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Para analistas, gelo na asa pode ser a causa; FAB diz que voo não informou falha

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As condições climáticas estão entre as hipóteses mais fortes para explicar a queda do avião em Vinhedo, no interior de São Paulo nesta sexta-feira, 9. Imagens do acidente mostram a aeronave caindo em um giro vertical, posição chamada no meio da aviação de “parafuso chato”, o que é apontado como principal indicativo de que o acidente ocorreu em razão de uma perda de sustentação, o “estol”. Segundo especialistas, a perda de sustentação pode estar associada à formação de gelo nas asas do avião. O voo não reportou emergência, de acordo com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

“Toda vez que cai assim é porque a asa perdeu a sustentação. Se os comandos não estivessem travados pelo gelo, ele poderia recuperar. Mas, mesmo assim, em uma queda nessa posição e dependendo do acúmulo de gelo, talvez até um piloto com muita experiência em acrobacia teria dificuldade em sair”, afirmou o diretor do Instituto Brasileiro de Segurança na Aviação, Laert Gouvêa.

Gouvêa disse ainda que o modelo ATR-72 voa em um nível intermediário de altura, o que facilita a formação de gelo sobretudo quando há frentes frias. De acordo com o especialista, a formação de gelo ocorre, em média, a uma altura entre 14 mil pés e 24 mil pés.

“Já houve outros acidentes por causa de gelo com esse modelo de avião. Esse tipo de avião voa num nível mais propenso à formação de gelo. São níveis intermediários (de altura). Nesse nível, tem grãos de gelo muito grandes, isso tanto pode danificar o avião como pode formar um gelo que gruda na aeronave”, afirmou Gouvêa.

De acordo com o especialista, quando o gelo “gruda” no perfil da asa, ela perde a sustentação. Também pode grudar na hélice e fazer com que ela perca rendimento. Conforme Gouvêa, o controle de voo estava alertando os pilotos ontem sobre a possibilidade. “(Ontem) Era um dia atípico com muita formação de gelo em função dessa frente fria de inverno, que é pior”, disse.

Gouvêa destacou que os aviões têm um sistema para fazer um degelo quando há condições adversas, mas em alguns casos a formação é tão grande que o sistema pode não dar conta. Uma das opções é o piloto alterar o nível de altura em que trafega para evitar exposição a essas massas polares.

O diretor do Instituto Brasileiro de Segurança na Aviação afirmou que é preciso esperar a conclusão das investigações para que a causa da queda seja determinada. Caso a hipótese se confirme, as autoridades devem emitir algum tipo de recomendação a respeito.

Velocidade

Segundo dados do site Flightradar24, o transponder do voo reportou uma velocidade vertical de 2,4 mil metros por minuto. Às 12h23, o site mostra que o avião subiu até atingir 5 mil metros de altitude, permanecendo nesta altura até 13h21. A partir desse horário, é registrada uma perda de altitude da aeronave. A queda durou cerca de um minuto e aconteceu a cerca de 4 mil metros de altura.

Na rede social X (ex-Twitter), o Flightradar24 publicou um alerta de formação de gelo severo entre 3,6 mil e 6,4 mil metros de altura. A aeronave voava a quase 5,2 mil metros pouco antes do acidente.

Consultor em segurança aérea e criador do canal do YouTube Aviões e Músicas, Lito Sousa disse que, no caso de haver gelo nas asas do avião, algumas manobras podem ser feitas pelo piloto. “Mesmo que o sistema esteja inoperante, o piloto tem que tomar algumas atitudes, como descer o avião em alta velocidade. Porque quando você desce a temperatura do ar nas camadas mais baixas aumenta e o gelo vai sair da asa. Assim como outras funções operacionais que o piloto tem que tomar.”

Sousa afirmou, porém, que é preciso aguardar as investigação. “Está sendo muito falado das condições de gelo que existiam na rota. Esse pode ser um fator contribuinte, ainda não sabemos. De qualquer maneira, somente um fator não faz um avião se acidentar.”

O investigador de acidentes aeronáuticos Maurício Franklin Pontes, que é gestor de crises da C5i Crisis Consulting, disse, por sua vez, que por enquanto não é possível “nem mesmo inferir” o que causou o acidente com o avião da Voepass. “O Cenipa é uma das melhores agências de investigação do mundo e não pode sofrer pressão para tirar conclusões. A investigação tem que começar a partir de um papel em branco.”

Investigação

Ainda ontem, o chefe do Cenipa, brigadeiro do ar Marcelo Moreno, afirmou que a aeronave não reportou qualquer emergência antes do acidente. Em entrevista coletiva no início da noite, o porta-voz do órgão da Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou que as duas caixas-pretas do avião foram encontradas e serão enviadas a Brasília para extração de dados em perícia. “É tudo prematuro, mas o que temos até agora é que não houve, por parte da aeronave, comunicação com órgãos de controle de que haveria alguma emergência”, disse.

As duas caixas-pretas recuperadas registram informações distintas. Uma grava conversas da cabine de comando e a outra registra dados da aeronave, como velocidade e inclinação. Apesar de os dispositivos terem sido recuperados, a extração das informações dependerá das condições em que se encontram.

Segundo o chefe do Cenipa, há casos em que os dispositivos acabam danificados e parte das gravações fica prejudicada. Ainda assim, há uma série de outros elementos que precisam ser considerados para as apurações.

Na entrevista concedida em Brasília, os representantes da Aeronáutica e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) evitaram apontar linhas de investigação sobre as causas do acidente. A mensagem foi a de que o momento é de captação de informações e qualquer suspeita seria mera especulação. A Anac só informou que aeronave e tripulantes estavam com as licenças em dia.

