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Anvisa mantém proibição à venda de cigarros eletrônicos

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JULIANA MATIAS, MARIANA BRASIL E ANA POMPEU
SÃO PAULO, SP E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) manteve nesta sexta-feira (19) a proibição da comercialização de DEFs (Dispositivos Eletrônicos para Fumar), conhecidos como vapes ou cigarros eletrônicos. Os votos também vedam a propaganda, fabricação, importação, distribuição, armazenamento e transporte dos dispositivos eletrônicos para fumar.

Os cinco diretores da agência foram unânimes na decisão. Eles mencionaram receios de renormalização do ato de fumar e aumento do tabagismo no Brasil diante do efeito de porta de entrada ou recaída de ex-fumantes com a popularização dos cigarros eletrônicos.

O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, ao final da sessão, afirmou que o tema exigiu aprofundamento, como “qualquer outro que lida com estímulos mobilizantes do ser humano, apegos, às vezes emoções”. A sessão durou quase 9 horas.

“Mas há de haver grupos como este que primem pelo racional e científico”, disse. Segundo ele, a agência não vai deixar de acompanhar as evoluções do tema e poderá voltar a ele se necessário e revisar os próprios atos.

Na reunião, depoimentos de representantes de entidades de saúde nacionais e internacionais foram ouvidos, assim como relatos pessoais de usuários dos DEFs, que levantaram argumentos a favor e contra a proibição.

Os vídeos com relatos fazem parte da consulta pública realizada pela agência, com fins de aprimoramento do texto proposto. Em dezembro de 2023, a Anvisa abriu consulta pública sobre uma minuta de resolução que mantém o veto aos produtos.

A consulta pública aberta pela Anvisa teve 13.930 manifestações. Foram favoráveis a manter esses dispositivos proibidos no país 37% dos participantes, enquanto 59% disseram ter opinião diferente -contrária ou com outras ponderações.

Entre os profissionais de saúde, 61% fizeram avaliação positiva da proibição, enquanto 32% disseram que os efeitos foram negativos. Considerando as participações do setor regulado -incluindo a indústria do fumo e variados comércios-, 41% foram a favor da manutenção da norma, enquanto 44% discordaram ou fizeram ressalvas. A Anvisa reabriu em 2019 a discussão sobre os cigarros eletrônicos, dez anos após a proibição do produto, em 2009.

Barra Torres, que é o relator do processo (25351.911221/2019-74), entendeu que a consulta pública sobre os cigarros eletrônicos, aberta em dezembro de 2023, “não trouxe fato ou argumento científico que alterasse o peso das evidências já ratificadas por esse colegiado anteriormente”. Ele elencou estudos de associações da saúde, bem como os resultados da consulta pública para sustentar seu voto a favor da proibição dos cigarros eletrônicos.

Entre os estudos, Barra Torres citou trecho de uma carta da organização não governamental ACT (Aliança de Controle do Tabagismo), que entende “que permitir a comercialização de DEFs não é o caminho para o combate ao mercado ilegal. Há contrabando de cigarros, mesmo com a permissão de comercialização”.

Em relação à carga tributária que a regulamentação dos cigarros eletrônicos poderia trazer ao país, o relator destaca outro trecho da ACT que diz que “a partir da experiência do país com a carga do tabagismo para a saúde e a economia, apesar da possível geração de receita que a liberação dos DEFs possa trazer, não será capaz de compensar os consideráveis custos que o aumento do tabagismo trará para o sistema único de saúde”.

O relator também citou o artigo “Cigarro eletrônico é ameaça à saúde pública”, publicado na Folha e escrito por ex-ministros da Saúde no Brasil, que é contrário à comercialização dos vapes. “Como ex-ministros da Saúde, temos o dever de reiterar nosso posicionamento contrário à comercialização dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs)”, diz o texto.

Em seu voto, o relator citou a orientação da OMS (Organização Mundial da Saúde), publicada em 14 de dezembro do ano passado, que mostra que “o uso de cigarro eletrônico é maior entre crianças de 13 a 15 anos do que entre adultos em todas as regiões da OMS”.

Ainda votaram os diretores Danitza Passamai Rojas Buvinich, Meiruza Sousa Freitas, Romison Rodrigues Mota e Daniel Meirelles Fernandes Pereira.

Ao votar, Danitza Passamai Rojas Buvinich sugeriu acrescentar condicionantes à importação dos produtos às pesquisas. O presidente aderiu à proposta e a incluiu no voto dele.

De acordo com a diretora, essa possibilidade fica submetida a dois critérios: que a investigação científica seja feita por instituições científicas tecnológicas e de inovação credenciadas pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e pelas modalidades do Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior).

Já Daniel Meirelles Fernandes Pereira ressaltou o reconhecimento internacional da Anvisa por sua qualidade regulatória. A agência é reconhecida desde 2010 pela OPAS (Organização) como autoridade reguladora nacional de referência.

Além disso, ele afirmou que, desde 2017, a agência delibera o assunto, com diversos momentos de participação social e incontáveis reuniões e audiências com diferentes agentes afetados. Assim, as agências de debate estão, para ele, maduras para a definição.

“Pelas políticas públicas vigentes no país, neste momento, não há outra possibilidade que não a manutenção da proibição dos dispositivos”, disse. “Seria irresponsável a permissão de uso desses produtos em posição frontalmente contrárias às políticas citadas”, acrescentou.

O voto de Romison Rodrigues Mota destacou que a indústria tenta vencer os limites estabelecidos aos produtos de tabaco. Segundo ele, as empresas usam uma estratégia de marketing que aborda tanto o dispositivo como o tabaco, lançando designs e funções para associar o produto a algo inovador e explorar a paixão por tecnologia, especialmente dos jovens.

“A estratégia de marketing tem o propósito de superar os limites regulatórios existentes sobre publicidade, a promoção e o patrocínio de tabaco, alegando que os dispositivos não são produtos de tabaco e portanto os limites não se aplicariam a eles”, disse.

