Home Blog

Trabalho de retirada de vegetação exótica segue na Praia de Santa Clara

0
Trabalho de retirada de vegetação exótica segue na Praia de Santa Clara

A Prefeitura de São Francisco de Itabapoana está realizando um trabalho de manutenção na orla da Praia de Santa Clara, com foco na retirada de vegetação exótica invasora. Essas plantas, originárias de outras regiões, prejudicam o ecossistema local e podem afetar a fauna e flora naturais, comprometendo a diversidade biológica e os serviços ecossistêmicos essenciais. Além de eliminar essa vegetação invasora, o trabalho também inclui a remoção dos resíduos gerados, com o objetivo de deixar o local mais limpo e seguro tanto para os moradores quanto para os turistas.

O processo de extração está sendo feito com o auxílio de retroescavadeiras, seguidas pelo transporte dos resíduos com caminhões e tratores de apoio, garantindo que nada fique disperso na areia. Após a remoção, será feito o nivelamento da areia para melhorar o visual e a acessibilidade da orla.

Limpeza vegetação Santa Clara Personagem 2

O atendente de bar Dejair Alves Soares, que trabalha no centro comercial de Santa Clara, elogiou a melhoria na paisagem e ressaltou a satisfação dos clientes. “Agora conseguimos ver o mar, o que atrai mais clientes. A vista ficou muito mais bonita, e todos aqui estão adorando. É muito bom ver a praia mais limpa e bem cuidada, ainda mais no centro da cidade”, comentou Dejair.

A Prefeitura de São Francisco de Itabapoana segue com seu compromisso de tornar as praias mais limpas, organizadas e agradáveis, visando proporcionar uma melhor experiência para os moradores e visitantes.

gallerySANTA CLARA LIMPEZA/gallery

Sexto refém é libertado pelo Hamas

0

As Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês) revelaram que a Cruz Vermelha notificou os militares de que o refém Hesham al-Sayed foi entregue a eles pelo Hamas na cidade de Gaza, sem qualquer cerimônia.

 

A Cruz Vermelha está agora transportando al-Sayed, de 36 anos, até os militares das IDF, dentro de Gaza, para depois escoltá-lo para fora do pequeno enclave.

O homem estava preso em Gaza há uma década. O beduíno israelense tinha 28 anos quando entrou no território palestino perto da passagem de Erez, em abril de 2015.

O pai revelou que essa não foi a primeira vez que Hesham al-Sayed entrou na Faixa de Gaza, mas, da última vez, ele foi capturado pelo Hamas e ficou sob o controle do grupo. Antes de entrar no enclave, ele havia sido diagnosticado com doenças mentais.

“Ele foi diagnosticado com esquizofrenia e um transtorno de personalidade, entre outras condições, e foi repetidamente internado”, explicou a Human Rights Watch.

Desde que entrou na Faixa de Gaza, só se ouviu falar do israelense em 2022, quando o Hamas divulgou um vídeo no qual ele aparecia exausto, deitado em uma cama e conectado a um cilindro de oxigênio.

O Hamas já havia entregue hoje, em dois momentos e locais diferentes, cinco reféns israelenses à Cruz Vermelha, incluindo o luso-israelense Omer Shem Tov.

Além do refém com nacionalidade luso-israelense, foram libertados Omer Wenkert e Eliya Cohen.

No início da manhã, outros dois reféns foram libertados na cidade de Rafah, em Gaza: Abera Mengistu, israelo-etíope, sequestrado pelo Hamas há mais de uma década, e Tal Shoham, israelo-austríaco, levado do kibutz Beeri em outubro de 2023.

Após mais de 15 meses de guerra, que resultaram em pelo menos 48.208 mortos e mais de 111 mil feridos, as partes em conflito chegaram, em meados de janeiro, a um acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor em 19 de janeiro e previa a troca de 33 reféns israelenses mantidos em cativeiro pelo Hamas por centenas de palestinos encarcerados em prisões de Israel.

Do lado israelense, está prevista a libertação de cerca de 600 prisioneiros palestinos.

Desde a entrada em vigor do cessar-fogo, em 19 de janeiro, esta é a sétima troca de reféns por prisioneiros.

Leia Também: Hamas liberta 5 dos 6 reféns previstos na primeira fase do cessar-fogo

 

Crateras colocam cidade brasileira em estado de emergência

0

A cidade de Buriticupu, no estado brasileiro do Maranhão, decretou estado de emergência após várias crateras se abrirem ao longo das últimas semanas, colocando diversas casas sob ameaça. O problema, segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), está relacionado à erosão causada por chuvas intensas, desmatamento e planejamento inadequado do território.

 

“No decorrer dos últimos meses, as dimensões [das crateras] aumentaram exponencialmente, aproximando-se consideravelmente das residências”, afirma o decreto divulgado pelo município de Buriticupu no início do mês.

De acordo com a agência de notícias Reuters, vários edifícios foram destruídos, e cerca de 1.200 pessoas correm o risco de ficar desabrigadas. Com o estado de emergência, passa a ser permitida a desapropriação de casas “comprovadamente localizadas em áreas de risco de desastre”.

As erosões – conhecidas no Brasil como ‘voçorocas’, um termo de origem indígena que significa “rasgar a terra” – são um problema conhecido há vários anos na cidade de Buriticupu. No entanto, a situação tem se agravado devido às fortes chuvas, combinadas com o desmatamento e o planejamento inadequado do território.

Veja as imagens na galeria acima.

Leia Também: Festa de 45 anos do PT neste sábado terá Lula, ministros e samba no Rio

 

 

Morre o ator Peter Jason, estrela de ‘Karate Kid’, aos 80 anos

0

Morreu Peter Jason, ator de ‘Karate Kid’ e ‘Deadwood’. Ele tinha 80 anos. 

 

A notícia da partida do artista – com uma carreira de mais de cinco décadas – foi confirmada por vários amigos através de publicações feitas nas redes sociais. 

“[…] Era um amigo querido e vou sentir muito a sua falta”, disse o cineasta John Carpenter. 

Por sua vez, Billy Zane recordou o “querido amigo” como “a luz mais brilhante, a alma mais generosa, extremamente talentoso e gentil”. 

Leia Também: Advogado de Sean ‘Diddy’ Combs entra com pedido para se retirar do caso

“Estou vivíssima”: Preta Gil rebate rumores sobre sua morte

0

Preta Gil viu circularem rumores que diziam que tinha morrido. Sem perceber a razão de tais mentiras, a artista brasileira fez um vídeo reagindo.

 

“Infelizmente, ela partiu! Perda muito triste! Lutou muito! Gratidão por todas as músicas que deixou para nos alegrar! Deus receba Preta Gil”, pode ler-se numa publicação falsa que a cantora mostrou aos seguidores. 