O coronel-aviador Carlos Henrique Baldin afirmou que aeronaves como a que caiu têm capacidade de voar nas condições mencionadas e que até o momento não é possível afirmar se as condições meteorológicas causaram a queda.

“Ela é certificada para voar nessas condições. Tem sistemas de proteção para evitar a formação de gelo na superfície da aeronave e, caso se forme, tem dispositivos para eliminar esse gelo. É muito cedo para afirmar qualquer coisa nesse sentido. Precisamos coletar uma serie de informações e, no momento, não tem como afirmar se isso foi decisivo ou não para a ocorrência”, disse.

A apuração judicial, sobre eventuais responsabilidades criminais, é conduzida pela Polícia Civil ou pela Polícia Federal. A PF decidiu enviar para Vinhedo um grupo de especialistas em acidentes aeronáuticos e identificação de vítimas de desastres para auxiliar nas apurações.

Investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV) foram ao local do acidente, uma área residencial do município. O comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno, acompanha os trabalhos dos militares. A equipe de investigadores da Aeronáutica é composta por peritos, engenheiros, mecânicos e psicólogos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Vítima de queda de avião postou story no Instagram minutos antes do embarque

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma das passageiras do avião que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, no início da tarde desta sexta-feira (9), fez uma publicação na rede social Instagram pouco antes de embarcar.

 

A aeronave da Voepass, antiga Passaredo, aparece ao fundo do vídeo publicado por Isabella Pozzuoli, que segurava uma bagagem de mão. Ninguém sobreviveu ao acidente.

Pozzuoli publicou um story por volta das 11h, minutos antes da decolagem do avião, que deixou o aeroporto de Cascavel (PR) às 11h50.

Segundo publicações na rede social, ela era professora de educação física na escola INSP Flamengo, no Rio de Janeiro. Os posts também mostram que tinha gatos e viajava com frequência.

O avião, que viajava de Cascavel a Guarulhos (Grande São Paulo), caiu em um condomínio no bairro Capela. A companhia aérea disse que o voo 2283 tinha 57 passageiros e quatro tripulantes a bordo. A empresa divulgou a lista de vítimas no início da noite desta sexta.

Todos os corpos serão levados para o IML (Instituto Médico-Legal) de São Paulo, pela avaliação de que a unidade tem mais recursos para fazer a identificação das vítimas.

Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a aeronave estava regular com a renovação do certificado de aeronavegabilidade prevista para junho de 2026.

Equipes do IML e os responsáveis pelo recolhimento de corpos foram encaminhadas para reforço nos trabalhos na área em que o avião caiu. Equipes do Hospital das Clínicas da Unicamp e o Hospital Estadual de Sumaré estão preparadas para o atendimento de eventuais pacientes que forem encaminhados.

 

Ana Patrícia explica treta com canadense: ‘A gente já se acertou’

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Ana Patrícia explicou o atrito com a canadense Brandie Wilkerson durante a final do vôlei de praia feminino nas Olimpíadas de Paris.

 

A brasileira disse que foi um atrito “natural de jogo”. Em entrevista ao sportv após a cerimônia de entrega de medalhas, Ana Patrícia minimizou a discussão com Wilkerson.

“A gente já se acertou”. Ana Patrícia acrescentou que houve conversa entre ela e a canadense tanto durante o jogo quanto após a partida.

A treta aconteceu no meio do tie-break. A partida chegou a ser paralisada por minutos. Ana Patrícia e Wilkerson levaram cartão amarelo.

Duda destacou o papel do DJ da arena para apaziguar a briga. O profissional colocou uma música de John Lennon para acalmar o clima, o que rendeu risadas segundo a atleta brasileira.

“O desentendimento é coisa normal de jogo. Ela gritou primeiro, e depois achou ruim quando eu gritei. Depois a gente já se acertou, temos o máximo respeito por elas e pela história delas, pelo que elas construíram juntas”, disse Ana Patrícia, ao sportv.

“Foi muito bom (o DJ tocar John Lennon), todo mundo riu, tudo voltou ao normal e conseguimos ganhar”, declarou Duda, ao sportv. “Todo mundo no espírito de querer fazer o melhor lá dentro, às vezes acontece esse tipo de coisa. Mas já conversamos na quadra e fora, está tudo certo”, completou Ana Patrícia.

O QUE MAIS A DUPLA DISSE
Duda: “As pessoas olham dentro da quadra e não sabem o que a gente passa. É abdicação, é vontade, é luta, é quebra-cabeça, vitórias e derrotas. E a gente conseguiu. É esforço né, é o amor. A gente luta todos os dias para viver isso, era nosso foco, sabíamos que seria difícil, e conseguimos. Só tenho a agradecer a Deus, a minha família, a toda a comissão e à Paty, e é isso.”

Ana Patrícia: “Às vezes cabe (fazer lances acrobáticos) num momento do jogo que não dá para colocar a mão, a cabeça está mais fácil. Eu tentei, algumas deu certo, outras nem tanto. Faz parte.”

Duda: “Sou muito grata a tudo desde meu início no esporte, agradeço a minha mãe desde o início. Todas as pessoas que passaram e ajudaram fazem parte disso. E ter nossa comissão aqui, presente, e todo o trabalho que é difícil. Saber qual é o melhor momento de trabalhar, de forçar, de frear, e sem eles nada disso seria possível. Sou muito grata a eles. Foi difícil, mas conseguimos. E esses momentos foram felizes também”

Ana Patrícia: “A gente tem que agradecer muito essa parceria com o Praia (Clube). Esse projeto foi inovador no Brasil, a gente viu que funciona bem, e se sente muito honrada de representar um clube que nos abraçou e nos deu as melhores condições possíveis de performar tudo que fizemos aqui”

Duda: “Quero agradecer a São Cristóvão (Sergipe), eu sou de São Cristóvão, vocês pediram para escutar isso. Valeu mesmo, vocês são demais. São Cristóvão e Minas Gerais, Espinosa é primeiro do mundo!”