Ele passou a citar as evidências de riscos e danos do produto. De acordo com ele, os dados indicam que não há melhora em diversos indicadores cardiológicos e pulmonares em relação ao cigarro convencional.
Por fim, no último voto dado, Meiruza Sousa Freitas mencionou legislações internacionais sobre a matéria. Ela destacou, por exemplo, vários posicionamentos da FDA (Food and Drug Administration), agência responsável por regulamentar drogas e alimentos nos EUA, da Austrália, de países da União Europeia e do grupo de forma comum, a respeito dos riscos do produto.

Na sequência, ela defendeu uma atuação no sentido de proteção da população contra a nicotina e os efeitos desconhecidos dos cigarros eletrônicos para a saúde em longo prazo.

“Precisamos comunicar claramente que os cigarros eletrônicos, especialmente os descartáveis, contém nicotina muitas vezes em alta concentração, uma substância altamente viciante. Os cérebros de jovens e adolescentes são particularmente vulneráveis ao vício, e a nicotina tem um efeito prejudicial ao cérebro, com perda de função cognitiva, atenção e memória”, afirmou.

Evidências científicas comprovam que os DEFs, assim como os cigarros convencionais, causam danos cardíacos, respiratórios e neurológicos no usuário, além de dependência devido à presença elevada de nicotina.

Um estudo realizado na China e publicado recentemente pela revista Scientific Reports concluiu que fumantes de cigarros convencionais e eletrônicos estão sujeitos ao mesmo risco para desenvolvimento de doença pulmonar obstrutiva crônica. O risco cresce ainda mais entre aqueles que fazem uso dual, ou seja, fumam tanto o cigarro convencional quanto o eletrônico.

A decisão da Anvisa foi tomada enquanto o Senado e o STF (Supremo Tribunal Federal) divergem acerca da criminalização do porte e posse de drogas.

Na terça-feira (16) o Senado aprovou a PEC das Drogas, que coloca na Constituição a criminalização de porte e posse. A aprovação veio em resposta ao julgamento do STF que pode descriminalizar a maconha para uso pessoal.

Se aprovada na Câmara dos Deputados, a PEC será promulgada pelo Congresso, pois emendas constitucionais não precisam de sanção do presidente.

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Irã volta a minimizar ataque atribuído a Israel e o compara a ‘jogo de crianças’

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã minimizou neste sábado (20) o ataque atribuído a Israel contra o país na sexta-feira (19), e afirmou que Teerã só reagirá se os interesses iranianos forem atacados.

Na sexta, a imprensa estatal iraniana noticiou explosões durante a madrugada perto de uma base militar na zona de Isfahan, no centro do país, devido ao abate bem sucedido de pequenos drones pelo sistema de defesa antiaérea.

A mídia norte-americana afirmou, citando funcionários de alto escalão, que Israel respondeu desta forma a Teerã em retaliação à ofensiva com mísseis e drones da semana passada contra seu território.

“O que aconteceu ontem à noite não foi um ataque”, disse o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, à NBC News na sexta. “Foi um voo de dois ou três quadrotores, como os brinquedos com que as nossas crianças se divertem no Irã.”

“Enquanto não houver novas aventuras do regime israelenses contra os interesses iranianos, não responderemos”, esclareceu o ministro. Mas “se o regime israelense pretende tomar outra ação contra os nossos interesses, a nossa próxima resposta será imediata e máxima”.
Ainda de acordo com ele, o ataque não causou vítimas nem provocou danos.

Israel não comentou o incidente de sexta e os analistas dizem que é do interesse de ambos os lados acalmar a situação, pelo menos por enquanto.

Também neste sábado, fontes de segurança afirmaram que um ataque aéreo contra uma base do Exército no Iraque causou uma explosão que matou um membro das Forças de Mobilização Popular do Iraque (PMF, em inglês ) e feriu outras oito pessoas na base militar de Kalso, cerca de 50 quilômetros ao sul de Bagdá.

Os militares iraquianos disseram que um comitê técnico investigava a causa da explosão na base, que teria acontecido na madrugada de sábado. Depois, informaram que o comando de defesa aérea confirmou que não havia nenhum drone ou caça no espaço aéreo da base militar antes e durante a explosão.

A PMF é uma organização guarda-chuva que contém várias milícias pró-Irã que fazem parte da rede de representantes que Teerã utiliza para promover os seus interesses em todo o Oriente Médio.

As explosões na região desencadearam uma onda de apelos internacionais à moderação, numa localidade sob tensão desde 7 de outubro devido à guerra em Gaza entre Israel e o movimento islâmico palestino Hamas, que é apoiado por Teerã.

No sábado (13) passado, o Irã disparou cerca de 300 drones e mísseis contra o território israelense, em retaliação por um bombardeio à embaixada iraniana na Síria que matou militares do país no início do mês. Por ora, Teerã vem minimizando o que seria uma resposta de Tel Aviv, em indicativo de que o regime não tem planos de uma nova retaliação.

Analistas dizem que o ataque desta sexta parece ter tido como alvo uma base da Força Aérea iraniana perto da cidade de Isfahan, na região central do país. O local escolhido, próximo de instalações nucleares, teria sido uma mensagem de Israel sobre o alcance de seu poderio militar, ainda que Tel Aviv não tenha usado aviões ou mísseis balísticos.

Israel não comentou os ataques atribuídos a Israel, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou que Washington, maior aliado de Tel Aviv, não participou de “quaisquer operações ofensivas”.

Segundo o jornal americano The New York Times, uma autoridade americana disse que Israel notificou os EUA sobre o ataque. Publicamente, integrantes do governo Joe Biden não teriam comentado para evitar que Washington fosse arrastada ao conflito.

Líderes de países do golfo Pérsico também já haviam manifestado preocupação com a possibilidade de a situação se transformar em “uma grave conflagração regional que poderia estar além do controle ou da capacidade de contenção de qualquer pessoa”. A Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos pediram publicamente o máximo de autocontenção para poupar a região de uma guerra mais ampla.

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Mantida proibição de cigarros eletrônicos, após votação na Anvisa

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Três dos cinco diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), votaram nesta sexta-feira (19), por manter a proibição aos cigarros eletrônicos no Brasil. Deste modo, continua proibida a comercialização, fabricação e importação, transporte, armazenamento, e publicidade ou divulgação desses produtos.