“Vocês viram, não é? Meti aí a menina a dizendo que eu morri, mas estão circulando uns boatos na Internet. Como é que a pessoa tem coragem de inventar algo assim? Não consigo entender. Qual é o fundamento? O que eles ganham com isso? Realmente, não entendo. Mas estou vivíssima, gente. Vivíssima”, disse Preta Gil. Veja no vídeo da galeria. 

Leia Também: Após surpresa no hospital, Preta Gil tem ‘festa’ em casa

Festa de 45 anos do PT neste sábado terá Lula, ministros e samba no Rio

0

O segundo dia da festa dos 45 anos do PT, no Centro do Rio de Janeiro, terá participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros de estado e políticos ligados à legenda, além de uma programação de shows de samba. De acordo com a agenda da presidência, Lula deve voltar para Brasília ainda durante o evento, às 12h30.

 

 

Por volta das 9h, havia longa fila no portão do Armazém 3 do Píer Mauá, na Zona Portuária da cidade. São esperadas 3 mil pessoas, capacidade máxima do espaço. A programação, que apontava a chegada do presidente às 9h30, está atrasada. A expectativa é que Lula chegue entre 10h30 e 11h00.

 

Dentro do galpão, logo na entrada, há uma série de barracas vendendo camisetas, bandeiras e apetrechos, ora com a estrela do PT, ora com a imagem vetorizada do rosto de Lula mais jovem, nos tempos do sindicato. Uma exposição com fotos e a história da legenda, antecede um espaço com sofás, mesas e bar. Tudo quanto possível é vermelho, a cor do partido. Forte, o ar condicionado aplaca o calor do exterior, na casa dos 34ºC.

 

Ao fundo, o palco a ser ocupado pelas lideranças da legenda, apresenta no momento uma plateia ainda pequena, que é gradualmente ocupada por militantes.

 

Segundo a Fundação Perseu Abramo, além do presidente da República, estão confirmados o secretário geral da presidência, Marcio Macedo e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, que balançam nos cargos. Outras presenças garantidas são dos ministros Esther Dweck, da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Anielle Franco, da Igualdade Racial, Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e Luiz Marinho, do Trabalho. Fecha a lista o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

 

Assim como ontem, no primeiro dia de festa, a bancada do PT deve comparecer em peso, o que inclui a deputada federal e presidente da Legenda, Gleisi Hoffmann, cotada para assumir algum ministério após a reforma planejada por Lula da Esplanada. Fontes do partido, no entanto, têm negado rumores de que Lula já poderia anunciar Gleisi ministra hoje. A jornalistas, ontem, Gleisi não quis comentar o assunto.

 

Depois do ato político, haverá um sarau de literatura, música e poesia, seguido de shows de passinho (funk) e dos sambistas Moacyr Luz, Pretinho da Serrinha, Teresa Cristina, Roberta Sá e bateria da escola de samba Grande Rio.

Leia Também: Bolsonaro sugere IA contra Moraes, mas pode ser prejudicado com resposta

Papa responde ao tratamento, mas segue em risco, diz Vaticano

0

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O papa Francisco responde bem aos tratamentos, mas ainda não está fora de perigo, segundo boletim médico divulgado neste sábado (22).

 

Papa segue acamado. Mesmo com problemas respiratórios, ele respira sem ajuda de aparelhos, segundo Sergio Alfieri, médico do hospital Gemelli, em Roma.

Não corre ‘risco de morte’. Apesar de ainda estar com um quadro de saúde delicado, os médicos afirmaram que morte não é uma preocupação no momento. “Se me perguntarem agora se sua vida está em perigo, a resposta é não. Mas a realidade é que ele é o papa, mas também é um homem”, explicaram os médicos.

Médicos temem sepse. A maior preocupação nesse momento, conforme o quadro médico, é que a infecção por bactérias ou vírus entre na corrente sanguínea do pontífice, o que o coloca em risco de sepse.

Francisco mantém o bom humor. Mesmo internado há quase 10 dias, os médicos garantem que a cabeça do papa tem 60 anos – ao contrário de seu corpo, que tem quase 90. E que apesar das adversidades, ele segue alegre e fazendo piadas.

Leia Também: Novo coronavírus é descoberto por cientistas na China

Quem são os atores por trás dos monstros mais famosos do cinema?

0

Há alguns monstros reais em Hollywood… Os filmes sobre criaturas estranhas sempre foram tão populares que é preciso atores treinados para desempenharem esses papéis, muitas vezes aterrorizantes. Curiosamente, alguns artistas despontaram para a fama se especializando nesses personagens. Tudo começou no cinema antigo com pérolas de terror cult como ‘Häxan – A Feitiçaria Através dos Tempos’ (1922), ‘Nosferatu’ (1922) e ‘O Fantasma da Ópera’ (1925).

 

O que também chama a atenção é que os primeiros filmes de monstros focaram em seres marinhos. ‘The Sea Beast’ (1926) e ‘Tiger Shark’ (1932) tinham uma baleia e um tubarão como vilões. Isso acabou evoluindo para o surgimento de criaturas da ficção como ‘O Monstro da Lagoa Negra’ (1954), uma aberração que ataca humanos na Amazônia brasileira. Lembra deste?

Vampiros? Temos também nessa lista! Muito antes de ‘O Senhor dos Anéis’ e ‘Star Wars’, Sir Christopher Lee já era conhecido mundialmente como o Conde Drácula em vários filmes. Mas não foram apenas as grandes franquias que se beneficiaram desses ogros… Produções de terror menores com personagens como o Pé Grande e Frankenstein foram igualmente bem-sucedidas. Desde então, os filmes de monstros se tornaram um marco do cinema!

Na galeria, conheça os intérpretes de criaturas assustadoras e icônicas do cinema!

Leia Também: Advogado de Sean ‘Diddy’ Combs entra com pedido para se retirar do caso

Kanye West diz não ser mais nazista após reflexão

0

MARIA PAULA GIACOMELLI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Depois de gerar revolta em Hollywood e ser dispensado de sua agência de talentos, Kanye West voltou atrás e se distanciou da afirmação antissemita feita anteriormente.

 

“Depois de refletir, cheguei à conclusão de que não sou nazista”, escreveu no seu perfil oficial do X (ex-Twitter). Foi na mesma plataforma, no início de fevereiro, que o cantor se declarou racista, intolerante e nazista.

Na época, Kanye disse amar Hitler e voltou a fazer ataques à comunidade judaica. Dias depois das postagens, ele disponibilizou em sua loja online apenas camisetas estampadas com suásticas pretas ao retirar todos os outros produtos. O vestuário foi anunciado no valor de US$ 20 (cerca de R$ 115).

A agência de talentos afirmou ter dispensado o rapper por causa dos comentários “prejudiciais e odiosos”. “Nem eu nem a 33 & West podemos aceitar”, disse Daniel McCartney, fundador da empresa.