Ana Patrícia: “Fiquei sabendo que ia ter telão, tenho certeza que tem muita gente torcendo aí. Espinosa, valeu ó. Vocês têm campeã olímpica agora!”

ATR-72 que caiu em Vinhedo é modelo popular em rotas regionais; conheça

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O avião que caiu, esta sexta-feira (9), em Vinhedo, no Brasil, quando viajava rumo ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, é uma aeronave modelo ATR-72-500 e, segundo o portal G1, este é um tipo de avião muito popular nas rotas regionais.

 

O voo saiu de Cascavel, no estado do Paraná, com destino a São Paulo, com 57 passageiros e quatro tripulantes a bordo.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) do Brasil, este modelo é um turboélice e tem uma capacidade total de 74 assentos.

ATR é acrônimo para ‘Avions de Transport Régional’, o fabricante franco-italiano sediado em Toulouse responsável por este modelo.

Pode voar a uma altitude máxima de 10 mil pés (perto de 3 mil metros) e tem uma velocidade máxima de 510 quilômetros por hora. Mede 27 metros de comprimento e tem um ‘wingspan’ (distância entre as duas asas) de 27 metros, para além de 7,65 metros de altura.

Tem, também, uma autonomia de voo de 1.324 quilômetros, podendo voar com um peso máximo de 7 mil quilos.

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Polícia salva mulher de prédio em chamas nos EUA; veja o momento

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Vários agentes da polícia de Nova Iorque, nos EUA, entraram dentro de um prédio em chamas e salvaram uma mulher que se encontrava presa num dos apartamentos. Depois ainda apagaram as chamas, conforme mostra um vídeo divulgado nas redes sociais pela polícia. O incêndio ocorreu no dia 19 de julho, mas só agora as imagens foram conhecidas.

 

Os agentes foram alertados por um popular para o incêndio no prédio de seis andares. De acordo com o site Pix 11, os policiais correram até o local e começaram a alertar os moradores para o perigo. 

Depois conseguiram localizar qual o apartamento onde o fogo tinha deflagrado. Um dos agentes arrombou a portam, conseguindo libertar a moradora. “Está aí alguém”, perguntou um dos agentes antes da mulher responder. 

“Venha em direção à minha voz”, pediu ainda o polícia à habitante. 

Os policiais usaram extintores para apagarem as chamas, antes da chegada dos bombeiros.

Seis policiais foram transportados para o hospital devido a inalação de fumaça. Não houve registo de mais feridos.

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Avião que caiu em SP entrou em ‘parafuso chato’ antes da queda; vídeo

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O acidente aéreo ocorrido em Vinhedo (SP), que resultou na morte de 61 pessoas, envolveu uma condição crítica conhecida como “parafuso chato”. De acordo com três oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB) ouvidos pelo UOL, essa condição significa que a aeronave perdeu sustentação e começou a descer em um movimento rotacional vertical até colidir com o solo. O “parafuso chato” é uma situação extremamente perigosa porque, para que o avião mantenha o voo, o ar que passa por baixo das asas precisa ser mais rápido do que o que passa por cima. Isso só é possível quando a aeronave se desloca para frente com velocidade horizontal adequada.

 

Quando um avião entra em “parafuso chato”, a sustentação se perde, e a recuperação da aeronave se torna muito difícil, especialmente em baixa altitude. No caso do acidente em Vinhedo, as investigações conduzidas pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) deverão fornecer mais detalhes sobre as causas e circunstâncias exatas do incidente. No entanto, não há ainda um prazo definido para a divulgação dos relatórios preliminar e final. Vários fatores podem contribuir para o “parafuso chato”, mas os oficiais da FAB preferiram não especular sobre as possíveis causas específicas deste caso.

O Acidente
O que se sabe até o momento é que, às 13h20, a aeronave estava a uma altitude de 17 mil pés. Dois minutos depois, o turbo-hélice havia perdido a maior parte dessa altitude, descendo para 4 mil pés, antes que o sinal de GPS fosse interrompido. A aeronave envolvida era um ATR-72, que transportava 57 passageiros e quatro tripulantes em um voo que partiu de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP). Este acidente foi o primeiro registrado pela companhia VoePass desde que a empresa mudou de nome, anteriormente conhecida como Passaredo.

O acidente em Vinhedo é significativo também porque a aviação comercial brasileira não registrava um acidente com tantas vítimas há 17 anos. A tragédia reacende o debate sobre a segurança aérea e a necessidade de rigor nas investigações para evitar que incidentes semelhantes voltem a ocorrer.

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Não param de chegar vídeos da queda do ATR-2 da Voepass Passaredo, voo 2Z2283 que caiu em Vinhedo e vinha de Cascavel com destino a Guarulhos. pic.twitter.com/QWy1wD09p9

— Manual do Piloto Pobre (@soupilotopobre) August 9, 2024

 

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Rainha Camilla era contra Charles III revelar publicamente a doença

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Foi no início do ano que o rei Charles III revelou que tinha sido diagnosticado com um câncer. No entanto, a mulher do monarca, a rainha Camilla, nem sempre apoiou esta decisão. 

 

Robert Jobson, autor do livro ‘Our King: Charles III: The Man and the Monarch Revealed’, do ano passado, disse ao The Independent que a rainha Camilla inicialmente não concordou com a divulgação pública da doença, como relata a People. 

