Durante o programa eleitoral do candidato Caio Vianna, hoje, se viu de tudo, menos propostas. O filho de Ilsan partiu pro ataque e fez de seu horário eleitoral quase uma homage ao seu adversário. Foram 5 minutos basicamente falando que não Wladimir Garotinho não pode ser o próximo prefeito de Campos. Caio só esqueceu de dizer os motivos pelo qual ele próprio merece. Foi como se o próprio pedetista admitisse a carência de qualidades em seu repertório. Então, seu argumento foi: Ele é pior que eu. Vote em mim, pois sou o menor dos males, o menos pior.
A postura de Caio revela uma fidelidade maior dos fatos que qualquer pesquisa, além do descredito em relação ao instituto que contratou e lhe colocou em primeiro lugar, o Paraná Pesquisas. Qualquer um que entenda minimamente de campanhas eleitorais ou marketing político sabe que o primeiro colocado não deve atacar o seu adversário. E Caio sabe disso, já que tem um marqueteiro de primeira, ninguém menos que João Kalache, publicitário citado na operação Lava-Jato e patrocinado por Rodrigo Neves, prefeito de Niterói.
Kalache, Duda, Santana ou qualquer outro publicitário com expertise em campanhas eleitorais diria: quem lidera olha pra frente e na frente não há ninguém a não ser o governo que se aproxima. Portanto, o mais importante é falar de projetos e ideias para a cidade. Mas Caio preferiu gastar todo seu caríssimo programa para atacar o seu adversário.
Vencedores pensam na vitória enquantos os perdedores pensam nos vencedores.