O músico Matthew Koma, marido da atriz Hilary Duff, usou suas redes para colocar à venda uma camiseta com a frase “FUCK YE” (Foda-se Ye, em português). Ye é como Kanye também é conhecido, e a mensagem está estampada em letras maiúsculas.

Leia Também: Piovani nega pedido de desculpas, e Neymar quer R$ 50 mil de indenização

Encrenqueiros? Famosos que foram deportados, inclusive brasileiros

0

Ao longo dos anos, muitas estrelas tiveram problemas com as autoridades de outros países e acabaram sendo deportadas. Uma cantora com zero histórico de polêmicas ficou arrasada quando foi expulsa do Irã em 2019. “Estou de coração partido”, desabafou a artista na época. Um brasileiro passou por isso nos Estados unidos.

 

Mas por quais motivos esses e outros famosos foram deportados? Veja na galeria!

Leia Também: Advogado de Sean ‘Diddy’ Combs entra com pedido para se retirar do caso

Piovani nega pedido de desculpas, e Neymar quer R$ 50 mil de indenização

0

A atriz Luana Piovani, 48, será processada por injúria e difamação após recusar um acordo proposto pela defesa de Neymar Jr., 33, durante audiência de conciliação no Tribunal de Justiça de São Paulo. Neymar pede indenização de R$ 50 mil por ofensas que teria recebido de Luana em publicações nas redes sociais, onde foi chamado de “escroto” e “mau caráter”. A audiência, realizada em 5 de fevereiro por videoconferência, contou apenas com a presença dos advogados das partes. A defesa do jogador sugeriu o arquivamento do processo caso Luana publicasse um pedido de desculpas em seu Instagram, mas a atriz rejeitou a proposta sem sugerir alternativas.

 

Segundo o termo da audiência, a nota apresentada pela equipe jurídica de Neymar incluía um texto de retratação em que Luana reconheceria ter ofendido o jogador sem fundamentos e pediria desculpas. “Eu errei e peço desculpa pelo meu erro”, dizia um trecho do texto. Após a recusa da atriz, o juiz Rodrigo César Müller Valente analisou o caso e decidiu acolher a queixa-crime, apontando que as declarações da atriz, como “mau caráter” e “péssimo exemplo”, além de acusações sobre traições, configuram potencial crime de injúria e difamação.

Com a decisão judicial de 14 de fevereiro, Luana terá a oportunidade de apresentar sua defesa formal no processo. Até o momento, sua equipe jurídica não se manifestou. Se condenada, a atriz poderá ser responsabilizada pelos danos morais alegados por Neymar.

Leia Também: Arthur Aguiar revela quanto ganhou para entrar no “BBB22”

Como Mauro virou Oruam, que virou projeto de lei, que virou música, que virou hit

0

EDUARDO MOURA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Esta é uma breve história de como Mauro virou Oruam. De como Oruam virou projeto de lei. E de como o projeto de lei virou música.

 

Música, fama, dinheiro -tudo isso é passageiro e não enche os olhos de Mauro. O que ele quer é estar com a sua família completa, coisa que nunca teve.

O pai, Márcio dos Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP, está preso desde 1996. Mauro, o quarto filho, nasceu meia década depois. Ele é conhecido como Oruam, um dos rappers brasileiros mais ouvidos atualmente, e expressou esse desejo numa entrevista ao podcast PodPah.

Hoje, o anagrama do nome de batismo do artista carioca não sai do noticiário. Primeiro porque é um dos mais populares da nova geração no Brasil -nesta quinta, virou manchete ao ser detido após fazer uma manobra perigosa e tentar escapar de uma blitz no Rio de Janeiro.

Segundo, porque seu nome virou o apelido de um projeto de lei que vem sendo replicado em dezenas de casas legislativas, é a chamada lei anti-Oruam. Assim que saiu da prisão, após o amigo e parceiro musical Orochi pagar a fiança, de R$ 60 mil, Oruam anunciou o álbum “Liberdade”.

O novo trabalho, já no streaming, tem 15 músicas, entre elas, uma intitulada “Lei Anti-Oruam”. A capa do álbum é ilustrada por uma foto de Oruam e sua família -mãe e irmãos vestem camisas com a foto de Marceinho VP, com a palavra “liberdade” em negrito. O próprio Márcio aparece na fotografia, digitalmente inserido. O clipe da faixa “22 Meu Vulgo”, lançado à meia-noite desta sexta, já tem quase 800 mil visualizações.

Nas redes, houve quem elogiasse o artista, chamando de “mito” ou exaltando sua aura anti-sistema, mas também houve quem criticasse o lançamento do disco logo após a prisão.

No início da tarde desta sexta, o rapper postou em suas redes um vídeo de um vídeo de um carro branco fazendo manobras perigosas em frente a uma viatura de polícia militar do Rio de Janeiro. A cena é filmada por alguém próximo dos veículos em movimento, com boa estabilização de imagem.

A cena postada se assemelha a imagens obtidas pelo G1. Segundo apuração do portal, o carro que faz “cavalo-de-pau” em frente à polícia teria Oruam no volante. Imagens da TV Record, também condizentes com o vídeo postado pelo artista, mostram o rapper sendo retirado de perto do carro por um policial.

Enquanto uma série de seguidores o elogiou e postou comentários como “GTA RJ”, outros levantaram suspeitas de jogada de marketing. Na noite de ontem, Oruam postou um story agradecendo ao perfil de entretenimento Choquei. “Queria agradecer à página Choquei que postou todos os vídeos de hoje, sem manipular nenhuma postagem. Sigam eles lá, família”, escreveu.

De acordo com reportagem do UOL, Oruam admitiu nos bastidores que fez “besteira”. O jovem ficou calado durante todo o depoimento à polícia, que diz que não identificou sinais de embriaguez nele.

Quem deu início à maré de PLs anti-Oruam foi a vereadora Amanda Vettorazzo, do União Brasil de São Paulo. Os projetos propõem que seja proibido o uso de recursos públicos para a contratação de artistas que façam manifestações consideradas de apologia ao crime e ao uso de drogas em suas músicas ou apresentações.

Atualmente, foram apresentados projetos em pelo menos 12 capitais brasileiras, seis estados, além da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Foi no Parque Taipas, comunidade bem ao norte da capital paulista, que Vettorazzo tirou sua inspiração para a proposta. Na época, ela não era vereadora, mas já atuava como coordenadora nacional do Movimento Brasil Livre, o MBL. Ela conta que visitava o local em quase toda data comemorativa, acompanhando ações de uma ONG que atua em comunidades periféricas.