“Inicialmente, a rainha Camilla opôs-se à divulgação da sua condição, mas o rei rejeitou, pois sentiu que era uma oportunidade de assumir a liderança e, ao fazê-lo, iria encorajar outros homens que pudessem apresentar sintomas semelhantes a procurar ajuda médica”, disse Robert Jobson. 

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Famosos que se rebelaram no tapete vermelho!

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O tapete vermelho é uma plataforma a qual muitas estrelas usam a moda para se destacar. Mas é ainda um lugar para artistas se rebelarem ou se posicionarem em causas e pequenos alfinetes ou outros tipos de atitudes podem revelar muito sobre questões sociais ou políticas.

Desde vestir ternos sob medida até andar descalço, confira quais celebridades ousaram desafiar o status quo e por quê. Clique a seguir na galeria.

Imane Khelif é campeã olímpica: "Sou uma mulher como as outras"

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Imane Khelfi sagrou-se, ao final da noite de sábado (9), campeã olímpica, em Paris, na categoria de até 66 quilogramas, ao superar a chinesa Yang Li, na final, após três rounds, por decisão unânime dos juizes.

 

A pugilista argelina respondeu, desta maneira, com brilhantismo à polêmica levantada pelo fato de ter sido desqualificada dos últimos Campeonatos do Mundo, em 2023, por ter reprovado no exame de gênero realizado pela Federação Internacional de Boxe (IBA), e aproveitou a ocasião para deixar uma mensagem clara.

“Estou totalmente qualificada. Sou uma mulher como qualquer outra mulher. Nasci mulher, vivi enquanto mulher e competi enquanto mulher. Não há qualquer dúvida”, afirmou, em declarações reproduzidas pelo jornal britânico Daily Mail.

“Há inimigos do sucesso, é claro. Isso dá ao meu sucesso um sabor especial, devido a estes ataques”, completou a atleta de 25 anos de idade.

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Universidades federais preveem dificuldade para pagar contas e manter auxílio a alunos

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Após o governo Lula (PT) bloquear R$ 1,28 bilhão do MEC (Ministério da Educação) para cumprir metas fiscais, universidades federais começam a calcular o impacto em suas finanças.

 

Reitorias já preveem dificuldades para pagar despesas básicas e manter programas de assistência estudantil. Questionada sobre a situação, a pasta de Camilo Santana diz apenas atender à programação orçamentária do governo.
Nenhum real foi retirado das unidades, mas houve diminuição do limite de gastos por meio do congelamento de repasses.

Os bloqueios foram majoritariamente de emendas parlamentares destinadas às universidades e não empenhadas até 23 de julho. A gestão petista, porém, fez mais. Na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), R$ 29 milhões foram retidos pelo Tesouro até esta quinta-feira (8).

O governo federal prometeu duas janelas para liberação das cifras travadas, de 1º de outubro a 30 de novembro e 1º a 30 de dezembro.

Se houver o retorno do limite de empenho, o orçamento da UFSC para este ano não deve ser afetado. “No entanto, isso dificulta o planejamento e a execução financeira”, afirma a instituição, que já previa déficit em 2024 antes da retenção, a exemplo os dois últimos anos.

A situação da Ufcat (Universidade Federal de Catalão), em Goiás, é ainda mais delicada. Conforme o seu orçamento previsto, já eram esperadas dificuldades operacionais a partir de setembro.

O contingenciamento deve adiantar o “ponto crítico” para agosto, diz a instituição. “Essa manobra inviabiliza o pagamento de despesas de toda ordem, inclusive assistência estudantil”, segue. Foram retidos mais de R$ 3 milhões da universidade, correspondentes a 18% de seu orçamento anual.

José Daniel Diniz, presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), diz ver com preocupação o fato de o bloqueio do governo recair especialmente na área da educação, mas diz estar em diálogo com os ministros de Lula por algum ressarcimento. “A nossa expectativa é de que o orçamento de 2025 tenha um crescimento real sobre os recursos deste ano.”

Enquanto isso, a Ufob (Universidade Federal do Oeste da Bahia) teve travados mais de R$ 5 milhões. Por enquanto, seus gestores afirmam observar de forma cautelosa os passos do governo, mas com uma grande preocupação: a possibilidade de o bloqueio não ser revertido e evoluir para um corte.

“Não temos condições de absorver uma redução de crédito. Caso ocorra, impactará diretamente no funcionamento e continuidade das atividades acadêmicas”, diz a escola superior.

Essa é também a preocupação de outros centros, como a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), maior federal do país. Lá, cerca de R$ 60 milhões foram encadeados pelo governo. Por isso, alunos organizam um protesto para quarta-feira (14).

“Recebemos a notícia durante reunião junto a reitoria, que também soube na hora e nos garantiu prioridade e manutenção dos programas de permanência estudantil. Porém, apresentou que o bloqueio pode desencadear em corte de água, luz, falta de pagamento às empresas terceirizadas”, diz nota do DCE (Diretório Central dos Estudantes) Mario Prata, maior entidade discente da instituição fluminense.

A manobra fiscal do governo petista ocorre em meio a uma crise nas unidades federais de ensino. Como mostrou a Folha, universidades federais de todas as regiões do país acumulam obras paradas ou atrasadas e projetos abandonados em razão da queda de orçamento que viveram nos últimos anos. Além disso, a verba para custeio do dia a dia também é crítica.

O governo federal anunciou no início de junho um PAC de R$ 5,5 bilhões para parte dessas obras inacabadas. O anúncio ocorreu em meio à greve de professores e servidores, em uma tentativa de esvaziar o movimento.

