já deixou o braço da dona cheio de cortes num dos seus ataques surpresa. 

 

Luciana Nascimento, de 49 anos, vive com as duas filhas, de 22 e 16 anos, e adotou Thor quando o gato tinha apenas 10 dias. Os comportamentos agressivos com a família ou até com visitas começou durante o primeiro ano do felino, segundo o G1.

O ataque mais recente ocorreu quando Luciana estava dando comida a Thor. O animal agarrou-se ao braço da mulher e depois à perna. Após alguns minutos, os membros da mulher estavam repletos de cortes e arranhões. 

“A casa [ficou] ensanguentada, e eu praticamente desmaiei por causa da dor”, lembrou Luciana. As filhas da mulher estão sempre em divisões da casa separadas do animal. Luciana assume que é uma forma de preservar a “vida da família”.

Apesar da situação complicada, Luciana garante que “ama Thor” e por isso está à procura de um tratamento que melhore a convivência entre o felino e humanos. Luciana já tentou várias alternativas, como sessões de Reiki. No entanto, até o momento, nada teve sucesso. 

Ainda assim, Luciana garante que não se vai “desfazer” de Thor. 

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Laboratório na África do Sul abriga amostras de Ebola e outros vírus letais

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ANA BOTTALLO
JOANESBURGO, ÁFRICA DO SUL (FOLHAPRESS) – Imagine um espaço onde são guardadas centenas, até milhares, de amostras de vírus altamente letais. Qualquer descuido pode gerar um acidente fatal. O controle rigoroso de quem entra e de quem sai e estruturas especiais de contenção do ar contaminado são necessários para evitar os chamados vazamentos.

 

Alguns vazamentos já aconteceram na história, a exemplo de um em 1977. Naquele ano, uma cepa altamente transmissível de influenza H1N1 que estava sendo estudada para o chamado ganho de função escapou e provocou vários casos de doença respiratória em humanos.

Por isso mesmo, a segurança em laboratórios que trabalham com vírus, bactérias e outros patógenos capazes de provocar surtos em humanos deve ser reforçada. Os laboratórios de microbiologia e parasitologia são classificados conforme o nível de segurança biológica, sendo quatro o último e mais seguro deles.

O Instituto Nacional de Doenças Comunicáveis (Nicd, em inglês), em Joanesburgo, na África do Sul, abriga o único laboratório de biossegurança quatro em todo o continente africano.

Fundado em 1979 e o segundo do mundo criado na categoria de biossegurança nível quatro, o Laboratório de Virologia do Centro de Estudos em Doenças Zoonóticas e Parasitárias Emergentes, ligado ao Nicd, tem um papel fundamental para conduzir pesquisas com patógenos já erradicados ou ainda circulantes, explica Jacqueline Weyra, diretora do centro.

“Atualmente, por exemplo, a divisão está trabalhando no surto de Mpox, que não é uma virose endêmica, então está na categoria de emergente. Zoonótico significa doenças que são transmitidas entre animais e humanos, como é o caso das arboviroses [entre as quais dengue e febre amarela] e doenças transmitidas por carrapatos. Já parasitários se referem principalmente à malária, e também temos um programa para combater a resistência do parasito”, afirma.

Lá, amostras de vírus da febre do Nilo ocidental, vírus Lassa (da família Arenaviridae) e Ebola são armazenadas e podem ajudar em uma resposta rápida frente a novos surtos, como o que ocorreu recentemente na República Democrática do Congo e em Uganda.

“Um dos vírus que temos é da febre bovina, que foi erradicada, mas pode voltar. Outros são febres hemorrágicas com letalidade elevada [80%]. Por isso é fundamental ter a segurança máxima”, diz.

A principal diferença entre um laboratório de nível três -equipado com um sistema de controle para evitar contaminação tanto do que vem de fora para as amostras em estudo quanto dos profissionais trabalhando, para evitar surtos de doença- para o de nível quatro é que os funcionários contam com uma fonte externa de ar, para evitar respirar o ar potencialmente contaminado.

Os cientistas do laboratório de virologia utilizam roupas protetoras especiais e são treinados para evitar acidentes laboratoriais com vírus altamente patogênicos Reprodução/Centro de Doenças Zoonóticas e Parasitárias Emergentes “O vírus Ebola precisa ser contido em um laboratório de nível quatro. Se você tiver uma estrutura inferior [como o nível três, muito utilizado para coronavírus e outros vírus respiratórios], pode ter problemas com as agências internacionais de controle”, brinca ela.

Ao entrarem no local, os trabalhadores usam um EPI (equipamento de proteção individual) semelhante ao que era indicado para os profissionais da saúde durante a pandemia de Covid: macacão, máscara, luvas, touca e óculos) acrescido de uma roupa especial conectada com um duto de ar e semelhante à de astronautas.

“Você fica parecendo o boneco ‘Michelin’, porque a roupa infla, ela precisa ter pressão positiva. Essa é a principal diferença”, diz Edison Durigon, professor do departamento de microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP.

“No nível três, o pesquisador pode trabalhar respirando o ar do laboratório. No quatro, não. É como se fosse uma concha”, continua o docente. “Existem dutos para saída do ar para uma outra câmara, impedindo a contaminação com os outros laboratórios. No processo de limpeza depois do nível três, o pesquisador retira o EPI e toma uma ducha para trocar de roupa. Já no quatro ele recebe um ácido [hipoclorito a 5%] na roupa por cinco minutos, depois ele sai e toma uma ducha e só então ele pode remover o EPI. É uma camada a mais de proteção.”

Há hoje uma concentração desses estabelecimentos no Hemisfério Norte, afirma Durigon. “O Brasil não dispõe de um laboratório de nível quatro. Na verdade, a América Latina inteira carece de um, não temos nenhum no Brasil, nem no México, nem em outro lugar. Os custos de laboratórios como esses são muito elevados, e essa é uma das razões por que países pobres não têm.”

Durigon criou o primeiro laboratório de nível três no país em 2017, acoplado ao seu departamento em São Paulo, com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Na pandemia de Covid, o centro alcançou protagonismo ao isolar o vírus e criar exames de diagnóstico para a doença.
Isso pode mudar, já que há planos do governo brasileiro de construir o único laboratório de nível quatro acoplado a um acelerador de partículas do mundo. Batizado de Orion, o projeto é ligado ao CNPEM (Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais), em Campinas (SP), e tem apoio principalmente do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação.

No começo de julho deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou um aporte de R$ 1 bilhão para a obra até 2026. Mas recentemente o governo anunciou uma série de congelamentos de gastos.

Procurada, a assessoria do CNPEM disse que o Orion é financiado com recursos do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e que desconhece informações sobre contingenciamento.
O professor do ICB afirma que o custo para erguer um laboratório desse tipo é alto. “Se para construir um laboratório nível três são necessários cerca de R$ 6 milhões a R$ 10 milhões por metro quadrado, no nível quatro esse custo sobe para R$ 300 milhões a R$ 600 milhões pelo mesmo espaço, e o orçamento total é de R$ 1 bilhão.”

Segundo ele, se o país deseja se inserir como um local estratégico para pesquisas de vírus e doenças emergentes nos próximos anos, é preciso investir em novos espaços de segurança máxima. “O ideal é que tivesse, no mínimo, um por região, mas idealmente, pensando na dimensão continental do Brasil, o Sudeste, por ser uma área densamente populosa e por abrigar as maiores universidades e instituições do país, poderia ter três.”

A jornalista viajou para a África do Sul pelo ICFJ (International Center for Journalists) através do edital de Inovação em Saúde