Lá morava um garoto que hoje deve estar na faixa dos 14 anos, ela diz, bastante envolvido nas atividades, como o jiujitsu. Com o tempo, não encontrava mais o menino em suas visitas, até que depois topou com o garoto por acaso. “Ele me disse ‘tia, eu não quero mais fazer esporte, não. Eu quero ser MC'”, afirma Vettorazzo. Dentre os artistas que o menino afirmava admirar, estava Oruam, que, no ano passado, ficou célebre para um público maior por ter defendido a liberdade de seu pai durante um show no Lollapalooza.

“Isso me preocupou muito. Eu não posso proibir ele de ouvir uma música, não sou mãe dele nem mãe de ninguém”, diz a vereadora. “E também não posso proibir o Oruam, por exemplo, de fazer show aqui [em São Paulo].”

Ela então explica o porquê de mirar nos eventos com dinheiro público. “Por exemplo, ele fez um show aqui em São Paulo, numa casa chamada Vitrinni, uma casa cara, na Vila Olímpia. Ele [o jovem do Parque Taipas] não teria condições financeiras de ir nesse show. Mas numa Virada Cultural, num evento público, ele teria condição de ir.”

“Não acho que a gente pode deixar que os nossos jovens sejam influenciados por artistas que façam apologia e que, no show, enalteçam o Comando Vermelho, o crime organizado”, diz Vettorazzo.

Oruam não ficou calado diante da ofensiva legislativa que leva seu nome. Gravou vídeos chamando a vereadora de “doente mental” e insinuando ameaças veladas com frases como “se não, você vai conhecer o capeta”. O resultado foi uma enxurrada de ameaças, feitas por fãs, inclusive de estupro, à vereadora, que registrou um boletim de ocorrência e agora anda escoltada.
Para Aline Akemi Freitas, advogada especialista em direito administrativo na área da cultura e fomento público, o PL promove a censura prévia.

“O gestor tem autonomia para decidir o que ele vai contratar e pode responder por suas decisões de várias formas, se for o caso. Quanto aos responsáveis pelas crianças e adolescentes, entendo que cada um vai tomar a decisão que entenda mais acertada na orientação e criação dos menores”, diz.

Já nos casos das leis de incentivo, em que a escolha da alocação do dinheiro público é da iniciativa privada, como a Rouanet, por exemplo, não pode haver análise subjetiva, diz a advogada. “Cumpridos os requisitos [técnicos], o projeto tem que ser aprovado.”

Para ela, a lei pode limitar o acesso à cultura “especialmente da população que mais se identifica com a realidade que as músicas retratam”, isto é, pessoas de regiões mais pobres da cidade. “Entendo que há uma censura, considerando que parte da população só tem acesso a determinados shows se a prefeitura ou o poder público contrata”, diz Freitas.

Artistas de funk, rap, trap muitas vezes usam o argumento de que músicas acusadas de exaltar o crime, na verdade retratam a realidade das comunidades carentes do Brasil e que, por isso, não são apologia, mas um relato.

“O projeto não proíbe o financiamento público nessas hipóteses de uma mera narrativa, só quando há exaltação, quando há apologia, quando há incentivo à conduta”, diz o deputado Kim Kataguiri, do União Brasil, que apresentou a versão federal do processo na Câmara dos Deputados.

“O que a gente está querendo é a obrigatoriedade do [poder] Executivo fazer a análise de que se naquele projeto que está sendo apresentado há músicas ou manifestações que façam apologia do crime e do uso de drogas. Se o projeto é aprovado, mas no curso do evento é feita essa apologia, aí aplica-se uma multa para o contratado”, diz Kataguiri.

Para Conrado Hübner Mendes, colunista da Folha e professor de direito constitucional da Universidade de São Paulo, o PL viola a liberdade de expressão. “Pode uma banda ir numa unidade de ensino e eventualmente cometer um crime pelo que fala? Claro, qualquer um pode, mas não como requisito prévio, a partir de uma definição genérica de apologia ao crime”, diz.
“Apologia do crime é um tipo penal e isso quem julga é o judiciário”. diz Hübner Mendes. “Recursos públicos estão sujeitos a uma série de regras. Uma vez respeitadas essas regras, não cabe a eles [gestores públicos] julgar se uma música faz apologia ao crime. Não cabe uma lei definir e nem o gestor [público] julgar do ponto de vista moral o que se contrata.”

Segundo Kataguiri, caberia ao poder Executivo analisar se há ou não apologia nas propostas culturais apresentadas. “Quem submeter o projeto à análise pode recorrer na própria instância administrativa dentro do Poder Executivo para que isso seja reavaliado. Se o Poder Executivo continua achando que a apologia e quem recorreu não está satisfeito, ele pode recorrer ao Poder Judiciário”, diz. “Da mesma maneira, se o Poder Público contrata, considerando que não há apologia e há uma quebra desse contrato no curso do evento, tem apologia ao crime, ele exige a multa contratual.”

Para Hübner Mendes, o PL é juridicamente inócuo. “Mas a tentativa de intimidação por meio de lei nunca é inócua”, diz.

Só que antes de enfrentar parlamentares e a opinião pública, o menino Mauro teve que enfrentar a vontade da mãe, que torcia o nariz para músicas com conteúdo violento.

“Até hoje ela não gosta, inclusive meu pai também é contra! Eles sempre blindaram muito a gente, e nos incentivaram a seguir um caminho completamente diferente da realidade que eles viveram”, diz a irmã de Mauro, Débora Gama, que é cantora gospel.

Wallace conheceu Oruam num culto no Complexo do Alemão, quando o garoto devia ter uns 7 anos de idade. Na época, Wallace já era MC Smith, mas Oruam ainda era apenas Mauro.

“Ele sempre foi um cara muito extrovertido, um garoto super povão, andava descalço, mas ele não morou no complexo, ele sempre morou fora da favela, sempre teve uma vida bem melhor, bem tranquila. Porque o pai também não queria que os filhos passassem pelo que o pai passou assim, no geral assim, tá ligado?”, diz.

Há cerca de dez anos, Wallace conta que foi fazer um show na antiga Via Show, uma grande casa de espetáculos na Baixada Fluminense, e propôs levar Mauro. A mãe do menino, evangélica, não deixou. “Ele chorou e tudo nesse dia”, conta Smith.

Em 2017, houve o lançamento de um livro do pai de Mauro, na quadra da Mangueira. Na ocasião, o garoto declamou um poema. “[Nesse dia] eu falei para a mãe dele que ele tinha que desenvolver o poema dele em forma de música. E hoje ele tá aí”, diz.

São seis os filhos de Márcio -cinco dos quais ele teve com a sua xará, Márcia Gama. O casal se conheceu no Complexo do Alemão, onde nasceu Lucas, o primeiro de Márcia e o segundo de Márcio, que foi para a prisão um par de meses depois do nascimento do filho. Depois vieram Débora, Mauro, Vitória e Silas.