Parte do recurso anunciado já estava prevista desde agosto do ano passado. Reitores afirmam que os valores liberados ainda são insuficientes para retomar os projetos e abarcar os investimentos necessários.

Outras dez instituições de todo o país foram questionadas sobre os impactos do bloqueio orçamentário. Cinco delas -casos da UFC (Universidade Federal do Ceará) e da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), por exemplo- responderam seguir calculando os danos, mas esperar que o Estado cumpra sua promessa de liberar o dinheiro a partir de outubro.

 

Argelina, alvo de polêmica por gênero, conquista ouro no boxe

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 (FOLHAPRESS) – Imane Khelif é campeã olímpica. Apenas o título da categoria até 66 kg do boxe em Paris-2024 deveria ser suficiente para registrar seu nome na história dos Jogos. Uma polêmica, provavelmente acelerada por motivações políticas, perseguirá a conquista e pode ter como resultado prático o fim de mais de um século do esporte em Olimpíadas.

 

Khelif, em um combate sem grandes complicações e muita torcida a favor, superou a chinesa Yang Liu nesta sexta-feira (9) em um cenário inusitado, a quadra Philippe Chatrier, em Roland Garros. Paris-2024 promove os Jogos mais sustentáveis, é simbólico mostrar que até o templo sagrado do tênis se curva aos novos tempos.

Os Jogos em Paris carregam também a bandeira da equidade de gênero, festejada até a hora em que a Cerimônia de Abertura pôs drag queens e transgêneros para dançar em cenas tomadas como a da Santa Ceia. E a bandeira da diversidade, ilustrada na propaganda oficial da prefeitura da capital francesa por um ostensivo beijo na boca entre duas mulheres.

O Comitê Olímpico Internacional também tem dado seus passos. Aboliu o cartão rosa, que definia o gênero por testes de nível de testosterona. A polêmica é antiga, assim como a inação dos dirigentes na busca de uma solução. Agora, vale o que está escrito no passaporte do atleta, o que para os críticos soa moderno, mas não enfrenta o problema.

A história de Khelif veio à luz no luta contra Angela Cariani, na primeira fase do torneio de boxe. A italiana abandonou o ringue se queixando da força da oponente. No esporte, porém, a novela já se arrastava desde o ano passado. A argelina, assim como a taiwanesa Liu Yu-ting, tinha sido impedida de participar do Mundial amador de Nova Déli organizado pela IBA (Associação Internacional de Boxe). Segundo a entidade, elas não passaram nos testes de elegibilidade para a disputa feminina.

Cromossomos X, Y e siglas como DSD (diferenças de desenvolvimento sexual, na sigla em inglês), caso mais provável das lutadoras, passaram a ser discutidas nas redes sociais com a falta de propriedade habitual. Até o COI se atrapalhou. Em entrevista coletiva, o presidente da entidade, Thomas Bach, declarou que “não se trata de um caso de DSD”. Em seguida, o comitê publicou uma correção informando que o dirigente quis dizer na verdade que não era um caso de transgênero.

Segundo especialistas ouvidos pela agência Associated Press, a polêmica mereceu atenção e impulsionamento dos serviços de desinformação da Rússia. A repercussão planetária alimentou de conservadores a militantes transfóbicos, de Donald Trump a Martina Navratilova.

Desde que o COI baniu atletas russos dos Jogos, devido à guerra na Ucrânia, a França lida com ataques sofisticados, trabalhados com ferramentas de inteligência artificial. Músicas, programas de TV, estudos e conteúdos de toda ordem surgem nas redes com certo verniz e em várias línguas, já que os robôs traduzem o material fabricado rapidamente. Insegurança, terrorismo, poluição do Sena, os exemplos de material de propaganda contra o evento são vários. Com Khelif não foi diferente.

A confusão no boxe é mais antiga. Denúncias de corrupção fizeram o COI organizar os dois últimos torneios olímpicos. Afastada desde o ano passado, a IBA, cujo dirigente é próximo a Vladimir Putin, foi banida do esporte em junho.

O comitê deu até 2025 para o esporte se organizar e buscar uma unidade entre suas várias entidades. “O boxe é importante para muitos países. Eles precisam se organizar”, disse Bach nesta sexta-feira (9). O boxe é importante para vários países sem recursos, como Cuba e Paquistão, que sem a modalidade se tornariam traço nos Jogos.

Arrastado para uma polêmica provavelmente fabricada ou no mínimo acelerada com intenções políticas, o comitê ganhou um argumento razoável para encerrar a questão do boxe, que consta do calendário olímpico desde 1900, quando Paris abrigou os Jogos pela primeira vez. A discussão sobre gênero no esporte, em um momento de grande transformação social, continuará.

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Colin Farrell cria fundação e se abre sobre síndrome do filho James

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ator irlandês Colin Farrell, 48, indicado ao Oscar no ano passado e vencedor de dois Globos de Ouro, falou publicamente pela primeira vez sobre seu filho mais velho, James, que nasceu com uma síndrome genética rara.

 

James, de 20 anos, tem a síndrome de Angelman, que causa limitações físicas e intelectuais. Em entrevista à revista People, o ator contou a história do diagnóstico tardio do filho, que veio apenas quando James tinha dois anos e meio de idade.

“James era um bebê muito quieto e eu pensava que tinha dado sorte”, contou o ator, que também é pai de Henry, 15, com a atriz Alicja Bachleda-Curus. “Se ele fosse o segundo filho, eu teria percebido mais cedo, porque quando Henry nasceu e eu o ouvi balbuciar, eu pensei: ‘Um bebê deveria balbuciar?'”, relatou.