“O que estamos tratando, tanto é do impacto à saúde como sempre fazemos, e em relação às questões de produção, de comercialização, armazenamento, transporte, referem-se, então, à questão da produção de um produto que, por enquanto, pela votação, que vamos registrando aqui vai mantendo a proibição” _ Disse o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres.

Ele mencionou ainda que a agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (U.S Food and Drug Administration) aponta que, mesmo com a fiscalização, há comércio ilícito desses produtos. Sendo assim, apresentou proposições de ações para fortalecimento do combate ao uso e circulação dos dispositivos eletrônicos de fumo no Brasil.

Fiocruz: internações por gripe e vírus sincicial aumentam no país

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Mulher segurando seringa / Foto: Agencia Brasil

O Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chama atenção para alta das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causadas principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A, o vírus da gripe. O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

Nas últimas quatro semanas, do total de casos de síndromes respiratórias, 54,9% foram por vírus sincicial e 20,8% por influenza A. Entre as mortes, os dois vírus são os mais presentes. Conforme o boletim, as mortes associadas ao vírus da gripe estão se aproximando das mortes em função da Covid-19, “por conta da diferença do quadro de diminuição da Covid-19 e aumento de casos de influenza”.

Desde o início de 2024, foram registrados 2.322 óbitos por síndrome respiratória grave no país.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para a importância da vacinação contra a gripe, em andamento no país, como forma de evitar as formas graves da doença. “A vacina da gripe, como a vacina da covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode resultar numa internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental”, alerta, conforme publicação da Fiocruz.

De acordo com o levantamento, 20 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de aumento de SRAG no longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Fonte: Agência Brasil

Idoso levado morto ao banco será sepultado após dois dias de espera no IML

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O corpo do idoso Paulo Roberto Braga, de 68 anos, levado por uma mulher a um banco, na última terça-feira (16), para fazer um empréstimo de R$ 17 mil, será enterrado neste sábado (20), no Cemitério de Campo Grande, na Zona Oeste. O horário ainda não foi definido.

O corpo de Paulo ficou quase três dias no Instituto Médico Legal (IML) de Campo Grande antes de ter uma decisão a respeito do enterro. A Secretaria de Assistência Social informou que aguardava a guia de sepultamento, documento que reúne todas as informações do falecido e serve como registro para o enterro.

O corpo de Paulo Roberto foi liberado na quarta por uma mulher que seria irmã de Érika de Souza, que levou o idoso até a agência. Ela apresentou uma Declaração de Hipossuficiência para que o sepultamento de Paulo Roberto seja sem custos. Outras três pessoas, que disseram ser parentes e vizinhos, a acompanharam durante a liberação.

O laudo de exame de necropsia apontou que o idoso morreu entre 11h30 e 14h30 da última terça-feira, ou seja, não é possível determinar se o homem veio a óbito antes ou depois de chegar no banco. A causa da morte de Paulo, de acordo com o laudo, foi broncoaspiração do conteúdo estomacal e falência cardíaca. O texto também destacou que a rigidez cadavérica se desenvolve de forma progressiva, começando pela nuca e descendo para outros membros. Paulo ficou internado por uma semana na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bangu com quadro de infecção pulmonar, recebendo alta na segunda-feira (15), um dia antes de morrer.

No vídeo que viralizou, Erika conversa com a vítima normalmente, pedindo inclusive para que Paulo assinasse o documento que autorizava o recolhimento dos R$ 17 mil. Funcionários da agência bancária desconfiaram e chamaram equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constatou o óbito às 15h20. Em depoimento, a mulher contou que o idoso tinha solicitado o empréstimo para comprar uma televisão nova e reformar a casa. Na sua oitiva, a mulher alegou que Paulo chegou vivo ao banco e que parou de responder no momento do atendimento no guichê.

Ela teve a prisão preventiva decretada durante audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (18). A defesa de Erika, representada pela advogada Ana Carla Corrêa, garante que o idoso chegou vivo ao banco, além de informar que Paulo sofria com alcoolismo e enfrentava problemas de saúde recentemente, assim como o uso da cadeira de rodas.

Fonte: O Dia

Morre homem que se incendiou diante de tribunal onde Trump era julgado

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O homem que ateou fogo no próprio corpo diante do tribunal em que Donald Trump era julgado em Nova York morreu.

A morte foi confirmada pela polícia ao canal NBC neste sábado (20). A hora da morte de Maxwell Azzarello não foi detalhada pelos investigadores, informou o canal.

O homem estava internado em estado crítico. Ele foi levado ao Weill Cornell Medical Center. Quatro policiais e um funcionário da corte se feriram tentando controlar o fogo, mas não precisaram de atendimento hospitalar.

Natural da Flórida, ele é investigado como “teorista da conspiração” pela polícia. Em mensagem divulgada nas redes sociais, Maxwell cita um “golpe apocalíptico fascista” que estaria em curso no país.

Autoridades informaram que não há sinais de que ele focava em Trump ou em outra personalidade presente no local. Ele jogou panfletos para cima antes de atear fogo no corpo, segundo testemunhas.

O episódio vem logo após a seleção do júri de Trump ter sido concluída. O processo abre caminho para que os promotores e advogados de defesa façam as declarações iniciais na próxima semana. O colegiado é composto por sete homens e cinco mulheres que, juntamente com seis suplentes, examinarão as provas em um julgamento inédito para determinar se um ex-presidente dos EUA é culpado de violar a lei.

JULGAMENTO
Trump é acusado de encobrir pagamentos secretos a uma estrela pornô. O ex-presidente americano teria omitido um pagamento de US$ 130 mil (R$ 674,7 mil, pela cotação atual) que seu ex-advogado Michael Cohen fez à estrela pornô Stormy Daniels antes da eleição de 2016. O objetivo era que Daniels mantivesse silêncio sobre um encontro sexual que ela diz ter tido com Trump uma década antes.