Marcinho VP, o pai de Oruam, foi condenado a 36 anos de prisão sob a acusação de ser mandante de dois homicídios, cometidos em 1996.
Apontado como uma das maiores lideranças do Comando Vermelho mesmo após ser preso, Márcio, em entrevista à Record, em 2018, afirmou que nunca foi traficante na vida, e que “vivia de assaltos na rua”.

Ele afirma ter sido um integrante do Comando Vermelho, “apenas mais um”, sem ter exercido cargo de mando. Na mesma entrevista, ele afirma que ajudou Sérgio Cabral nas eleições de 1996. “Ele me enganou direitinho”, disse ao jornalista Domingos Meirelles. Márcio disse que recebeu Cabral em seu camarote durante um showmício de pagode no Complexo do Alemão. “Comeu, bebeu, me elogiou para caramba.”

Os filhos de Márcio cresceram em Jacarepaguá, no Pechincha, bairro de classe média na zona oeste do Rio de Janeiro, e estudaram em escola particular.

O mais velho, Márcio, estudou gastronomia. Lucas cursou direito, Débora arquitetura. Vitória está fazendo enfermagem e o caçula, Silas, de 21, não entrou na faculdade -ainda está se encontrando, mas gosta da área da música, conta a irmã mais velha.

Mauro fez até o segundo ano de psicologia, mas parou depois de estourar na música.

“Sempre tivemos boas oportunidades e fomos ensinados a não desperdiçá-las”, diz Débora, que conta que sempre foi a filha mais comportada.

O primeiro hit foi “Invejoso”, de 2021, que hoje acumula 67,7 milhões de audições no Spotify. O clipe da música tem 193 milhões de views no YouTube. Oruam ficou mais conhecido no mainstream depois de participar do Poesia Acústica, bem sucedido projeto musical que reúne artistas de trap, rap, funk e já lançou 16 álbuns.

Em 2024, furou a bolha de vez. Durante apresentação no Lollapalooza, em São Paulo, vestiu uma camisa com o retrato do pai com a palavra “liberdade” em baixo.

Seus versos vão da putaria ao Deus-pai, do jogo do tigrinho à violência policial.
Oruam é dono do hit “Rolé na Favela de Nave”, indicado ao prêmio de funk do ano no Prêmio Multishow de 2024. Também é autor do trap gospel “Terra Prometida”, em que canta “essa eu fiz pra minha mãe se orgulhar”.
Um de seus sucessos mais recentes é “Oh Garota Quero Você Só Pra Mim”, em parceria com o sertanejo Zé Felipe, marido da influenciadora Virgínia Fonseca, vem sendo chamado de “hit do verão”.

Em “Filho do Dono”, parceria com MC Cabelinho, ele canta “Não tenho medo, eu sou filho do dono/ Maior responsa de sujeito homem”.

Não raro, se veste e se maquia de Coringa, vilão do Batman. Ele também usa a simbologia do numero 22, que corresponde ao arcano do louco no tarô.

No peito, ele carrega uma tatuagem do rosto do pai. Embaixo da costela, ele tem tatuado o rosto de Elias Maluco, morto em 2020, após ter sido condenado como mandante do assassinato do jornalista Tim Lopes. Oruam o chama de tio.

Os irmãos cresceram frequentando a mesma igreja, mas hoje apenas Débora é membro da Assembleia de Deus Bonsucesso de Jacarepaguá, onde faz parte da equipe de louvor. Segundo ela, todo mês os irmãos frequentam os cultos que a cantora realiza em sua casa.

Mauro não foi o primeiro da família a tentar carreira artística. Os mais velhos, Lucas e Débora, começaram a cantar ainda crianças, formando uma dupla gospel. Débora diz que começou aos quatro anos, e Lucas engatou na carreira musical junto com ela alguns anos depois. Assim que Lucas entrou para faculdade, deixou a dupla.

Débora Gama tem números mais modestos nas redes. Seu clipe mais visto de seu canal tem 149 mil visualizações. Um dueto com o cantor Jairo Bonfim, “Ninguém Explica Deus”, tem 2,7 milhões.
A cantora conta que Mauro nunca quis se aventurar no mundo dos melismas e louvores da música gospel. “Ele sempre levou jeito para rima, poema, rap”, diz.

Débora rejeita a pecha de “nepo baby” tanto para ela quanto para o irmão. Ela discorda que a imagem do pai tenha ajudado na carreira artística dos filhos.
“Nunca ouvi ninguém usar esse termo para se referir a mim, até porque não vejo benefício nem vantagem alguma em carregar o nome do meu pai, principalmente da forma negativa como retratam”, diz a cantora e arquiteta.

“Sempre trabalhei, tem anos que eu tenho minha carreira, e nunca usei do nome do meu pai para chegar em lugar nenhum. Depois que Mauro estourou é que passamos a ser mais ‘notados’, e começaram a nos vincular ao nosso pai. Acredito que as pessoas aproveitam do nome dele -que vende- para nos rotular, e isso, de alguma forma, gera curiosidade, que gera visibilidade.”

Leia Também: Piovani nega pedido de desculpas, e Neymar quer R$ 50 mil de indenização

Atacante briga com o time para cobrar pênalti na Itália, festeja sozinho e acaba substituído

0

Uma cobrança de pênalti por pouco não acabou em briga entre companheiros de time durante partida do Campeonato Italiano, nesta sexta-feira. O entrevero aconteceu durante o confronto entre Lecce e Udinese e foi protagonizado pelos próprios jogadores da equipe que deveria cobrar a penalidade, a Udinese.

Aos 28 minutos do primeiro tempo, o árbitro foi ao VAR para confirmar um pênalti a favor da equipe visitante. A partir daí, começou a confusão. O atacante italiano Lorenzo Lucca pegou a bola para si, iniciando uma disputa que durou mais de dois minutos.

Diversos companheiros tentaram pegar a bola e argumentar com Lucca, já que o cobrador oficial seria o atacante francês Florian Thauvin. O defensor sérvio Jaka Bijol chegou a gritar com o italiano, mandando-o ir embora. O próprio juiz se mostrou impaciente e mandou que o pênalti fosse batido.

Lucca venceu a briga, marcou o gol e comemorou sozinho. Thauvin, o cobrador oficial da Udinese, irritado, pediu para ser retirado da partida, mas quem acabou substituído, quatro minutos depois, foi o próprio autor do gol. A equipe de Údine venceu a partida por 1 a 0 e aparece na 10ª colocação do Campeonato Italiano.

“Temos hierarquias claras e Thauvin é o primeiro batedor de pênaltis”, disse o técnico da Udinese, o alemão Kosta Runjaic, ao canal DAZN. “Eles tiveram uma discussão muito longa, do meu ponto de vista, Lucca tomou a decisão por conta própria, então decidi tomar uma decisão também e substituí-lo.”