Apenas quando James tinha quase três anos de idade e não andava nem falava, um neurologista pediátrico desconfiou da síndrome de Angelman, que tem como uma das características os surtos de risada. “Pelo menos tivemos um diagnóstico”, desabafou o ator.

Colin lembrou que as duas primeiras perguntas que fez ao médico foram qual a expectativa de vida e se o filho sentiria dor. O especialista lhe respondeu que a expectativa de vida é a mesma de qualquer pessoa e que a doença não provoca dor, mas pode causar convulsões.

O ator relata que passou por momentos de angústia com o filho em hospitais e ambulâncias, mas que ele vem se desenvolvendo bem. O rapaz é filho do ator com a modelo americana Kim Bordenave.

Agora, Colin está lançando a Fundação Colin Farrell para fornecer apoio a adultos com deficiência intelectual por meio da defesa, conscientização e programas inovadores.

“Esta é a primeira vez que falo sobre isso, e obviamente a única razão pela qual estou falando é que não posso perguntar a James”, disse.

“Quero dizer, posso. Falo com James como se ele tivesse 20 anos e tivesse fluência perfeita na língua inglesa e capacidade cognitiva apropriada para a idade. Mas não consigo discernir uma resposta específica dele sobre se ele está confortável com tudo isso ou não, então tenho que tomar uma decisão com base no conhecimento do espírito de James e que tipo de jovem ele é e a bondade que ele tem no coração”, desabafou o astro.

Viola Davis homenageia vítimas de queda de avião em Vinhedo: ‘Meu coração está com vocês’

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(FOLHAPRESS) – Viola Davis expressou seus sentimentos às vítimas brasileiras do acidente de avião ocorrido nesta sexta-feira (9) em Vinhedo, no interior de São Paulo. A aeronave com 61 pessoas a bordo caiu em uma área residencial. A prefeitura disse que não há sobreviventes.

 

Meu coração está com vocês, Brasil Deus abençoe todos os entes queridos daqueles que perderam a vida”, escreveu a atriz norte-americana, na legenda do post no Instagram.

A foto que acompanha é da notícia do acidente, em inglês.
Nos comentários, seguidores brasileiros agradecem ao apoio da atriz. “Viola, você é incrível”, escreveu Camila Camargo. Obrigada, Viola. O Brasil ama o jeito com o qual você nos trata. Muito amor”, comentou o influencer Lucas Pires.

De fato, Viola parece ter uma relação especial com o Brasil e costuma usar suas redes para expressar seu carinho pelo país. Ela já postou fotos ao lado de Taís Araújo, a quem conheceu há alguns anos. “Minha irmã brasileira”, escreveu.

Ela também homenageou a atriz Léa Garcia em 2023, na ocasião de sua morte, aos 90 anos e, dias atrás, declarou-se a Rebeca Andrade logo após a ginasta vencer Simone Biles nas Olimpíadas de Paris. “Eu te amo!”, escreveu a atriz americana.

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Escalação de Marta será definida em reunião à noite

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PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) – Duas reuniões entre o técnico Arthur Elias e o núcleo de saúde e performance da seleção feminina definirão as onze titulares que enfrentarão os EUA na final olímpica deste sábado (10).

 

A primeira reunião ocorreu na quinta (8). A segunda seria na noite desta sexta (9). A grande dúvida é se Marta voltará como titular. Expulsa na primeira fase contra a Espanha, ela cumpriu dois jogos de suspensão. Sem ela, o Brasil jogou bem e eliminou França (1 a 0) e Espanha (4 a 2) no mata-mata.

“É muito bom contar com o retorno da Marta. Ela será incluída, assim como todas, nesse método de trabalho, escolhendo o time de início e as trocas de acordo com o que a gente achar melhor para a seleção”, disse Arthur Elias.

Marta deve começar no banco, como mostrou a colunista Mônica Bergamo na quinta. Mas, no futebol internacional de hoje, os treinadores preferem anunciar a escalação momentos antes do jogo, para manter o adversário no escuro em relação ao esquema tático.

“A gente quer dar essa final para a Marta, por tudo que ela fez pelo futebol feminino”, disse a meio-campista Angelina. Marta é a única jogadora que esteve presente nas duas finais olímpicas anteriores entre Brasil e EUA, em Atenas-2004 e Pequim-2008, ambas vencidas pelos EUA.

“A gente não tá pensando nesse histórico, não. O que ficou no passado, ficou”, afirmou Angelina.

O técnico Arthur Elias concordou. “É como a Angel disse. É muito longe tudo isso que aconteceu. O fato de a Marta ainda estar aqui só mostra o tamanho dela. Essa memória, esse grupo não tem. Não tenho nada a ver com o que aconteceu no passado.”

Ele voltou a se queixar dos acréscimos de mais de 15 minutos no segundo tempo da quarta de final contra a França e da semifinal contra a Espanha. Isso, segundo ele, altera a estratégia de substituições. “Interfere, porque são minutos a mais do que a gente está acostumado. É um desgaste muito grande.”

Mas ele garantiu que não deu orientação especial às jogadoras em relação à possibilidade de que a decisão também tenha acréscimos muito longos. “Elas já se acostumaram. Perto de uma complexidade estratégica maior, não é tão significativo.”

Hipóteses para queda de avião em Vinhedo vão de falha em hélices a formação de gelo nas asas

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(FOLHAPRESS) – As imagens da queda de um avião em Vinhedo (SP) nesta sexta-feira (9) mostram que a aeronave perdeu sustentação no ar e foi descendo em queda livre. De acordo com a Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo, as 61 pessoas a bordo morreram.