A ação em si não é crime, mas ex-presidente teria ‘maquiado’ os valores. Segundo a acusação, o dinheiro enviado a Daniels foi registrado como um pagamento feito a Cohen e, na prática, buscava evitar que o suposto caso extraconjugal pudesse atrapalhar Trump nas eleições de 2016 — posteriormente vencidas pelo republicano. O ex-presidente se diz inocente e nega ter se encontrado com a estrela pornô.

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Homem ateia fogo em si mesmo diante do tribunal do julgamento de Trump

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um homem ateou fogo em si próprio nesta sexta-feira (19) em frente ao tribunal de Nova York onde ocorre o julgamento criminal do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Segundo a polícia local, ele foi retirado em uma maca em estado crítico após o incidente.

O homem queimou por vários minutos à vista das câmeras de televisão que foram instaladas do lado de fora do tribunal. “Vejo um ser humano totalmente carbonizado”, disse um repórter ao vivo.

As autoridades disseram que o homem sobreviveu. “A vítima está em estado crítico, mas está viva e intubada”, disse a comissária do Corpo de Bombeiros de Nova York, Laura Kavanagh.

Testemunhas disseram que o homem tirou panfletos de uma mochila e os jogou para cima antes de se encharcar com um líquido e atear fogo em si próprio -o que fez com que um cheiro de fumaça se espalhasse pela praça. Um desses folhetos incluía referências a “bilionários malvados”, mas aparentemente sem nenhuma menção a Trump.

Como reação imediata, um policial utilizou um extintor de incêndio para pulverizar o fogo no chão, onde estavam uma mochila em brasas e uma lata. As autoridades rapidamente isolaram a área do incidente, e o homem foi retirado.

Segundo Tarrik Sheppard, vice-comissário da polícia de Nova York, ele não parecia ter Trump ou outros envolvidos no julgamento como alvo. “No momento, estamos rotulando-o como uma espécie de teórico da conspiração e vamos continuar a partir daí”, disse.

A cena aconteceu logo após o tribunal terminar de selecionar os 12 jurados titulares, além dos seis suplentes. Essas são as pessoas que avaliarão as provas em um julgamento inédito para determinar se o ex-presidente dos EUA é culpado de violar a lei.

Trump responde à acusação de, durante a campanha eleitoral de 2016, ter comprado o silêncio de uma atriz pornô com quem teria tido um relacionamento. O ex-presidente diz ser inocente e nega que tenha se relacionado com Stormy Daniels. Na segunda-feira (11), ele afirmou ser vítima de perseguição política.

Os candidatos a formar o júri tinham que responder a um questionário de 42 perguntas que se concentrava especialmente em saber se eles se sentiam capazes de julgar, com equidade e imparcialidade, um caso altamente midiatizado e politizado. Merchan disse que as identidades dos jurados permanecerão anônimas, exceto para Trump, seus advogados e promotores.

Uma condenação não impediria Trump de assumir a Presidência caso seja eleito. No entanto, metade dos eleitores independentes e 1 em cada 4 republicanos dizem que não votariam nele, se fosse condenado.

A promotoria de Manhattan acusa o republicano de 34 falsificações de documentos contábeis da empresa da família, Trump Organization, para comprar o silêncio da ex-atriz pornô de modo que o relato sobre o caso extraconjugal não interferisse na campanha de 2016 contra a democrata Hillary Clinton.

A próxima fase do julgamento deve ter início na segunda-feira (22) com a apresentação dos argumentos iniciais da acusação e da defesa antes do início das declarações das testemunhas. O julgamento deverá durar até oito semanas, para irritação de Trump, que critica o fato de ter que estar no tribunal em vez de fazer campanha política.

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Casal com tumor cerebral morre com apenas 7 semanas de diferença

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Steve Morrissey, de 50 anos, e a mulher, Ali Slaymaker, de 49, morreram com sete semanas de diferença, vítimas de um tumor cerebral. 

Após a morte de Ali, em 24 de agosto de 2023, o marido e a filha mudaram-se de Bury St Edmunds, Suffolk, para Cullompton, Devon, Inglaterra, para ficarem perto da sua família. 

No entanto, em 2022, numa trágica reviravolta, após sofrer uma convulsão inesperada, Steve foi diagnosticado com glioblastoma, o tipo de tumor cerebral de crescimento mais rápido.

Segundo o Daily Mail, os exames confirmaram que o homem tinha um tumor no lado direito do cérebro, acabando por morrer, já nos cuidados paliativos, sete semanas após a morte da mulher. O casal deixou uma filha de 13 anos. 

“Perdemos a ele e à Ali num espaço de tempo tão curto. É realmente de partir o coração toda esta situação”, afirmou Ben, o sobrinho de Steve.

Perante a tragédia familiar, Ben criou uma campanha de angariação de fundos para que se investigue mais esta doença, que pode ser bastante silenciosa.

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Homem fica mais de 4h ‘enterrado’ no gelo para quebrar recorde

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Um homem, de 53 anos, tornou-se recordista ao ficar 4h02 ‘enterrado’ no gelo, ficando apenas com o pescoço e a cabeça ‘livres’.

O anúncio foi feito na sexta-feira pela organização, que afirma que esta não foi a primeira vez que Łukasz Szpunar se desafiou com baixas temperaturas.

O novo recordista já tinha passado algumas horas numa banheira de água fria, mas agora decidiu testar-se com o gelo. “Por causa do meu amor pelo frio, quis desafiar-me ao sentar no gelo”, explicou à organização da Guinness World Records.

Segundo o que explicou, o desafio fez ele se “sentir vivo”, e durante a sua jornada o homem, de 53 anos, foi constantemente monitorado. O amor pelo frio já o fez também subir a quatro montanhas na Polônia, de onde é natural, apenas de calções.

Ao início, o polonês sentiu algum desconforto por causa do frio, mas depois acabou por ficar bem. A organização decidiu acabar com a prova por motivos de segurança.

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Amigos morrem afogados ao tentar tirar fotos em cascata

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Dois estudantes da Universidade de Dundee, na Escócia, morreram afogados após escorregarem e caírem numa cascata, ao fim da tarde de quarta-feira.