Excesso de jogos, shows e mudança climática influenciam no debate sobre grama natural e artificial

0

LUCAS BOMBANA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O embate entre grama natural e grama sintética no futebol, reavivado nesta semana após manifestação conjunta de jogadores, envolve questões esportivas, financeiras e ambientais.

 

No protesto contra os campos sintéticos, atletas evitaram citar o suposto risco maior de lesões no piso artificial -algo que, segundo profissionais da área, não tem comprovação científica. A base da crítica do grupo é que o gramado usado nos estádios de Palmeiras, Athletico e Botafogo muda a dinâmica do jogo.

“Em nenhum momento falamos que a nossa briga é por isso [risco de lesões]. O nosso ponto é totalmente técnico, sobre a dinâmica de jogo. O esporte é completamente diferente, futebol de society [de gramado sintético], futebol de campo, com gramado natural, é totalmente diferente”, disse o meia Lucas Moura, do São Paulo.

Profissionais do esporte assinalam que há, de fato, diferenças entre os dois gramados que causam mudanças importantes no jogo. Isso porque o tipo de piso muda o comportamento da bola.

“A grama sintética tende a proporcionar uma superfície mais uniforme e rápida, o que pode acelerar o ritmo da partida e alterar o comportamento da bola, tornando-a mais ágil e com quique diferente. Isso pode exigir dos jogadores adaptações em suas técnicas de passe, domínio e condução de bola”, afirmou Flávia Magalhães, médica do esporte com passagens por Atlético-MG, América-MG e CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

Júlio Cerca Serrão, coordenador do Laboratório de Biomecânica da Escola de Educação Física e Esporte da USP (Universidade de São Paulo), acrescenta que a estabilidade dos jogadores em campo é um fator a ser considerado.

No sintético, ele explica, o pé do atleta tende a ficar mais preso à superfície, característica que aumenta a tração e permite que o indivíduo desenvolva mais força em seu movimento.

Por outro lado, a possibilidade de o jogador sentir uma espécie de trava no pé ao tentar se movimentar rapidamente é bem maior do que no natural, afirma Serrão.

“Quanto maior a velocidade do atleta, mais impactante ficam as diferenças do jogo entre os gramados”, disse Serrão.

No centro da discussão também está a dificuldade para se manter um gramado natural de qualidade em um estádio.

“A nossa briga é para que se tenha gramado natural de qualidade. A gente não pode tapar o sol com a peneira. Não pode simplesmente [dizer]: ‘tem gramado ruim, vamos fazer gramado sintético, pronto, acabou’. Não. Tem que ter gramado bom. As pessoas perguntam se prefiro jogar em um gramado esburacado do que no sintético. Não. Prefiro jogar em um gramado natural bom”, afirmou Lucas Moura.

Nesse aspecto, a questão é financeira e de gestão. Engenheira agrônoma especialista em gramados, Maristela Kuhn afirmou que a qualidade ruim da grama de alguns estádios se deve principalmente à falta de manutenção, orçamento e carga excessiva de uso.

Compactação do solo, apodrecimento de raízes, deficiência nutricional, diminuição no desenvolvimento foliar, aumento de pragas e doenças são alguns dos problemas que podem afetar os gramados dos estádios, acrescentou André Ferretti, engenheiro florestal e gerente de Economia da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário.

“Se tiver uma manutenção excelente do gramado, uma carga de uso reduzida e shows menores, vai ter gramados bons, e isso tem muito a ver com orçamento. Existem gramados no Brasil que têm uma excelente condição ao longo do ano inteiro. São clubes da Série A que têm poucos shows, orçamento bom e excelente manutenção”, afirma Maristela, que atende times do Campeonato Brasileiro.

Ela diz ainda que uma opção a ser considerada é seguir o modelo de estádios nos Estados Unidos, em que já há um orçamento previsto para a troca do gramado logo após a realização de um grande evento. “Quer uma carga de uso elevada? Vai precisar ter um orçamento elevado para poder recuperar ou trocar todo o gramado após o uso.”

Nos últimos anos, os clubes brasileiros têm se válido cada vez mais de eventos sem qualquer relação com o futebol para aumentar a arrecadação, sendo forçados a mandar suas partidas longe de casa.

O São Paulo, por exemplo, tem um acordo com a promotora de shows Live Nation para receber shows de artistas famosos no Morumbi que deve render cerca de R$ 15 milhões ao clube em 2025.

Como base de comparação, jogando como mandante no último clássico contra o Corinthians no fim de janeiro pelo Campeonato Paulista, o São Paulo teve uma renda bruta de aproximadamente R$ 3,3 milhões, quando quase 55 mil torcedores acompanharam a vitória do time da casa por 3 a 1.
Após um show da cantora colombiana Shakira no último dia 13, o gramado do Morumbi ficou castigado.

“Tinham algumas partes que estavam com a coloração diferente, mas a qualidade estava muito boa. E isso é uma prova que se tiver boa vontade, esforço, um pouquinho de investimento e bom senso, dá para cuidar do gramado”, afirmou Lucas Moura.

O custo menor de manutenção do gramado artificial costuma ser apontado como um de seus diferenciais.

O Athletico Paranaense, por exemplo, informou que a manutenção do gramado artificial da Ligga Arena girava em torno de R$ 200 mil por ano. Com a grama natural, apenas o gasto com energia elétrica para iluminação artificial chegava a R$ 1,2 milhão.

Ferretti citou ainda o impacto das mudanças climáticas entre as causas para a qualidade ruim dos gramados brasileiros.

Segundo ele, ao longo das últimas três décadas, houve um maior número de dias com forte calor -de menos de 10 dias por ano até o final dos anos 1980 para mais de 50 dias por ano atualmente- e uma alteração na quantidade e distribuição das chuvas, com uma redução de 10% a 40% na região nordeste, central e parte do sudeste, e aumento de 10% a 30% na região sul e em parte dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

O engenheiro florestal afirmou que isso exige adaptações no manejo dos gramados, desde o solo e a irrigação, passando pela drenagem, adubação e tempo de descanso entre jogos, até a variedade da grama utilizada.

“O mesmo impacto ocorre na agricultura, o que exige adaptações no manejo das culturas, melhoramento genético das plantas, mudança das espécies cultivadas, dentre outras práticas”, diz Ferretti.

Leia Também: Atacante briga com o time para cobrar pênalti na Itália, festeja sozinho e acaba substituído

Bolsonaro sugere IA contra Moraes, mas pode ser prejudicado com resposta

0

ANA GABRIELA OLIVEIRA LIMA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Jair Bolsonaro (PL) fez uma postagem nesta sexta-feira (21) propondo aos seus seguidores no X (antigo Twitter) que perguntem à inteligência artificial se juízes podem participar de delações premiadas, sugerindo erro na atuação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que conduziu a delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.