 

Nas primeiras horas após o acidente, especialistas em aviação ouvidos pela reportagem levantaram duas hipóteses principais para o caso com base nos primeiros detalhes, ressaltando que é cedo para determinar as causas.

Vários vídeos do momento da queda mostram que a aeronave desceu em queda livre girando levemente no ar, manobra conhecida como “parafuso chato”. Essas condições indicam que o piloto havia perdido o controle da aeronave e as condições de arremeter -ou seja, apontar o nariz da aeronave para baixo e usar os motores para ganhar novamente sustentação no ar.

O especialista em segurança de voo Roberto Peterka levanta a possibilidade de que gelo tenha se acumulado nas asas da aeronave, o que apontaria para uma falha no sistema de degelo. Já o engenheiro Hildebrando Hoffman, professor aposentado de Ciências Aeronáuticas da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), levanta a hipótese de que tenha ocorrido uma falha na posição das hélices.

Ambas as hipóteses teriam afetado a capacidade de tração da aeronave. Eles descartam a possibilidade de falha elétrica ou no motor, pois há sistemas auxiliares que normalmente não fariam com que o avião caísse em queda livre, como se vê nas imagens. A pane seca também está descartada, uma vez que o combustível queimou no solo, após a queda.

O avião era um turboélice modelo ATR-72, fabricado pela empresa franco-italiana ATR (Avions de Transport Régional). Foi fabricado em 2010, segundo o registro aeronáutico da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Operado pela Voepass, ele levava 57 passageiros e quatro tripulantes.

“Esse avião voa num nível [de altitude] onde tem muito gelo, então pode ser que o gelo tenha se acumulado nas asas e alterado o perfil de sustentação. Assim, ele perde a velocidade e a sustentação, e vem abaixo “, diz Peterka.

O nível em questão é uma altitude entre 15 mil e 20 mil pés. Aviões de maior porte costumam alcançar alturas mais elevadas, até 40 mil pés. As condições do tempo, que estava nublado, podem ter contribuído para a formação de gelo, segundo Peterka.

“O piloto tem as suas medidas de segurança para tirar o avião dessa situação [de perda de sustentação no ar], e numa dessas [manobras] ele passa pelo ‘parafuso chato’. E se ele entrar no parafuso chato, é muito difícil de sair”, ele diz.

Aviões do modelo ATR-72 têm sistemas para prevenir a formação de gelo, ressalta o engenheiro Hildebrando Hoffman. Um dos recursos antigelo, ele afirma, permite injetar ar quente que sai dos motores em câmaras de borracha em partes críticas do avião para evitar a formação de gelo. Segundo ele, a formação de gelo faria com que o avião perdesse eficiência, mas acha pouco provável que resultasse na queda em “parafuso chato”.

Hoffman também diz que chama atenção o fato de que asas e estabilizadores aparecem nas imagens aparentemente íntegros, ou seja, nenhum pedaço importante do avião parece ter se quebrado antes da queda. Isso, segundo ele, afasta a hipótese de um problema aerodinâmico.

“Essa situação [o modo como o avião caiu] se deve fundamentalmente porque por algum motivo ele deixou de ter tração, os motores deixaram de funcionar em regime normal”, diz Hoffman. “Ele perdeu a tração e veio em queda livre praticamente na vertical, girando. Isso pode ter ocorrido porque algo aconteceu com o sistema de hélices, que precisa estar numa posição correta para causar tração.”

Ele diz que uma série de motivos pode explicar a mudança de posição das lâminas das hélices, como uma manobra ou uma falha no motor que obriga o piloto a mudar a carga. “Tudo que nos estamos conversando é num estágio de hipóteses”, diz o professor.

A FAB (Força Aérea Brasileira) disse, em nota, que “o voo ocorreu dentro da normalidade até as 13h20” desta sexta e que a aeronave deixou de responder respondeu às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo a partir das 13h21.

A tripulação não declarou emergência e nem reportou estar sob condições meteorológicas adversas, segundo a FAB. “A perda do contato radar ocorreu às 13h22.”

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Amanda Schott fica em 8º lugar no levantamento de peso; EUA levam o ouro em Paris-2024

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A brasileira Amanda Schott terminou a final de levantamento de peso feminino, categoria até 71kg, em oitavo lugar nesta sexta-feira. Ela foi a representante do Brasil na modalidade nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

 

Na primeira parte, a atleta executou seus três levantamentos no arranco. A primeira marca foi de 100kg. Depois Amanda levantou 104kg e, na última tentativa, chegou aos 106, chegando a ocupar a liderança.

No entanto, quando as favoritas entraram em cena, sua marca ficou para trás e ela acabou terminando essa série em sétimo lugar. Já nos arremessos, a brasileira falhou nos 117kg, ergueu 123kg na segunda tentativa, mas não levantou os 131kg em sua terceira participação.

Assim, a brasileira levantou um total de 229kg (sendo 106 no arranco e 123kg no arremesso) finalizando a sua participação na oitava classificação geral entre as finalistas que buscavam um lugar no pódio nesta edição dos Jogos.

Recordista brasileira (130kg) na categoria até 71kg, a carioca foi medalha de bronze no Mundial de halterofilismo em 2021 e também subiu no pódio em terceiro lugar nos Pans de 20121 e 2024. Após sofrer uma grave lesão há cerca de três meses, Amanda chegou a ter sua participação em Paris-2024 ameaçada. No entanto, conseguiu participar e chegar à disputa de medalha.

O ouro ficou com a americana Olívia Reeves, que levantou um total de 262kg. Em grande performance, ela bateu o recorde olímpico no arranco ao erguer 117kg. No complemento do pódio, a colombiana Mari Sanchez, em sua última tentativa, conseguiu arrebatar a prata (levantou 257kg no total). O bronze ficou com a equatoriana Angie Palacios (256kg).