Jitendranath Karuturi, de 26 anos, conhecido como Jitu, e Chanhakya Bolisetti, de 22 anos, estariam a tirar fotografias na cascata de Linn of Tummel no momento do incidente, de acordo com o The Guardian.

Os cidadãos indianos, que eram alunos de mestrado de ciência e engenharia de dados, terão sido arrastados pela corrente, segundo um amigo que os acompanhava.

Os serviços de emergência escoceses mobilizaram dois barcos de resgate, que recuperaram os corpos das vítimas.

A dupla inscreveu-se nos cursos em janeiro de 2023 e deveria concluí-los em maio. Karuturi formou-se na Universidade de Hartford, em Connecticut. Chanhakya, por sua vez, formou-se na Universidade Tecnológica Jawaharlal Nehru, em Hyderabad, em 2022, atuando como embaixador estudantil em Dundee desde agosto do ano passado.

“Este foi um acidente trágico que chocou a todos. Os nossos pensamentos estão com as famílias e amigos dos estudantes”, disse a universidade, em comunicado.

As autoridades estão investigando o caso, mas não há suspeita de crime.

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Brasil regula abate e processamento de animais para mercado religioso

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A diversidade religiosa no Brasil é refletida diretamente na alimentação e no consumo da população, que, somadas à expansão das exportações de produtos de origem animal para países asiáticos, criaram um mercado específico e cheio de potencial: o do abate religioso de animais para açougue.

Em países como Egito, Arábia Saudita, Kuwait e Emirados Árabes Unidos, grande parte da população é muçulmana, religião que traz, na sua essência, regras do que é permitido na forma de se relacionar com outros seres vivos.

Em árabe, a palavra halal, que significa lícito, define aquilo que é permitido, inclusive na hora de se alimentar. Para o consumo de animais, por exemplo, há espécies consideradas impuras, como o porco, e outras que precisam passar por um procedimento de purificação desde o abate até o corte, para que possam ser consumidas, como o frango e bovinos.

Nos países judaicos, como Israel, também há regras sobre o que é considerado apropriado, ou kosher, e há procedimentos específicos para cada etapa de beneficiamento dos produtos de origem animal.

Para atender esses mercados dentro e fora do Brasil, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) definiu regras para solicitação, avaliação, concessão e revogação da autorização para abate e processamento de animais para açougue, de acordo com preceitos religiosos.

Para receber a autorização de funcionamento, esses estabelecimentos terão que fazer uma solicitação ao serviço de inspeção federal, por meio do sistema eletrônico do Mapa, com declaração da autoridade religiosa correspondente e especificação de regras que conflitem com normas brasileiras.

Para a autorização, é necessário que os procedimentos estejam de acordo com as leis que tratam do bem-estar dos animais de abate e também o atendimento dos requisitos sanitários no Brasil e do país de destino dos produtos.

Os procedimentos foram detalhados em uma portaria publicada no Diário Oficial da União, que entrará em vigor a partir do dia 2 de maio.

 

Bebê morre após consumir bala de maconha do pai no interior de SP

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Alice Araújo, de 10 meses, morreu na madrugada desta sexta-feira (19) após passar mal, em São José do Rio Preto, após a bebê consumir bala de maconha do pai.

Os pais encontraram uma bala de dry, um potente subproduto da maconha, dentro da boca da menina após perceberem que ela estava passando mal. Pais não sabem como Alice teve acesso à droga.

Reanimação durou três horas. Segundo a GCM, a criança foi levada com febre à Unidade de Pronto-Atendimento pelo pai, mas teve de ser transferida para o Hospital da Criança e Maternidade. Lá, os sintomas pioraram e ela morreu, em torno das 5h. O corpo dela foi encaminhado para o Instituto Médico Legal, onde será periciado.

Caso foi registrado como morte suspeita. Os pais foram levados à Delegacia Seccional de São José do Rio Preto para prestar depoimento.

 

Pacaembu cancela show de Roberto Carlos depois de ameaça de interdição pela Prefeitura

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Allegra Pacaembu resolveu cancelar o show de Roberto Carlos previsto para a noite desta sexta-feira (19). A desistência ocorre após a Prefeitura de São Paulo vetar a realização da apresentação por causa de irregularidades.

“A Concessionária Allegra Pacaembu e a Four Even, no intuito de cumprir as determinações da Prefeitura de São Paulo, informam que o show que seria realizado na data de hoje, 19 de abril de 2024, com o cantor Roberto Carlos, não será realizado.

Mais informações sobre uma eventual nova data para o show, serão disponibilizadas nos canais oficiais da produtora do evento e da concessionária.”

 

Homem ateia fogo em si mesmo diante do tribunal do julgamento de Trump

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um homem ateou fogo em si próprio nesta sexta-feira (19) em frente ao tribunal de Nova York onde Donald Trump está sendo julgado. Segundo a polícia local, ele foi retirado em uma maca, mas ainda não há informações sobre o seu estado de saúde.

De acordo com a rede de televisão CNN, o homem transformou-se em uma “tocha humana”, antes da chegada da polícia. Ele usou um extintor para conter as chamas.

“Um homem ateou fogo em si mesmo fora do tribunal. Ainda estamos coletando detalhes no local”, disse um porta-voz do Departamento de Polícia de Nova York.
Uma testemunha no local disse que viu o homem “jogando panfletos no ar”.

Depois, o viu se encharcar de um líquido de uma lata e se incendiar por alguns minutos. “Vejo um ser humano totalmente carbonizado”, disse um repórter da CNN no ar.

Um cheiro de fumaça permaneceu na praça logo após o incidente, de acordo com uma testemunha da Reuters. Logo depois, um policial pulverizou um extintor de incêndio no chão, onde estavam uma mochila em brasas e uma lata. As autoridades rapidamente isolaram a área do incidente.

A cena aconteceu logo após o tribunal terminar de selecionar os jurados, 12 titulares e 6 suplentes, que selarão o destino de Trump neste julgamento histórico que vê um ex-presidente no banco pela primeira vez. “Temos o júri completo”, anunciou o juiz Juan Merchan.