 

Quando a pergunta foi feita em plataformas de inteligência artificial pela Folha, entretanto, as ferramentas trouxeram resultados que podem ir na contramão da intenção crítica de Bolsonaro. A busca por temas complexos em IAs, alertam especialistas, não é recomendada, pois pode gerar erros e incompletudes.

A postagem de Bolsonaro ocorre em contexto de intensificação de críticas do político a Moraes depois de o ex-mandatário ter sido denunciado na terça-feira (18) sob a acusação de liderar uma trama golpista para impedir a posse do presidente Lula (PT). Com a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), Bolsonaro se aproxima da possibilidade de se tornar réu na ação penal.

Ele é acusado dos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado, de dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União, deterioração de patrimônio tombado e participação em uma organização criminosa.

O ex-presidente, que nega ter participado da trama, pode ser condenado a mais de 40 anos de prisão pelos crimes. Por causa do cenário, ele e aliados intensificaram críticas à delação de Mauro Cid e a autoridades que apuram os crimes.

Bolsonaro escreveu na rede social: “Um convite ao debate. Que tal escrever a frase: ‘O juíz pode participar das audiências realizadas durante a delação premiada?’ no ChatGPT”.

Apesar da intenção crítica de Bolsonaro implícita na sugestão de busca, uma pesquisa com a pergunta elaborada por ele, feita pela Folha no ChatGPT, trouxe como resultado que um juiz pode sim participar das audiências, com a ressalva de que sua atuação precisa ser “cuidadosa e respeitar os princípios do devido processo legal”.

“Durante a audiência, o juiz pode intervir para garantir que o procedimento seja conduzido de maneira justa e transparente, mas é importante que sua participação não comprometa a imparcialidade do julgamento futuro do caso”, afirmou a resposta da IA.

A mesma pergunta foi feita pela Folha ao chatbot Deepseek. De maneira similar, a ferramenta disse que juízes podem participar de delações premiadas.

“O juiz tem um papel central nesse processo, pois é responsável por garantir que os procedimentos sejam conduzidos de acordo com a lei, assegurando os direitos das partes envolvidas e a legalidade da colaboração. Durante as audiências, o juiz ouve o depoimento do delator, avalia a relevância das informações fornecidas e decide sobre a concessão dos benefícios previstos na lei.”

Segundo Luísa Walter da Rosa, autora de livros sobre acordos penais e colaboração premiada e doutoranda em processo penal na USP, a ideia geral de que juízes podem participar de delações premiadas é correta, se for como fiscalizadores e depois que o acordo foi firmado pelas partes.

Ela explica que, depois de homologada a delação, o colaborador pode ser intimado a prestar esclarecimentos. O magistrado participa e decide em cenários em que é preciso analisar se a colaboração precisa ou não ser rescindida, como aconteceu com Mauro Cid.

A colaboração premiada é um acordo entre investigador e investigado, no qual o segundo se compromete a ajudar na investigação em troca de benefícios negociados, como a diminuição de pena.

As respostas trazidas pelas IAs, entretanto, trouxeram incorreções ou foram incompletas, ao não especificar, por exemplo, que o juiz só participa depois da homologação do acordo.

“Quanto a respeitar o devido processo legal, na verdade o juiz precisa observar o procedimento previsto na lei 12.850/2013. O devido processo legal envolve presunção de inocência, direito ao silêncio, de não produzir prova contra si mesmo, todas garantias que o colaborador abre mão voluntariamente para firmar a colaboração premiada”, diz Luísa.

Mariza Ferro, professora de inteligência artificial do Instituto de Computação da UFF (Universidade Federal Fluminense), alerta que tais ferramentas não são adequadas para a busca de temas complexos.

Ela afirma que a promessa atual desse tipo de tecnologia é entregar respostas que pareçam coerentes e semelhantes à linguagem humana, mas que não há compromisso das plataformas em entregar a informação correta.

“O ChatGPT não é uma ferramenta de busca. É possível receber dele resultados verdadeiros, como é possível que não tenha nada de verdade [na resposta] ou meia verdade “, afirma.

As respostas da ferramenta também podem mudar a cada vez que ela for acionada e a depender de como a pergunta é feita. Além disso, inteligências artificiais não são ferramentas neutras e podem apresentar vieses.

Leia Também: Bolsonaro pediu levantamento de joias e venda dos itens, afirma Cid

Refém em banco no Leblon: Mulher é libertada e assaltante baleado

0

Uma mulher foi feita refém em uma agência bancária na manhã deste sábado, 22, na Avenida Ataulfo de Paiva, no Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro.

Agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) negociaram a rendição do criminoso e a libertação da vítima.

A informação sobre a refém foi publicada pela Polícia Militar do Rio no X às 8h45. Pouco depois, às 9h29, eles informaram que o “tomador de refém foi atingido e socorrido para o Hospital Miguel Couto, na Gávea”. A área foi isolada e a perícia acionada.

 

Arthur Aguiar revela quanto ganhou para entrar no “BBB22”

0

Arthur Aguiar, ator e ex-BBB, revelou detalhes de sua trajetória financeira durante participação no programa “Jornal dos Famosos” nesta sexta-feira (21). Ele contou que seu último contrato com a TV Globo rendia cerca de R$ 40 mil mensais, após sete anos na emissora. Quando começou, em 2013, o salário era entre R$ 5 mil e R$ 6 mil. Sobre sua participação no “Big Brother Brasil 22”, Arthur afirmou que recebeu R$ 30 mil para entrar na competição.

 

Atualmente, o ator está focado em empreendimentos fora do meio artístico. Ele mencionou sua loja de carros de luxo no Tatuapé, em São Paulo, e anunciou o lançamento, em março, de uma locadora de veículos blindados de alto padrão. “Enxergamos uma brecha no mercado. Executivos e jogadores de futebol, por exemplo, podem optar por alugar um carro em vez de comprar, já que muitas vezes não sabem quanto tempo ficarão na cidade”, explicou Arthur, destacando a alta demanda pelo serviço.

Além do setor automotivo, Arthur diversificou seus negócios em outras áreas, incluindo empresas de contabilidade e auditoria, perícias judiciais e clínicas de estética em Caxias do Sul e Alphaville. Ele afirmou que, no momento, atuar não é sua prioridade e que só aceitaria projetos que realmente o motivassem. “Hoje, graças a Deus, não é mais sobre dinheiro, mas sobre estar 100% mergulhado no projeto”, concluiu.

Leia Também: Ponto final! Maiara termina noivado com Mohamed Nassar

Bolsonaro pediu levantamento de joias e venda dos itens, afirma Cid

0

Em um dos depoimentos prestados à Polícia Federal pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o militar relatou que o ex-presidente pediu um levantamento de valores de presentes recebidos de autoridades da Arábia Saudita. Em março de 2023, o Estadão revelou que o governo Bolsonaro tentou entrar no Brasil, de forma ilegal, com joias recebidas do regime saudita.