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Passageiro perdeu voo: “Discuti com funcionário, e ele salvou minha vida”

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Aproximadamente 10 pessoas não embarcaram no avião que caiu em Vinhedo, São Paulo, nesta sexta-feira (9). Alguns desses passageiros estão refletindo sobre como essa situação acabou salvando suas vidas.

 

Um dos passageiros que perdeu o voo contou que tentou embarcar, mas seu pedido foi negado após uma discussão com um funcionário. Ele havia confundido as companhias aéreas, acreditando que voaria pela Latam, mas o voo era operado pela Voepass.

“Cheguei ao aeroporto às 09h40, e a Latam estava fechada. Esperei para ver se abria, pois normalmente há alguém no guichê, mas não havia ninguém”, explicou ele. “Esperei e ninguém anunciou nada pelo microfone. Quando desci para esperar, às 10h41, discuti com o funcionário e ele acabou me salvando. Ele fez o trabalho dele”, acrescentou.

Outro passageiro que também perdeu o voo relatou uma situação semelhante. “Me disseram: ‘Você não pode embarcar, pois já passou o horário’. Eu até pressionei: ‘Por favor, me deixe entrar, eu preciso ir’. Mas ele respondeu: ‘Não tem como, o que posso fazer é remarcar sua passagem’”, lembrou.

No total, cerca de 10 pessoas não embarcaram no voo, que partia do Aeroporto Regional de Cascavel, no oeste do Paraná, com destino a Guarulhos, em São Paulo. A bordo estavam 57 passageiros e quatro tripulantes, e todos morreram no acidente, conforme informações da Prefeitura de Vinhedo. O avião caiu às 13h25.

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Duda e Ana Patrícia vencem, e Brasil é ouro no vôlei de praia em Paris

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Duda e Ana Patrícia garantiram a terceira medalha de ouro para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Na final do vôlei de praia feminino, realizada nesta sexta-feira (9), a dupla brasileira derrotou as canadenses Melissa Paredes e Brandie Wilkerson com um emocionante 2 sets a 1 [26/24, 12/21 e 15/10].

 

Com essa vitória, elas se consagram campeãs olímpicas e levam o Brasil ao topo do pódio.

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Avião que caiu em Vinhedo perdeu 3.300 metros de altitude em menos de um minuto

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(FOLHAPRESS) – O avião de médio porte que caiu nesta sexta-feira em Vinhedo, no interior paulista, perdeu 3.300 metros de altitude em menos de um minuto a partir das 12h21, segundo o site Flight Aware, que monitora voos em tempo real ao redor do mundo.

 

Registros do site mostram que o turboélice comercial bimotor de médio porte decolou às 11h59 de Cascavel, no Paraná, e começou a perder altitude às 13h20, quando estava a cerca de 5.100 metros. Cerca de um minuto depois, atingiu 1.798 metros, a última atualização disponível.

Diversos vídeos de um ATR 72 da Passaredo caindo em Vinhedo SP pic.twitter.com/nJfLvsWr5a

— Hubert Melin ️ (@HubertMelin) August 9, 2024

O pouso no aeroporto Internacional de Guarulhos estava previsto para as 13h54.

Com 62 pessoas a bordo, a aeronave operava com 58 passageiros, um pouco abaixo da capacidade máxima de 68 passageiros e quatro tripulantes.

Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a aeronave estava regular com a renovação do certificado de aeronavegabilidade prevista para junho de 2026.

A Anac divulgou um comunicado em que lamenta o acidente e se solidariza com familiares e amigos de vítimas.

“A Anac está monitorando a prestação do atendimento às vítimas e seus familiares pela empresa, bem como adotando as providências necessárias para averiguação da situação da aeronave e dos tripulantes.”

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Médicos e professores que seguiam para um congresso estão entre os mortos

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Médicos e professores que estavam a caminho de um congresso de oncologia em São Paulo estavam entre os passageiros do avião que caiu no início da tarde desta sexta-feira (9) em Vinhedo, no interior paulista. Segundo a Defesa Civil do município, não houve sobreviventes.

 

Foi confirmada a morte de pelo menos duas médicas residentes do Hospital do Câncer de Cascavel, no Paraná. 

O Conselho Regional de Medicina do Paraná se manifestou nas redes sociais.

[Legenda]© Reprodução- Instagram  

A Universidade Federal do Paraná confirmou que uma professora da instituição está entre os mortos.

Veja a nota:

É com profundo pesar que a Universidade Federal do Paraná comunica o falecimento da professora Silvia Cristina Osaki.

Silvia estava a bordo do avião que caiu na cidade de Vinhedo, em São Paulo, nesta sexta-feira (9). A aeronave partiu do Aeroporto de Cascavel, no oeste do Paraná, em direção ao Aeroporto de Guarulhos.
Formada em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) em 1996, Silvia fazia parte do quadro de professores da UFPR desde 2009.

Atualmente, ministrava as disciplinas de Zoonoses, Epidemiologia Veterinária, Saúde Pública e Educação para Saúde no setor Palotina. Ela também atuou como coordenadora do Programa de Pós-graduação em Ciência Animal no setor e coordenadora do curso de Medicina Veterinária.

Na Prefeitura de Palotina, Silvia Cristina Osaki foi membro do Conselho Municipal de Saúde, do Conselho Municipal de Segurança Alimentar, da Sala da Situação da Dengue e do Conselho Municipal de Turismo.

Enlutada, a comunidade da UFPR presta solidariedade aos familiares e amigos da professora Silvia.

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