Trump responde à acusação de, durante a campanha eleitoral de 2016, ter comprado o silêncio de uma atriz pornô com quem teria tido um relacionamento. O ex-presidente diz ser inocente e nega que tenha se relacionado com Stormy Daniels. Na segunda (11), ele afirmou ser vítima de perseguição política.

Os candidatos a formar o júri tinham que responder a um questionário exaustivo de 42 perguntas que se concentra especialmente em saber se eles se sentem capazes de julgar, com equidade e imparcialidade, um caso altamente midiatizado e politizado, além de quais jornais costumam ler e as redes sociais que utilizam. O juiz disse que as identidades dos 12 jurados e 6 suplentes permanecerão anônimas, exceto para Trump, seus advogados e promotores.

Uma condenação não o impediria de assumir o cargo, mas metade dos eleitores independentes e 1 em cada 4 republicanos dizem que não votariam nele, se ele fosse condenado.

A promotoria de Manhattan acusa o magnata de 34 falsificações de documentos contábeis da empresa da família, Trump Organization, para comprar o silêncio da ex-atriz pornô de modo que o relato sobre o caso extraconjugal não interferisse na campanha de 2016 contra a democrata Hillary Clinton.

A próxima fase do julgamento deve ter início na segunda-feira (22) com a apresentação dos argumentos iniciais da acusação e da defesa antes do início das declarações das testemunhas. O julgamento deverá durar até oito semanas, para irritação de Trump, que critica o fato de ter que estar no tribunal em vez de fazer campanha política.

Queixas sobre rescisões unilaterais de planos de saúde coletivos sobem 99%

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As queixas de beneficiários sobre rescisões unilaterais de planos coletivos por adesão tiveram alta de 99% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2023. Foram 1.138 contra 571.

Os dados, compilados pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) a pedido da Folha de S.Paulo, mostram que o acumulado nos primeiros três meses do ano já equivalem a 35% das reclamações de todo o ano de 2023 -que totalizaram 3.276, número recorde desde 2019.

Em nota, a ANS informou que as queixas têm como base os relatos dos beneficiários, sem o exame de mérito sobre eventual infração da operadora de planos à Lei 9.656/1998 (que rege os planos) ou aos termos contratuais. “A identificação de possíveis condutas infrativas só é feita após a análise individual das demandas”, diz.

A agência afirma que possui regras claras para as rescisões, as quais devem estar previstas no contrato assinado com as operadoras. Questionada se há previsão de eventuais mudanças na regulação sobre os cancelamentos unilaterais, a ANS informou que não há nova discussão em relação a isso.

O cenário de alta de queixas contra os planos de saúde também se reflete nos escritórios de advocacia de São Paulo, que registram aumento de clientes ingressando com ações judiciais para tentar reverter esses cancelamentos unilaterais. No escritório Tapai Advogados, por exemplo, o crescimento foi de 74%. No escritório Vilhena Silva, de 183%.

Embora haja previsão na lei dos planos para cancelamentos unilaterais e injustificados de contratos coletivos, muitos juízes têm julgado essas decisões abusivas, com base no Código de Defesa do Consumidor e no Código Civil, especialmente quando se tratam de pessoas idosas e/ou em tratamento, e concedem liminares para que o beneficiário permaneça no plano até julgada a ação.

Segundo a advogada Giselle Tapai, no seu escritório, processos por rescisões unilaterais ultrapassaram as ações por reajustes abusivos, que sempre figuraram como as principais demandas judiciais nesse setor.

“A sensação é que estão fazendo uma limpeza na gaveta, cancelando os contratos de maior risco. Vários planos estão fazendo isso. Não olham para o individual, se a pessoa é muito idosa ou se está com câncer, fazendo quimioterapia, hemodiálise”, diz a advogada.

Desde 2022, há um entendimento no STJ (Superior Tribunal de Justiça) de que pessoas doentes, que estão em tratamento necessário para resguardar suas vidas ou a sua saúde, não podem ter o plano cancelado.

De acordo com a ANS, é lícita a rescisão unilateral, por parte da operadora, do contrato coletivo com beneficiários em tratamento. Mas se existir algum beneficiário ou dependente em internação, a operadora deverá arcar com todo o atendimento até a alta hospitalar.

“Da mesma maneira, os procedimentos autorizados na vigência do contrato deverão ser cobertos pela operadora, uma vez que foram solicitadas quando o vínculo do beneficiário com o plano ainda estava ativo.”

Em qualquer dos casos, reforça a agência, seja por exclusão pontual ou por rescisão/cancelamento de contrato, os beneficiários devem ser previamente notificados sobre sua exclusão ou sobre a rescisão do contrato, bem como sobre seu direito à portabilidade de carências. A agência disponibiliza uma cartilha sobre o tema neste link.

A operadora que rescindir o contrato de beneficiários, seja de plano coletivo ou individual, em desacordo com a legislação do setor pode ser multada em valores de até R$ 80 mil.

Na última terça (16), a Folha de S.Paulo relatou o caso de Martha Zequetto Treco, 102, que recebeu aviso de cancelamento do seu plano Unimed Nacional. Ela paga uma mensalidade de R$ 9.300. Após a reportagem procurar a operadora, a decisão foi revogada.

No mesmo dia, o filho de Martha, João Trecco Filho, conseguiu uma liminar na Justiça garantindo a permanência da mãe no plano. “Até porque eles podem recuar hoje, e amanhã cancelarem a minha mãe novamente”, afirma.

A Unimed Nacional informou que cumpre rigorosamente a legislação e as normas que regem os planos de saúde, e que as rescisões de planos coletivos por adesão estão previstas e regulamentadas pela ANS. A empresa reforça que o contrato de Martha permanece ativo.

Existe um projeto de lei em discussão na Câmara que pretende mudar algumas das regras que regem o mercado dos convênios, entre elas o cancelamento unilateral dos contratos coletivos.

Porém, o deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, já disse que o projeto ainda não será colocado em votação pelo plenário, pois há a necessidade de se discutir melhor o assunto e incluir as operadoras de saúde no debate.

Em notas, as entidades que representam os planos de saúde e as seguradoras de saúde (Abramge e Fenasaúde) informam que a rescisão unilateral de contratos coletivos de planos de saúde é uma possibilidade prevista em contrato e nas regras setoriais definidas pela ANS.