 

 

A audiência de Cid ocorreu em agosto de 2023. O conteúdo do depoimento, incluindo os vídeos das oitivas, foi tornado público na quarta-feira, 19, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes retirou o sigilo da delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

 

A defesa do ex-presidente afirmou que a delação de Cid é “fantasiosa” e que a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) – na qual Bolsonaro é acusado de liderar uma organização criminosa que tramou um golpe de Estado – é “inepta”.

 

“Ele (Bolsonaro) pediu para verificar quais seriam os presentes que poderiam ter algum valor. A maneira mais fácil de quantificar seria pelos relógios, por causa da marca. Eu fiz um levantamento. A gente viu qual relógio podia realmente ter algum valor. O Rolex estava entre eles. Apresentei essa lista e ele falou: ‘Pô, bicho, vamos tentar vender isso aqui?’ Ele autorizou vender o Rolex e outros apetrechos”, afirmou Cid no depoimento.

 

Débitos

 

De acordo com o tenente-coronel, o então presidente tinha intenção de vender os produtos recebidos na condição de chefe de Estado para quitar multas judiciais. Ele citou uma condenação imposta a Bolsonaro em ação movida pela deputada Maria do Rosário (PT-RS).

 

“Multas que recebia pelo não uso de máscara (na pandemia), pelo não uso de capacete (ao andar de motocicleta)… Os gastos com ações judiciais, como (o processo) da Maria do Rosário, em que ele foi multado em R$ 500 mil”, disse Cid.

 

Em julho do ano passado, a PF indiciou Bolsonaro e outras 11 pessoas no caso das joias sauditas. A corporação atribuiu ao ex-chefe do Executivo peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Na delação, Cid declarou que entregou ao ex-presidente US$ 86 mil obtidos com a venda de joias recebidas de presente.

 

Choro

 

Já na audiência em que foi ordenada sua prisão pela segunda vez, após a divulgação de áudios em que atacava Moraes e o inquérito do golpe, em março do ano passado, o tenente-coronel foi aos prantos, ao falar da filha e ao comentar a situação financeira da família.

 

“Depois que vazou a porcaria do áudio, a minha filha chorando em casa: ‘O que vai acontecer com meu pai’. É um desserviço o que essa porcaria da imprensa faz de pegar um áudio privado, em que o cara está desabafando, e expor isso”, afirmou Cid, chorando. “Eu perdi tudo que eu tinha, a família está vendendo os imóveis. Eu não tenho a minha carreira mais.” No fim da audiência, ao ouvir que seria preso novamente, Cid soltou a caneta que segurava, levou as mãos ao rosto e mostrou inconformidade.

 

Minuta

 

Um outro vídeo mostra o momento em que Cid, pela primeira vez, vinculou Bolsonaro a um golpe. Segundo ele, o ex-presidente recebeu de um ex-assessor e um jurista uma minuta para anular a eleição de 2022 e prender autoridades, como Moraes. O militar relatou que Bolsonaro leu o documento, alterou pontos e manteve a prisão do ministro e a realização de novas eleições.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leia Também: Hamas liberta 5 dos 6 reféns previstos na primeira fase do cessar-fogo

Trump critica Biden por comprar petróleo à Venezuela e “fortalecer” Maduro

0

Para o presidente norte-americano, seu antecessor não deveria ter continuado comprando petróleo venezuelano, quando seu país tem “o melhor petróleo bruto do mundo”.

 

Trump fez essas declarações em um evento na Casa Branca ao se referir à compra de petróleo venezuelano por empresas americanas. O petróleo bruto venezuelano é especialmente pesado e é processado em refinarias em Houston, no Texas.

Trump aludiu à decisão do governo Biden, em novembro de 2022, de autorizar a petroleira norte-americana Chevron a expandir sua produção na Venezuela, em um movimento que reverteu parte das sanções impostas durante seu primeiro mandato.

A esse respeito, insistiu que Maduro “estava pronto para partir”, mas que “Biden o fortaleceu”.

“Então você tem uma pessoa sentada aí com muito petróleo. Essa não é uma boa situação, mas estamos conversando sobre isso”, disse Trump, acrescentando: “Podemos tornar a Venezuela forte novamente”.

No final de janeiro, em declarações à imprensa na Casa Branca, Trump já havia avisado que não permitirá a compra de petróleo venezuelano como fez Biden. “Biden foi e eles compraram milhões de barris de petróleo. Não vou permitir que algo tão estúpido aconteça novamente”, disse ele na ocasião.

Trump reforçou essa posição em 18 de fevereiro, em uma coletiva de imprensa na Flórida, onde garantiu que está considerando suspender a licença que permite à Chevron operar na Venezuela.

Leia Também: EUA querem usar US$ 300 bi tomados da Rússia na Ucrânia

Hamas liberta 5 dos 6 reféns previstos na primeira fase do cessar-fogo

0

O Hamas entregou na madrugada deste sábado (22), outros 3 reféns, totalizando cinco dos últimos seis reféns vivos previstos para serem trocados na primeira fase do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que entrou em vigor em 29 de janeiro.

 

O movimento terrorista palestino já havia entregado dois reféns, por volta das 5h deste sábado (horário de Brasília): Tal Shoham, de 40 anos, e Avera Mengistu, de 39 anos. Eles foram entregues à Cruz Vermelha em Rafah, no sul de Gaza.

Outros três reféns foram entregues pelo Hamas à Cruz Vermelha em um segundo ponto de entrega, na região central da Faixa de Gaza, em Nuseirat, por volta das 7h40 (horário de Brasília). Israel confirmou o recebimento dos cinco libertados. De acordo com a agência de notícias Reuters

Até a última atualização, haviam sido resgatados Tal Shoham e Avera Mengisto (em Rafah), além de Omer Shem, Eliya Cohen e Omer Wenkert (em Nuseirat), conforme informações da agência de notícias Reuters. A libertação de Hisham Al-Sayed é esperada para as próximas horas.

Quatro dos reféns, Eliya Cohen, 27 anos, Tal Shoham, 40, Omer Shem Tov, 22, e Omer Wenkert, 23, foram sequestrados durante o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023.

Já Avera Mengisto, 39 anos, e Hisham Al-Sayed, 36, foram capturados separadamente após entrarem na Faixa de Gaza há cerca de uma década, sob circunstâncias ainda não esclarecidas.

Em contrapartida, Israel deverá libertar 602 prisioneiros palestinos que estão sob custódia em seus centros de detenção.

O acordo de troca de reféns e prisioneiros foi mantido, apesar das tensões recentes entre as partes, que quase resultaram no rompimento do cessar-fogo. Desde a entrada em vigor do cessar-fogo, em 19 de janeiro, esta é a sétima troca de reféns por prisioneiros.

Leia Também: Trump critica Biden por comprar petróleo à Venezuela e “fortalecer” Maduro