As operadoras de planos de saúde registraram, em 2023, lucro líquido de R$ 2,985 bilhões, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (18) pela ANS.

Esse resultado corresponde a cerca de 1% da receita total acumulada no período, que foi superior a R$ 319 bilhões. A cada R$ 100 de receita, o setor registrou cerca de R$ 1 de lucro ou sobra.

Rescisões por inadimplência terão novas regras

A ANS publicou novas regras sobre rescisões por motivo de inadimplência, em que se aplicam todos os tipos de planos. As mudanças entram em vigor no dia 1º de setembro e preveem novas formas para a comunicação com o consumidor.

As operadoras terão a obrigatoriedade de comprovar a notificação sobre a situação de inadimplência, demonstrando a data da notificação ao consumidor.

Uma das novidades trazidas pela resolução são as formas pelas quais poderão ser feitas as notificações, como email com certificado digital e com confirmação de leitura; mensagem de texto para telefones celulares; mensagem em aplicativo de dispositivos móveis que permita a troca de mensagens criptografadas; e ligação telefônica gravada com confirmação de dados pelo interlocutor.

A notificação realizada por SMS ou aplicativo de dispositivos móveis somente será válida se o destinatário responder confirmando a sua ciência. A comunicação por carta ou por meio do preposto da operadora, com comprovante de recebimento assinado, continuarão a ser permitidas.

 

Indianos vão às urnas em eleição nacional

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Um número substancial de indianos vai às urnas nesta sexta-feira (19), na primeira fase da maior eleição do mundo, de acordo com autoridades. O primeiro-ministro Narendra Modi busca um terceiro mandato histórico com base em questões como crescimento econômico, bem-estar e nacionalismo hindu.

O pleito coloca o Partido Bharatiya Janata (PBJ), de Modi, contra uma aliança de duas dúzias de partidos de oposição que prometem maior ação afirmativa e mais ajuda, ao mesmo tempo em que enfatizam o que chamam de necessidade de salvar as instituições democráticas.

Três horas antes do fechamento das urnas, os números da Comissão Eleitoral mostraram que o comparecimento dos eleitores variou entre 40% no extenso estado de Bihar, no Norte do país, e 68% no pequeno estado de Tripura, no Nordeste.

“Os eleitores demonstram grande entusiasmo à medida que a votação atinge a metade do caminho”, disse um porta-voz do painel eleitoral na rede X. “Foi registrada participação substancial de eleitores.”

A primeira de sete fases, a votação desta sexta-feira abrangeu 166 milhões de eleitores em 102 distritos eleitorais em 21 Estados e territórios, de Tamil Nadu, no sul, a Arunachal Pradesh, na fronteira do Himalaia com a China.

Quase1 bilhão de pessoas no país mais populoso do mundo estão aptas a votar na eleição, que vai até 1º de junho, com os resultados previstos para 4 de junho.

“Modi voltará ao poder porque, além do impulso religioso, seu outro trabalho, em áreas como segurança e proteção, é bom”, disse Abdul Sattar, de 32 anos, um eleitor muçulmano da cidade de Kairana, no estado de Uttar Pradesh.

As pesquisas sugerem que o PBJ conquistará facilmente a maioria, embora os eleitores se preocupem com o desemprego, a inflação e as dificuldades rurais na economia de crescimento mais rápido do mundo.

Os críticos acusam o governo e o partido de Modi de mirar os 200 milhões de muçulmanos minoritários da Índia para agradar sua base hindu – acusações que ambos negam.

Modi pretende conquistar 370 das 543 cadeiras do Parlamento, ante 303 em 2019, na esperança de obter maioria de dois terços, que alguns analistas e membros da oposição temem que possa permitir que seu partido promova mudanças constitucionais de longo alcance.

A campanha do PBJ se concentra na garantia de Modi de cumprir as promessas feitas aos eleitores.

“Esta eleição não é apenas para escolher um membro do Parlamento”, disse Modi nesta sexta-feira. “É para garantir o futuro das gerações que virão depois de vocês.”

A Índia precisava de um governo “forte”, em um momento em que “nuvens de guerra pairam sobre o mundo”, acrescentou.

A vitória de Modi o tornaria apenas o segundo primeiro-ministro indiano a ser eleito três vezes consecutivas, depois do líder pós-independência Jawaharlal Nehru.

Governo Lula amplia proposta de reajuste para 9,5% para servidores federais da educação

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez nesta sexta-feira (19) uma contraproposta a técnicos e servidores da educação para 2025 e 2026 em numa nova mesa de negociação.
Para o ano que vem, o governo aumentou a proposta de reajuste de 4,5% para 9,5%. E para 2026, saiu de 4,5% para 3,5%. Além disso, os pagamentos já seriam feitos em janeiro de 2026, não em maio, como é praxe. O governo também acolheu a maioria dos pedidos para reestruturação da carreira.

A proposta foi feita em reunião de lideranças sindicais no Ministério da Gestão e Inovação com integrantes do governo. Em frente à sede da pasta estavam integrantes da categoria em protesto.

Do lado do Executivo estiveram presentes o secretário-executivo-adjunto da Educação, Gregório Grisa, e o secretário de Gestão de Pessoas, José Celso Cardoso.

Também participaram representantes da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil) e do Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica).

De acordo com o governo, há 220 mil pessoas nesta carreira.

“A gente colocou na mesa agora, para avaliação das entidades, para apreciação dos sindicatos, uma proposta de reajuste que representa um avanço expressivo, quando comparada à proposta que o governo fez ainda no final do ano, que era de 4,5% em 2025, 4,5% em 2026”, disse Grisa.

“A gente traz a proposta agora, inclusive adiantando para o mês de janeiro de 2025, já ter 9% em 2025. Então a gente dobra a proposta feita anteriormente para essa carreira de técnicos administrativos”, completou.

Ao final da reunião, os secretários do governo falaram com jornalistas sobre a proposta. À tarde, a mesa de negociação será com professores.

Docentes de universidades, centros de educação tecnológica e institutos federais das cinco regiões do Brasil entraram em greve no último dia 15, após o governo não prever reajuste às categorias.

Eles exigem aumento salarial de 22%, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06% -a primeira ainda para este ano e outras para 2025 e 2026.

De acordo com balanço de quinta-feira (18) da Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), há 24 instituições paralisadas e outras 11 com indicativo de greve. Já a Fasubra diz que 66 das 69 instituições aderiram à greve.

 

Brasil já ultrapassa 1.500 mortes por dengue só em 2024

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Brasil já registrou, em 2024, 1.544 mortes por dengue, segundo dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde da última quinta-feira (18). O número já ultrapassa o total de mortes por dengue registrado em 2023, de 1.094 mortes.

Dados da pasta mostram que outros 2.085 óbitos estão em investigação. O país havia batido recorde de mortes por dengue em 2023. O recorde anterior ocorreu em 2022, com 1.053 óbitos.

Segundo o painel, há 3.507.062 casos prováveis da doença e 1.958.272 casos confirmados. O número de mortes por dengue, em 2024, corresponde a uma média de 11 pessoas mortas por dia.

Artigo recente publicado pelo Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz analisa os óbitos por dengue e aponta ainda que a desassistência e a desatenção ao potencial agravamento que os pacientes podem apresentar são as principais razões associadas às mortes por dengue.

Na última quarta (10), em entrevista a jornalistas, o Ministério da Saúde divulgou que 13 estados brasileiros vivem um cenário de estabilidade na incidência de dengue e o Distrito Federal e oito outras unidades da federação têm tendência de queda.

Os estados com incidência estável são: Rondônia, Pará, Amapá, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e São Paulo. Além do Distrito Federal, a tendência de queda está no Acre, Roraima, Amazonas, Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Piauí, Minas Gerais e Espírito Santo.

Alagoas, Bahia, Maranhão, Pernambuco e Sergipe apresentam tendência de aumento. Na entrevista, a secretária reforça que não é o momento de baixar a guarda no combate à dengue. Ela recomenda que todos que apresentarem sintomas de dengue devem buscar uma unidade de saúde para que seja feito o diagnóstico correto. “As mortes por dengue são evitáveis”, afirmou.

Alagoas, Bahia, Maranhão, Pernambuco e Sergipe apresentam tendência de aumento. Na entrevista, a secretária reforça que não é o momento de baixar a guarda no combate à dengue. Ela recomenda que todos que apresentarem sintomas de dengue devem buscar uma unidade de saúde para que seja feito o diagnóstico correto. “As mortes por dengue são evitáveis”, afirmou.

Nos casos de dengue grave, é comum que os sintomas apareçam após o desaparecimento da febre e com alguns sinais de alarme, indícios de que pacientes com quadros leves podem ter complicações pela dengue. Entre eles estão náuseas, vômitos, sangramento em mucosas, dor abdominal intensa e tontura ao levantar.

 

OAB alerta para o aumento de violência patrimonial contra idosos

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O caso do homem morto levado a uma agência bancária em uma cadeira de rodas, por sua suposta sobrinha, para sacar um empréstimo já aprovado, chama a atenção para a violência patrimonial ou financeira contra pessoas da terceira idade. 

Segundo o Estatuto da Pessoa Idosa, o ato de receber ou desviar bens, dinheiro ou benefícios daqueles com 60 anos ou mais pode ser punido com pena de reclusão de um a quatro anos, além de multa para quem cometer esse delito. 

De acordo com o Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, de janeiro até o último dia 15 de abril foram registradas mais de 12.700 denúncias de violência patrimonial contra idosos. Isso representa quase 60% do número total de denúncias deste tipo de violação contra o grupo no período.

A presidente da Comissão de Atendimento à Pessoa Idosa da OAB-RJ, Fatima Henriete de Miranda, destaca que a família deve estar atenta aos riscos de um familiar ser vítima desse crime.

“Existem estudos e dados que indicam um aumento preocupante deste tipo de violência nos últimos anos. Eu entendo que para prevenir tais situações é necessário investir em educação e conscientização sobre os direitos dos idosos, promover o diálogo e o apoio dentro das famílias e proporcionar serviços de assistência social e psicológica para os idosos em situação de vulnerabilidade”.

A coordenadora de extensão do núcleo de envelhecimento humano da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Sandra Rabello, aponta os principais meios pelos quais essa violência pode acontecer.

“Principalmente na apropriação de bens, ou cartões, ou outros recursos que os idosos tenham”.

A especialista reforça ainda que a violência vai muito além, podendo chegar à exclusão social do idoso.

“A violência não é só intrafamiliar. Essa violência ela também é social. A sociedade ainda não reconhece na pessoa idosa uma pessoa capaz de participar de atividades sociais, levando a pessoa idosa à exclusão”.

As denúncias de violência contra idosos podem ser feitas em delegacias, no Ministério Público ou pelo Disque 100.

Leia Também: Laudo diz que não é possível determinar se idoso morreu antes de entrar na agência

 

 

Ônibus que transportava crianças desliza em estrada de lama em Cambuci

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Ônibus atravessado em estrada de lama - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Um ônibus que transportava crianças deslizou e ficou atravessado em uma estrada de lama na zona rural de Cambuci, no Noroeste Fluminense. O caso aconteceu na quinta-feira (18), na estrada de Três Irmãos, na localidade do Valão do Padre Antônio, mas as imagens do caso só repercutiram nesta sexta (19).

Após o ocorrido, ninguém se feriu. A assessoria de imprensa da Prefeitura de Cambuci confirmou que a estrada havia sido patrolada nos últimos dias. Com a chuva que teve na região, o trabalho feito virou um lamaçal.

A secretária de educação de Cambuci, Ana Lúcia Terra, disse que o caso aconteceu quando o ônibus saiu com as crianças da Escola Municipal Lara Vilela, e levava os estudantes de volta para casa.

“Não houve nenhuma ocorrência oficial sobre o caso e nenhuma vítima. Somente a escola foi informada pelo motorista na tarde de ontem que o ônibus atravessou a pista na descida da estrada devido a lama”, disse a secretária.